sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo



[red][b] Romantic Home

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia

Informamos que Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia eCiência da Informação acaba de publicar seu último número em http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb . Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itensde interesse.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

BibMargarida: Nora Roberts - Série Mortal

BibMargarida: Nora Roberts - Série Mortal

A Série Mortal da Nora Roberts em Língua portuguesa consta hoje com 14 títulos que são:

1. Nudez Mortal
2. Glória Mortal
3. Eternidade Mortal
4. Êxtase Mortal
5. Cerimônia Mortal
6. Vingança Mortal
7. Natal Mortal
8. Conspiração Mortal
9. Lealdade Mortal
10. Testemunha Mortal
11. Julgamento Mortal
12. Traição Mortal
13. Sedução Mortal
14. Reencontro Mortal

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Política de Desenvolvimento de Coleção

http://biblioinfonews.blogspot.com/2010/08/politica-de-aquisicao-atualizacao-e.html

Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG ( 1972 a 1983)

A ECI tem um repositório da antiga REB, que pode ser acessada no link: http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/reb/

Artigos Biblioteconomia

Artigos Biblioteconomia
Artigo neste endereço: http://groups.google.com.br/group/bibliarquivos/files
dica do link: http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/reb/

Revista de Ciência da Informação e Documentação

http://revistas.ffclrp.usp.br/incid
Está sendo publicada uma nova revista em CI pela USP de Ribeirão Preto.

Controle de vocabulário terminologia para Artes e Arquitetura

Introduction to controlled vocabularies: terminology for Art, Architecture, and other cultural works - http://www.getty.edu/research/conducting_research/standards/intro_controlled_vocab/pdf.html
Concepts in context - http://linux2.fbi.fh-koeln.de/cisko2010/programme.html

Os 7 livros que ferraram a humanidade".

Os 7 livros que ferraram a humanidade".

http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-livros-que-ferraram-a-humanidade-ou-quase/

matéria da revista Superinteressante sobre " Os 7 livros que ferraram a humanidade".

Jogo Order in the Library

http://users.ece.utexas.edu/~valmstrum/s2s/utopia/library4/src/library4.html
um jogo bem interessante de organização de bibliotecas com cdd e tudo...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Moderno profissional da informação: elementos para para sua formação no Brasil. ...

GUIMARAES, J. A. C. Moderno Profissional da Informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, v.9, n.1, p.124-137, 1997. ...
dci.ccsa.ufpb.br/enebd/index.php/enebd/article/view/140/144

1. [PDF]
O PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO ENCARANDO A CONSTANTE MUDANÇA ...
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de SA Monteiro - 2010
24 jul. 2010 ... GUIMARAES, J. A. C. Moderno Profissional da Informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, v.9, n.1, p.124-137, 1997. ...
dci.ccsa.ufpb.br/enebd/index.php/enebd/article/view/140/144
2. [PDF]
O nome profissional "Bibliotecário" no Brasil: o efeito das ...
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de O BR - 2004 - Artigos relacionados
propor uma nova definição sobre sua posição no mundo objetivo do .... impressões que causam nos estudantes de Biblioteconomia em formação acadêmica na ..... GUIMARÃES, J. A. C. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no. Brasil. Transinformação, Campinas, v.9, n.1, p.124-137, jan./abr. 1997. ...
www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/viewFile/161/5475 - Similares
3. [PDF]
PERSPECTICAS PARA UMA BIBLIOTECA NO FUTURO: utopia ou realidade
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de RD Martins - Artigos relacionados
GUIMARÃES, J.A.C. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, Campinas, v. 9, n. 1, p. 124-137, jan./abr. ...
www.cid.unb.br/.../Robson%20D%20Martins%20-%20Perspectiva%20para%20uma%20biblioteca.pdf
4.
Artigo 03
de MLP Valentim - Citado por 28 - Artigos relacionados
A gestão da informação tem como foco o negócio da organização e sua ação é ...... CODA, T. R. Mercado de trabalho, perfis profissionais e formação ... GUIMARÃES, J. A. C. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, Campinas, v.9, n.1, p.124-137, jan./abr. 1997. ...
www.dgz.org.br/jun03/Art_03.htm - Em cache - Similares
5. [PDF]
NUCLEO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA E MARKETING
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de MLSG Guimarâes - Citado por 1 - Artigos relacionados
GUIMARÃES, J. A. C.. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, Campinas, v. 9, p. 124-137, jan./abr. 1997. ...
www.intercom.org.br/papers/nacionais/.../ENDOCOM_GUIMARAES.PDF
6. [PDF]
Disciplinas - Oferta no Ano Base
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de R Nominais - Artigos relacionados
24 maio 2007 ... A formação da leitura no Brasil. 2. ed. São Paulo : Ática, 1998. .... Uma empresa descobre sua alma: um ano na vida de uma organização .... GUIMARÃES, J.A.C. Moderno profissional da informação: elementos para sua forma-ção no Brasil. Transinformação,. Campinas, v.9, n.1, p. 124-137, jan./abr. 1997. ...
servicos.capes.gov.br/.../031/2004_031_33004110043P4_Disc_Ofe.pdf
7. [PDF]
Disciplinas - Oferta no Ano Base
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A formação da leitura no Brasil. 2. ed. São Paulo : Ática, 1998. ...... GUIMARÃES, J.A.C. Moderno profissional da informação: elementos para sua forma-ção no Brasil. Transinformação,. Campinas, v.9, n.1, p. 124-137, jan./abr. 1997. ...
servicos.capes.gov.br/.../031/2006_031_33004110043P4_Disc_Ofe.pdf
8.
e-Database: Junho 2009
1 jun. 2009 ... GUIMARÃES, J. A. C. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, Campinas, v.9, n.1, p.124-137, jan./abr. 1997. LARA, M. L. G. De. A terminologia como instrumento para a ...
e-reality-database.blogspot.com/2009_06_01_archive.html - Em cache - Similares
9. [PDF]
CADERNO DE PROJETO COMPLETO - verso 5 rev
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específicas de sua formação, níveis cada vez mais altos de educação, ..... GUIMARÃES, J. A. C. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, Campinas, v. 9, n. 1, p. 124-137, 1997. ..... Jan.-Abr. / 02. • Levantamento de modelos de política de capacitação em ...
143.107.73.105/crescer/15cad_proj_v05jul.pdf

Grade Curricular - :: UNESP : Campus de Marília ::
GUIMARÃES, J.A.C. Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. Transinformação, Campinas, v.9, n.1, p. 124-137, jan./abr. 1997 ...
www.marilia.unesp.br/index.php?CodigoMenu... - Em cache - Similares

Divulgação de Blogs - Metodologia de Pesquisa e Buscadores Científicos‏

http://artedepesquisar.blogspot.com
Divulgação de Blogs - Metodologia de Pesquisa e Buscadores Científicos‏

Prezados,

Meu é Adelson Ferreira da Penha, bibliotecário, atuo numa faculdade na região da Grande Vitória - ES e venho por meio deste informar que elaborei um blog chamado ARTE DE PESQUISAR sobre Metodologia de Pesquisa que tem o objetivo de proporcionar a compreensão e explicação do que é ciência, metodologia de pesquisa e pesquisa científica. Além de analisar e discutir a metodologia e suas diversas etapas. Assim como, apresentar a elaboração de trabalhos acadêmicos de iniciação científica.

http://artedepesquisar.blogspot.com


Assim como, outro blog de Buscadores Científicos nas áreas de Administração, Ciências Contábeis e Engenharia Elétrica. O Detetive WEB tem por objetivo principal fornecer subsídios aos usuários de sistemas de busca para que estes obtenham mais eficiência na recuperação de informação acadêmica na Web. Nele encontrará bases de teses e dissertações, periódicos científicos, repositórios, buscadores científicos etc.

http://detetivenaweb.blogspot.com


Desde já agradeço pela visita.


Adelson Ferreira da Penha
Bibliotecário
CRB-ES 667

AUDIOTECA SAL E LUZ

http://audioteca.org.br/noticias.htm
AUDIOTECA SAL E LUZ

Venho por meio deste e-mail divulgar o
trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz, e que corre o
risco de acabar.

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que
produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que seria isto? São
livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade
de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita, tanto no Brasil,
quanto no exterior.

Seu acervo conta com mais de
2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos
até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São
emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: o que eu tenho a ver com isso? É simples.

Nos ajude divulgando.

Se você conhece algum cego ou deficiente
visual, fale do nosso trabalho. DIVULGUE!

Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica
situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ. Não precisa ser morador do
Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se
criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade.

Eles podem solicitar o livro pelo telefone,
escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando
imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número
significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá
se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo
sem os livros...

Ajudem-nos, divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua
Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000

Fone:

Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas

http://audioteca.org.br/noticias.htm

A Audioteca não precisa de dinheiro,
mas de DIVULGAÇÃO! Então, conto com a ajuda de vocês: repassem! Eles enviam os
livros para as pessoas, de graça, sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem
puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor fique à vontade. É
tudo do que eles precisam.

_,_._,___

ORACÕES

ORAÇÕES
IVO, Irmão (Espírito). No limite da ilusão. Pelo espírito Ivo ; psicografia de Sonia Tozzi. São Paulo : Lumen, 2008. p. 264.

"Senhor de todos os mundos e de todos os seres,
Enfraquecidos estamos porque temos medo
De nos perder nesse sofrimento
Que julgamos não suportar.
Venha em nosso auxílio, Senhor,
Ajude-nos a limpar da nossa alma
Os sentimentos menores que porventura venham
A nos atirar na indignação.
Clamamos por Sua piedade.
Socorre-nos!!!
Confiamos no Senhor
E mergulhamos na certeza de que o amparo virá.
Fechamos nossos olhos à dor
E abrimos nosso coração para aquecê-lo
No sopro doce do Seu amor".

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rede de Bibliotecas Comunitárias do Recife.

Post no blog [ http://bit.ly/panoramasbiblio ] para
auxiliar na campanha do 'Bloguinaço' pela Rede de Bibliotecas Comunitárias
do Recife.
http://bit.ly/panoramasbiblio
Há maiores informações sobre tal 'movimento' nesse link:
http://www.diariodepernambuco.com.br/Viver/nota.asp?materia=20100818094309Espero
que possam dar suas contribuições de alguma forma.

BibMargarida: Livro digital de Indexação (com download gratuito)‏

BibMargarida: Livro digital de Indexação (com download gratuito)‏

Livro digital de Indexação (com download gratuito)‏

Livro digital de Indexação (com download gratuito)‏
http://www.culturaacademica.com.br/titulo_view.asp?ID=56
É importante que vocês façam o download, mesmo que não dê para ler o livro agora, pois isso poderá proporcionar maiores investimentos nas publicações da área.
A editora da Unesp lançou o livro digital sobre indexação (com download gratuito), organizado pela profª Mariangela Fugita.

Catálogo coletico

Catálogo coletivo
http://www.worldcat.org/libraries/70146
Para quem não conhece é uma dica para encontrar alguns autores. Ele traz o
basico do registro e abaixos a bibliotecas onde tem o livro.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Wavin' Flag - Skank e Knaan - Música Oficial Coca Cola - Copa do Mundo 2...

Tema da Copa do Mundo África 2010 - Skank

Tema da Copa do Mundo África 2010 - Skank

Ôôôôôôôôôôôôôôô
Brasil
Ôôôôôôôôôôôôôôô
Coca-Cola

Vai com tudo, vai com fé
Ela é o mundo ao seus pés
São dois tempos de coragem
De malícia, de respiração
É de meia, É de lata
É de couro, é do que quiser
Ela corre pelos campos
Atrás dela vem toda nação

A Bola vai rolar
Entre a camisa e o coração
Grito lá do fundo, então:
É Campeão, é campeão

Quando ela rola o mundo pára
Só na torcida vem respirar
E quando ela passa pelo goleiro
O Brasil inteiro vai comemorar

Ôôôôôôôôôôôôôôô
Brasil
Ôôôôôôôôôôôôôôô
Coca-Cola

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MARC 21

MARC neste link:http://www.loc.gov/marc/

Não sendo suficiente, algumas alternativas:

http://goo.gl/JGSa

MARC 21‏

Podemos encontrar MARC neste link:http://www.loc.gov/marc/
Não sendo suficiente, neste outro tem algumas alternativas:http://goo.gl/JGSa

FORMATO MARC 21 HOLDINGS PARA PUBLICAÇÕES SERIADAS

FORMATO MARC 21 HOLDINGS PARA PUBLICAÇÕES SERIADAS

Estudo do formato MARC 21 Holdings a ser utilizado no registro dos dados da ... dados de coleção – MARC 21 Holdings - desenvolvido especificamente para o ...
libdigi.unicamp.br/document/?down=1202

CATALOGAÇÃO AUTOMATIZADA COMERCIAL PADRÃO MARC 21

www.sibi.ufrj.br/snbu/snbu2002/oralpdf/122.a.pdf
CATALOGAÇÃO AUTOMATIZADA COMERCIAL PADRÃO MARC 21
Rejane Maria Rosa Ribeiro1
Universidade Estadual de Feira de Santana
Km 03, Br 116 - Campus - Feira - Ba – Brasil.
CEP: 44.031-460 www.uefs.br
Email: rribeiro@uefs.br
Jorge Fernando Guimarães Passos Júnior2
Universidade Estadual de Feira de Santana
Km 03, Br 116 - Campus - Feira - Ba – Brasil.
CEP: 44.031-460 www.uefs.br
Email: jpassos@yahoo.com

RESUMO
O trabalho aborda a automação automatizada de acordo com o padrão MARC 21
(catalogação legível por computador), seguido de seus principais campos e componente.
PALAVRAS-CHAVE
Catalogação Automatizada
MARC 21

CATALOGAÇÃO AUTOMATIZADA COMERCIAL PADRÃO MARC 21

www.sibi.ufrj.br/snbu/snbu2002/oralpdf/122.a.pdf
CATALOGAÇÃO AUTOMATIZADA COMERCIAL PADRÃO MARC 21

quarta-feira, 31 de março de 2010

Pesquisa de marketing e estudo de usuário: um paralelo entre os dois processos.

Pesquisa de Marketing e Estudos de Usuário:
um paralelo entre os dois processos
Helen Frota Rozados
ROZADOS, Helen Frota; PIFFER, Barbara Pilatti. Pesquisa de marketing e estudo de usuário: um paralelo entre os dois processos. Em Questão, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 169-182, Jul./Dez. 2009. Disponivel em: Acesso em: 29 mar. 2010
Em Questão, Porto Alegre, v. 15, n. 2, p. 169-182, Jul./Dez. 2009.
RESUMO
Expõe o histórico, a evolução e as características da Pesquisa de
Marketing e dos Estudos de Usuário, assinalando semelhanças
e diferenças entre as duas técnicas. Traça um paralelo entre os
objetivos pretendidos e as metodologias adotadas. Aponta que
os objetivos, a metodologia, as fontes utilizadas são similares,
tanto no caso da Pesquisa de Marketing quanto no de Estudos
de Usuário. Conclui que ambas as investigações fornecem dados
que permitem avaliar serviços e produtos já existentes, conhecer
o que a concorrência está oferecendo e propor novos serviços
e produtos que atendam às necessidades e às demandas dos
usuários/clientes.
PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa de Marketing. Estudos de usuário.
Metodologia de pesquisa. Unidade de informação.

PROCESSO EVOLUTIVO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA

PROCESSO EVOLUTIVO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA
Emanuella Barbosa*
Fabiana Souza*
Grace Belo*
Marcos Soares*
Noé Parisi*

RESUMO

Aborda as constantes mudanças no serviço de referência, a sua evolução face ao uso de meios automatizados. Expõe suas concepções e contracepções, finalidades, aproximações com outros setores da biblioteca. Coloca em questão como os profissionais envolvidos com o trabalho de referência poderão melhor utilizar seus conhecimentos para o desenvolvimento do serviço em função do usuário.

Palavras-chave: Serviço de referência - conceito; serviço de referência - concepções; serviço de referência - evolução; fundamentos teóricos - serviço de referência

INTRODUÇÃO

Na antigüidade, as bibliotecas eram essencialmente coleções, passando pelas bibliotecas monásticas e posteriormente sendo absorvido nos meios acadêmicos. Com o surgimento das primeiras universidades chega a uma seção independente, tornando-se uns dos setores denominado serviço de referência. No Brasil, o termo referência, foi adotado para designar a prestação de serviço de informação e assistência aos leitores na biblioteca.

A expressão SERVIÇO DE REFERÊNCIA, foi tomada diretamente do inglês "REFERENCE WORK". Tem como raiz o verbo referir, do latim REFERRE, que significa: indicar, informar.

De acordo com FIGUEIREDO (1992), historicamente, pode-se afirmar que a primeira alusão aos serviços de referências ou auxílio ao leitor ocorreu durante a célebre 1a conferência da American Library Association em 1876, quando foi mencionado por Samuel Sweet Green a relevância do auxílio aos leitores em relação ao uso da coleção, além da função educativa da biblioteca e a emancipação do profissional da informação inserido nos novos padrões do conhecimento.

Em 1930, James I. Wyer, apresentou o primeiro manual escrito sobre o serviço de referência, afirmando que não era possível organizar os livros de forma tão mecânica, tão perfeita que dispensasse o auxílio individual para sua utilização.

No Brasil., a biblioteca Nacional do Rio de Janeiro inaugurou o serviço de referência em 1910, porém, a seção de referência só foi organizada em 1944, reconhecendo a sua utilidade para a pessoa que busca informação para quaisquer finalidade.

FOSKETT (1969) fala sobre os níveis dos serviços de informação no campo das pesquisas científicas e industriais, onde desponta um novo conceito para esse serviço na chamada biblioteca especializada. O serviço de referência abrange desde uma vaga noção de auxílio aos leitores até um serviço de informação altamente especializado, compreendendo as leis do mestre Ranganathan; para cada leitor seu livro, para cada livro seu leitor.

As mudanças são constantes no sistema informacional amparados pelas novas tecnologias, colocando em evidência a necessidade da constante evolução do serviço de referência e de como deve ser o papel do bibliotecário de referência no mundo automatizado. Abordaremos as várias definições do que é o serviço de referência, suas finalidades, as aproximações com outros setores da biblioteca, sua fundamentação hipotética, as percepções ambíguas relacionadas com os serviços de informação, levantando indagações sob o direcionamento que esses serviços poderão tomar em prol do usuário.
RESUMO

Aborda as constantes mudanças no serviço de referência, a sua evolução face ao uso de meios automatizados. Expõe suas concepções e contracepções, finalidades, aproximações com outros setores da biblioteca. Coloca em questão como os profissionais envolvidos com o trabalho de referência poderão melhor utilizar seus conhecimentos para o desenvolvimento do serviço em função do usuário.

Palavras-chave: Serviço de referência - conceito; serviço de referência - concepções; serviço de referência - evolução; fundamentos teóricos - serviço de referência
CONCEPÇÕES EQUIVOCADAS

Ainda hoje, segundo GROGAN (1995), nos serviços de referência, alguns equívocos ainda persistem e cabe ao bibliotecário identificá-los e tentar evitá-los. Reduzir o serviço de referência simplesmente ao conteúdo de obras de referência consiste numa limitação, do mesmo modo que dizer que uma obra de referência é utilizada somente no recinto da biblioteca. A maioria dos pedidos de informação de uma biblioteca se atende com obras que não são específicos da referência e esse serviço não depende só de livros, mas de outros documentos informativos.


Outro equívoco que ainda persiste é que o serviço de referência limita-se à bibliotecas de referência e que a maioria das bibliotecas especializadas e universitárias não possuem um departamento de referência separado, embora certas obras de referência estejam reunidas nas estantes. Já a referência na biblioteca pública está totalmente centrada no departamento de circulação que funciona no balcão.


ALENCAR (1996) realizou uma pesquisa de opiniões entre profissionais e estudantes universitários da área de Biblioteconomia para saber que atitudes, habilidades e conhecimentos são necessários ao serviço de referência. O que se pesquisou foi quanto ao conceito de serviço de referência e o perfil dos novos profissionais diante das mudanças ambientais e tecnológicas; a atitude dos bibliotecários para com os usuários; os problemas relacionados à ética no trabalho de referência; a qualidade dos serviços e desenvolvimento científico com relação à avaliação e eficiência de referência.


Terminada a pesquisa, a autora constatou que na opinião da maioria dos pesquisados, a principal função do serviço de referência é o acesso à informação e à satisfação do usuário.


As atitudes de comportamento mencionados tiveram o intuito de oferecer ao usuário uma boa comunicação, cortesia, dar condições de atualização e boa educação. Pode-se observar que se esses profissionais não estiverem satisfeitos, não dedicam tempo integral às atividades de referência. Portanto, gostariam de estar desenvolvendo outras atividades. O serviço de referência não é a totalidade da Biblioteconomia, nem mesmo é sua parte mais importante, ele proporciona, sim, uma assistência pessoal direta ao consulente que lhe traz uma necessidade de informação.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA

O serviço de referência tem como objetivo principal servir e auxiliar o consulente quando da recuperação da informação. Segundo MARTINS; RIBEIRO (1979) e LITTON (1979) pode ser adotado um dos três estilos, a saber: conservador, moderado ou liberal. MARTINS; RIBEIRO (1979) afirma que para a teoria conservadora o serviço de referência deverá disponibilizar os materiais necessários, bem como orientar o leitor para um bom desenvolvimento da pesquisa, mas que o próprio leitor é quem deve conseguir as respostas. Confirmando o que foi exposto pelas autoras citadas, LITTON (1979) coloca que, adotar o estilo conservador, deverá fornecer o material necessário, mas é o usuário que terá de buscar as respostas de suas questões. Porém, o bibliotecário deverá sempre estar preparado a responder as questões que lhe forem solicitadas.


Sobre a teoria moderada, MARTINS; RIBEIRO (1979) propõem que o serviço de referência dê um pouco mais de assistência aos leitores, disponibilizando serviços extras como xerox, bibliografias, referenciais, etc., pesquisa mais completa, admitindo que as bibliotecas operem como agências de informação com serviços por telefone, correspondência e e-mail. Reforçando estas colocações, LITTON (1979) diz que o conceito moderado é o mais maleável dos conceitos, pois deverá instruir os consulentes a utilizarem os serviços de referência, mas, que os bibliotecários deverão saber responder às questões feitas pelos usuários, não podendo assim, negar-lhes ajuda ou respostas às questões de pesquisa.


MARTINS; RIBEIRO (1979) dizem que a teoria liberal é aquela que deve desenvolver ajuda ilimitada aos leitores, sendo o serviço de referência equiparado por um serviço total, e não mera sugestão, dispondo materiais e recursos externos para facilitar o trabalho dos usuários. Já LITTON (1979) coloca que o objetivo da biblioteca será servir e não só sugerir as fontes, defendendo a especialização dos profissionais, para que não sejam "engolidos" por outros profissionais especializados.


De acordo com o que foi exposto por MARTINS; RIBEIRO (1979) e LITTON (1979), pode-se constatar que a teoria dos autores são semelhantes e mesmo se completam. Em contrapartida aos comentários tecidos por MARTINS; RIBEIRO (1979) e LITTON (1979), sobre as três teorias formuladas para adoção nos serviços de referência, GROGAN (1995) traz-nos interrogações sobre se realmente há ou não teorias sobre o serviço de referência, evidenciando a necessidade de haver aliança entre a teoria e a prática para maior desenvolvimento do serviço. Segundo o autor a área está carente de expositores sobre o assunto, afirma que aqueles que negam as teorias agora, depois propõem uma nova, e desfecha com a necessidade de estudar a teoria para que, aliada à melhoria da prática, possamos buscar soluções aos problemas dos consulentes, sendo este o principal objetivo do serviço de referência.


OBJETIVOS DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E RELAÇÕES COM OUTRAS UNIDADES

O serviço de referência é uma atividade da biblioteca em que a demanda de pesquisa e consulta ocorrem com mais freqüência. Cabe ao bibliotecário de referência encaminhar o usuário ao setor onde se encontra o material requisitado. Para haver harmonia e interação entre os vários setores da biblioteca, é conveniente traçar o perfil dos objetivos dessa instituição. Daí em diante com apoio administrativo e metas pré-determinadas podemos estabelecer como objetivos do serviço de referência: a preservação das informações e a disponibilização, recuperação e difusão dessas informações. No entanto, o objetivo central é a recuperação das informações que de alguma forma e em algum lugar foram preservadas. Para que esses objetivos se concretizem é importante haver a interação com as demais unidades da biblioteca.


Segundo LITTON (1975) "vários fatores causam o desentrosamento das seções e a falta de aproveitamento dos recursos da instituição". Dentre eles, podemos citar o espaço físico, as instalações pouco funcionais e a qualificação do pessoal.


Entretanto, a interferência da direção da seção de referência (se houver) na solução dos problemas, é essencial. O que permitirá a livre circulação do material adquirido.


O estímulo à unidade é um fator relevante que contribuirá para o fortalecimento de todos os setores, e ao mesmo tempo, propiciará maior integração entre todas as seções. Para tanto, o diretor da biblioteca deverá adotar medidas básicas, como convocar reuniões dos funcionários e chefes; promover a distribuição e discussão das programações anuais; estimular a elaboração e redação de um boletim interno da biblioteca; e a realização de palestras especializadas.


É necessário que as relações dos serviços de referência e de aquisição sejam recíprocas, pois isso ajudará a estabelecer o que deve e pode receber tratamento prioritário, viabilizando todas as informações possíveis ao usuário. Já a relação com os processos técnicos deverá se concentrar na formação de uma boa coleção e elaboração de um catálogo, considerando os pontos de vista do

Contudo, na relação com a circulação devemos delimitar o papel desempenhado pelos setores da biblioteca em decorrência do seu crescimento e da demanda de consultas, sendo fundamental haver uma coordenação geral desses setores. Sob uma mesma direção haverá grande probabilidade de harmonizar a regulamentação do uso de livros, tanto no próprio estabelecimento, como no empréstimo a domicílio.



CONCLUSÃO

Com a evolução das coleções existentes nas primeiras bibliotecas monásticas, e a criação das universidades, o serviço de referência passou a ser independente, tendo seu próprio espaço físico destinado às suas coleções. Com a explosão da produção bibliográfica, ocorrida no início do século XX na área de ciência e tecnologia ficou evidente a necessidade de expandir horizontes. Isso foi tão relevante que a Biblioteca Nacional inaugurou sua própria seção.

Visando o melhor desempenho funcional de uma instituição, os objetivos de uma biblioteca englobam: a preservação, recuperação, disponibilização e disseminação da informação, pressupondo meios práticos e ágeis de difusão da informação através dos vários suportes informacionais. Isso estimulará a relação / integração das seções da biblioteca, promovendo a unidade entre elas.

Diante da evolução do serviço de referência por motivo da introdução de novas tecnologias, tendo em vista como eram desenvolvidos os trabalhos de referência no passado, pode-se inferir que os profissionais precisam se adaptar e buscar, através de renovações dos seus conhecimentos, crescer e evoluir em suas técnicas de atendimento.

Para um bibliotecário de referência, é importante saber lidar com as incompreensões que ainda persistem em torno do serviço de referência. No que diz respeito aos erros que costumam haver nos mesmos e tentar resolvê-los. Embora as mudanças sejam visíveis e marcantes, o que ainda fica evidente é a necessidade do contato direto entre profissional e consulente.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALENCAR, Maria de Cléofas Faggion. Serviço de referência: atitudes reveladas. Revista Transinformação, Campinas, v. 8, n. 2, p. 65-82, maio/ago. 1996.


FIGUEIREDO, NN. Evolução e avaliação do serviço de referência. In: __ . As origens dos serviços de informação em bibliotecas. São Paulo: Polis, 1992. cap. 1, p. 11-16.


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*Bibliotecários

Marcos Soares Mariá
Publicado no Recanto das Letras em 29/08/2005
Código do texto: T45998

quarta-feira, 24 de março de 2010

A cultura dos sebos‏

Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11977

Luiz Costa Pereira Junior

A CULTURA DOS SEBOS

Criador do portal Estante Virtual diz que os alfarrábios superaram as livrarias como estimuladores de leitura no Brasil e viraram reserva cultural da memória literária brasileira

O administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio. Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no mercado que mudaria sua trajetória.
Garcia não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo. Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.

Aos 31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser valorizados como agentes de democratização da leitura. "Ela tem de estimular a imaginação e a reflexão.

Qualquer leitura não é leitura", diz com a autoridade conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país, afirma, fazê-la vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.

O brasileiro não gosta de ler ou não compra livros por achar muito caro?
Os dois. Há muita gente que poderia gostar e não gosta, mas há ainda mais gente disponível à leitura se o livro fosse barato. Para quem não gosta de ler, há a razão educacional: a escola ensina a não gostar, usa uma metodologia que tem êxito inverso. Temos uma base pedagógica em que ler é obrigatório e a biblioteca é vista como lugar de castigo. Mas leitura é subjetividade, é ver o que agrada à sensibilidade e se ajusta à sua forma de ser, ao seu momento. A escola nunca me deu esse espaço e duvido que, salvo exceção, garanta isso a muito aluno. Para os que driblam a escola e aprendem a gostar de ler, há um preço alto a ser encarado. Se você considerar só a lista dos dez mais vendidos, a média é de R$ 43 o exemplar. Lê esses livros quem tem mais recurso.

Muitos acham que best-seller estimula a leitura.
Tudo bem, o cara lê 800 páginas de Harry Potter. Mas esse tipo de livro leva mesmo a outra leitura que não seja a mais coisa parecida com Harry Potter? Outro dia, um membro da Câmara Brasileira do Livro disse num evento que se o brasileiro ler bula de remédio, ou revista de fofoca, já está ótimo. Na minha opinião, isso é só tecnicamente leitura. A leitura tem de estimular a imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura.

O livro pode virar fator de exclusão social?
Sem estímulo à escolha, sim. Há essa segmentação, em que uma minoria de livros é bem mais apresentada que todo o resto. A leitura termina aberta a um universo restrito de não mais que uns vinte livros. Uma derrota para a cultura. As pessoas leem só isso? O.K., melhor que não ler. Mas é um quadro de pauperização preocupante. Não basta democratizar a leitura. É preciso democratizar os autores de qualidade.

Daí o papel dos sebos...
Drummond tem uma crônica, O Sebo, em que diz que o sebo é o verdadeiro templo da democracia literária. As livrarias se concentram nos 20% de produtos responsáveis por 80% das vendas. Fazem isso não porque são "malvadas", mas por não haver espaço para tudo. Não há como dar vazão a 1.500 títulos novos todo mês, 52 por dia, fora as reedições. Já o sebo virou uma reserva cultural. Nele, há os de agora, os de antes, os fora de catálogo. Estamos falando da história editorial do país, não só dos livros do momento.

Muitos evitam sebos pela poeira e desordem, não é?
Quem vê o sebo como o lugar de obras raras ou esgotadas deixa de usufruir o que ele tem a oferecer, pois trabalha com livro novo, seminovo ou em edição. À medida que as livrarias priorizaram os mais vendidos, os sebos viram que a demanda por eles cresceu. Boa parte se modernizou, está organizada. Os sebos com bagunça, obras empilhadas, empoeiradas, hoje são minoria.

Mas esse "preconceito" não impediu o avanço...
Se livro não fosse tão caro, sebos não teriam o papel que têm no Brasil. Em Portugal, os alfarrábios são só para obras raras e esgotadas, mesmo. Não se vai a um sebo português para comprar um novo Lobo Antunes ou Saramago, pois a loja não terá. Terá o exemplar raro, o autografado, a edição há muito esgotada. Aqui não, o sebo tem tudo, e o que a livraria de novos não tem mais, pois se concentrou nos mais vendidos e nos lançamentos recentes.

Qual o tamanho real desse mercado?
O Brasil tem hoje 1.800 livrarias em meio a 2.300 pontos de venda de livros. A estimativa de sebos é de 2 mil pontos de livros usados no país, 1.670 dos quais estão no Estante Virtual. Deste número, metade é de lojas de rua e a outra metade, de virtuais.

Quem toca esses virtuais?
Em geral, ex-professores, intelectuais aposentados, com muitos livros em casa, que ampliam o acervo e vendem. A gênese desse mercado ocorreu conosco. Antes, ia-se ao Mercado Livre ou montavam um blog, mas sem movimentação, pois ficavam perdidos na rede.
E aí surgiu o Estante.

Atuava na área de inteligência em operadoras de celular, mapeando mercados, mas cansei da hipercompetição, dos valores focados em maximizar lucros, das relações pessoais pouco saudáveis nas empresas e de brigar com concorrentes por um produto que era, de fato, igual ao deles. Chutei o balde, queria virar professor e me preparei para um mestrado em Psicologia Social na PUC-SP. Procurei livros para estudar quando veio o estalo.
Criar o lugar dos sebos...

Eu ia a bibliotecas e livrarias, e não achava o que queria. Nos sebos, vi uma forma de busca elementar. Olhava as lombadas, umas com as letras subindo; outras, descendo; mesmo com paciência, não achava. Vi, então, que o sebo era mais um lugar para deixar o livro encontrar você do que encontrar o livro que de antemão se deseja. É lugar de garimpagem, não busca. Fui à internet e só achei uns seis sites de sebos. Todos caros. Aquilo me chamou a atenção. Pelo desperdício de um acervo inalcançável - o cliente não conseguia uma mera busca. Eu me perguntei porque só uma elite de sebos estava na rede. Mas sabia a resposta: montar um site com acervo e sistema de busca não é barato, uns R$ 5 mil à época. Minha ideia era resolver a procura e criar uma vitrine para sebos sem visibilidade.

O início foi difícil?
No um ano que levou para preparar o site, mapeei o mercado. No final de 2005, quando lancei o Estante, contávamos com 68 sebos. Hoje temos 600 mil clientes a quem vendemos 5 mil livros ao dia. É mais do que as lojas de rua da Travessa, rede tradicional do Rio, ou do serviço on-line da Cultura, de São Paulo. Não vendemos o livro diretamente, fazemos a intermediação entre o livreiro e o comprador. A cada mil livros on-line, cada sebo fatura em média R$ 600 mensais.

Que livro é procurado?
Literatura estrangeira e brasileira, uns 20% e uns 15% da procura cada, o resto é pulverizado. O livro mais vendido é Vidas Secas, do Graciliano Ramos, que não chega a 900 cópias vendidos. É pouco, claro. No Estante, a venda é pulverizada, não há a discrepância das livrarias, em que um livro dispara milhares de cópias e o 50º mais vendido não passa de dezenas de exemplares. Nos sebos, não. O consumo é bem mais equilibrado. Considero isso uma vitória deles, que têm acervos diversificados e servem a todo gosto, não a um ou outro autor, editora ou tipo de leitura.

Tecnologias como kindle tornarão o sebo obsoleto?
Se livro impresso é caro, imagine depender de um intermediário de leitura que custa bem mais. Sebos atuam em nicho inverso, o de pessoas que querem uma leitura mais barata.

Para além da venda, a internet estimula a leitura?
Autores que não conseguem editora escoam sua produção em blogs. Nessa hora, a internet ajuda a ler e a criar. Mas o gênero mais lido da rede é o jornalístico, leitura informacional, utilitária, não uma ordem de leitura, digamos, mais preciosa. A internet atrapalha, de fato, quando a ênfase da leitura é nos simulacros de interação, como orkut, MSN, Twitter. Eu me pergunto se essas são reais formas de interação, se as comunidades interagem como comunidade. No Orkut, são muito usadas como decalque para a pessoa inserir em seu perfil. Não há convivência genuína.

Não é julgamento severo?
Não podemos apenas rejeitar essa interação, mas não se deve só endossá-la. Pois podemos virar a civilização dos simulacros de interação e dos protótipos de leitura. A escola precisa mostrar que ler dá prazer e nem tudo é interação genuína. Dizem que, como os tempos são dinâmicos, as pessoas não param para ler, daí ser preciso coisas mais dinâmicas, com jogos e tal. É desistir cedo demais. É preciso opor alguma resistência a essa temporalidade imediata.

O problema é a educação.
Não é só a educação. Há um grau de precarização da vida contemporânea, da mente ocupada o tempo inteiro, o dia todo tomado, sem tantas zonas de pausa, tudo se junta para o sujeito chegar em casa e não ter energia para ler. Exercitar a imaginação dá trabalho. O sistema de vida que levamos não facilita. A leitura está condicionada a fatores que talvez não consigamos de fato mudar. Não será só a escola a ser obstáculo, mas mudá-la é um começo.

Como estimular a leitura, nesse contexto?
De cara, a escolha do que ler, o processo da leitura, deve dizer algo ao leitor. Damos um sinal errado ao aluno ou filho quando o fazemos ler só para fazer prova. Quando perguntamos o que o personagem falou ou fez, só para saber se houve leitura por parte do garoto. Ler não é isso. Tem de haver prazer envolvido. Devemos nos opor a certos dogmas intelectuais, de que os clássicos devem ser venerados sem restrições, os livros precisam ser lidos até o final etc. Por mim, começaria as primeiras séries proibindo provas sobre não didáticos. Se o garoto não ler, pior pra ele. Mas não se deve puni-lo. Senão, começa a odiar. A ver o tempo na biblioteca como castigo. Isso não forma leitores, só os afasta.

Como é o procedimento para publicar uma revista impressa e eletrônica?

Procure o IBICT: www.ibict.br

Eles trabalham com o Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER) é
um software desenvolvido para a construção e gestão de uma publicação
periódica eletrônica. Veja matéria abaixo.

A Incubadora de Revistas INSEER é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e tem o apoio da Financiadora de
Estudos e Projetos.

O objetivo desta iniciativa é apoiar e estimular a construção e manutenção
de revistas científicas de acesso livre na internet. O Ibict ao criar esse
espaço aberto às revistas científicas vislumbra não apenas estimular o
surgimento de novas revistas, mas principalmente possibilitar a criação de
oportunidades para a sustentabilidade de revistas científicas existentes,
especialmente aquelas que não estejam ainda em meio eletrônico. Hoje algumas
revistas científicas encontram dificuldades de sustentabilidade, devido em
parte por seus altos custos e também por sua pouca visibilidade. Por esse
motivo, a INSEER está destinada àquelas áreas e comunidades que não possuem,
no momento, condições tecnológicas para a criação de uma revista.

Com a criação da INSEER, o Ibict oferece à comunidade editorial científica
um ambiente de alta visibilidade, dotado de ferramentas que facilitam a
gestão e manutenção de uma revista científica, otimizando, assim, o trabalho
dos editores das revistas hospedadas neste espaço.


Espero ter ajudado, um abraço,

Cristine Marcial

Biblioteca do TRF1 ª Região - Brasília






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