quinta-feira, 28 de julho de 2011

Indexação e resumos

A recuperação da informação está na forma de INDEXAÇÃO que é que vai dar a quantidade e a qualidade dos resultados da pesquisa. A indexação de documentos varia segundo as necessidades e as possibilidades do sistema de informação, podendo ser: genérica, intermediária, profunda e exaustiva.

A indexação de documentos varia segundo as necessidades e as possibilidades do sistema de informação: pode ser genérica, intermediária, profunda e exaustiva e a especificidade é uma característica da linguagem de indexação e descreve os tipos de termos preferidos incluídos na linguagem de indexação. Tanto a exaustividade quanto a densidade ou profundidade de indexação são determinadas por decisões que dizem respeito à política de indexação.

Conclusão: com um bom modelo de indexação o sistema vai recuperar informações para um usuário possível, se a informação é incerta, a recuperação é apenas provável.

A indexação é vista como a ação de descrever e identificar um documento de acordo com seu assunto. Durante a indexação, os conceitos são extraídos do documento através de um processo de análise, e então traduzidos para os termos de instrumentos de indexação (tais como tesauros, listas de cabeçalhos de assuntos, esquema de classificação, etc.).
Decidida a indexação, os conceitos são registrados como dados de informação e são organizados de modo a permitir um fácil acesso na recuperação da informação. As técnicas de indexação podem ser usadas, de um lado, para organizar os conceitos em instrumentos de recuperação da informação, e também por analogia, para analisar e organizar as perguntas em conceitos representados como descritores ou combinações de descritores, símbolos de classificação, etc.
A finalidade de um sistema de recuperação de informação é selecionar, dentro de um considerável número de itens, aqueles que podem satisfazer a uma determinada necessidade expressa de informação. Para cumprir essa tarefa, o sistema precisa de um tipo de representação para o conteúdo de cada documento de sua coleção, o que é feito pela alocação de um conjunto de termos a cada documento.
Indexação é um processo duplo, passando por uma primeira etapa de análise de conteúdo do documento para a extração de conceitos, chave do texto e uma segunda etapa de tradução desses conceitos para os termos de um vocabulário livre ou controlado.
O principal propósito de um serviço de indexação é assegurar da forma mais eficiente e econômica possível, que qualquer documento ou informação seja fornecido ao usuário no momento preciso.
Se o sistema é automatizado, com área de assunto específico, poderá ser escolhida uma linguagem livre cuja maior vantagem é a rapidez na operação de indexação. O uso de linguagem livre requer um maior esforço no estágio de busca, isto porque o pesquisador precisa pensar em todas as alternativas de grafia possíveis, singulares e plurais, sinônimos, etc., até chegar ao documento procurado.Com a linguagem controlada, a operação de indexação é mais lenta, mas o esforço despendido na busca é reduzido.
A linguagem controlada permite uma maior consistência na indexação, o que torna mais indicada a um sistema de recuperação que atue em base cooperativa. Cada sistema pode estabelecer normas próprias, a fim de alcançar seus objetivos específicos .
Um índice bem construído oferecerá sugestões e orientações quanto à seleção dos termos. Os sistemas de recuperação de informação utilizam o próprio computador para armazenar os arquivos de índice, ou arquivos invertidos e para a manutenção de bases de dados.
O processo de recuperação depende muito das etapas de indexação e armazenamento, que determinam a estratégia melhor possível para as buscas feitas num sistema de recuperação da informação. O usuário e as consultas feitas ao sistema em geral não sofrem alterações de um sistema para outro, ainda que possam tornar-se mais sofisticadas à medida que adquira mais experiências com os sistemas informatizados.
A recuperação numa base de dados computadorizada se faz normalmente mediante consultas em linha a essa base. As consultas feitas em linha introduzem uma flexibilidade nas buscas que seria impraticável nos sistemas manuais.
Os sistemas informatizados oferecem uma gama de recursos de busca maior do que os sistemas manuais, e é preciso que o usuário se familiarize com esses recursos e seu potencial, a fim de otimizar a utilização do sistema.
A existência de bases de dados legíveis por computador, unida à possibilidade de se ter acesso em linha a esses recursos, ensejou praticamente uma revolução nos serviços de informação.
Os sistemas em linha têm proporcionado inúmeros e impressionantes benefícios às bibliotecas, possibilitando o oferecimento de serviços de buscas bibliográficas com alta qualidade, melhorando de forma bastante acentuada, sua produtividade, visto que as bases de dados costumam proporcionar muito mais pontos de acesso, possibilitam buscas de maior flexibilidade nos métodos de busca. Além do mais, as buscas em linha apresentam melhor relação de custo-eficácia, colocando ao alcance das bibliotecas uma gama muito maior de recursos informacionais.
No acesso em linha, faz-se o investimento em equipamento capaz de proporcionar acesso a uma ampla variedade de fontes de informação. Só se incorre no custo de acesso propriamente dito no momento em que surge a necessidade de informação. O resultado óbvio disso é que passou-se a ter maior preocupação com o acesso e não com o patrimônio.
A tecnologia eletrônica leva a uma espécie de democratização geográfica no acesso à informação. A difusão das redes de telecomunicações de valor agregado está tornando o fenômeno cada vez mais internacional.
A tecnologia então melhora o acesso aos recursos informacionais de várias formas: tornando mais acessíveis as publicações duplex, permitindo a produção de novos serviços e um nível de acesso muito maior aos itens específicos registrados numa base de dados.
As bases de dados disponíveis em forma de CDROM podem ser consultadas por computador, acessadas com a lógica booleana, apresentando interfaces amistosas com o usuário e muitas bibliotecas oferecem acesso gratuito, pelo menos àquelas bases disponíveis nesta forma.
Os usuários podem mover-se entre as ferramentas de acesso e os textos completos dos documentos a partir do mesmo terminal em linha.
A editoração de fontes primárias em forma eletrônica reduz a possibilidade de consulta a esmo, aumentando a dependência em relação aos serviços secundários. Os autores assumem maior responsabilidade pela indexação e redação de resumos em linha de seus próprios artigos.
Os sistemas integrados de informação são sistemas amistosos em linha, que proporcionam automaticamente os ajustes necessários para informar ou guiar facilmente o usuário para alternativas apropriadas para uma consulta a esmo melhorada e para recuperar a informação relevante.
Existem inúmeras bases de dados em todas as áreas, principalmente em ciência e tecnologia e um maior crescimento se dará mais nas ciências sociais e nas humanidades, surgindo também novas bases de dados em áreas interdiciplinares, bases cada vez mais especializadas e bases de interesse geral.
Os pesquisadores contam com maior e melhor acesso às bibliografias estrangeiras com acesso em linha aos textos completos dos periódicos primários. Os resumos continuarão a desempenhar um papel importante como mecanismo de filtração em sistemas computadorizados de recuperação e disseminação da informação.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Indexação e resumos: teoria e prática, Lancaster

Indexação e resumos: teoria e prática, Lancaster
by GUSTAVO HENN on MAY 1, 2007
http://extralibris.org/concursos/2007/05/01/indexacao-e-resumos-teoria-e-pratica-lancaster/
Este livro é a bíblia da indexação. E seu autor, o papa. Certa vez pesquisei em livrarias internacionais livros sobre indexação, e Indexação e resumos: teoria e prática, de F.W. Lancaster é o principal livro. Foi traduzido e publicado no Brasil por Briquet de Lemos, e sua última edição é de 2004(2.ed. brasileira).

O livro é dividido em duas partes: 1. Teoria e descrição e 2. Prática.
Na parte 1, vem toda a teoria tanto de indexação quanto de resumos. A grande vantagem desse livro é o incrível clima de trabalho que Lancaster impõe. Não é um acadêmico escrevendo, é um bibliotecário indexador/resumidor que escreve para outro bibliotecário indexador/resumidor. Isso torna o livro delicioso. Sempre comparo sua leitura à leitura de “A Prática do serviço de referência”, de Grogan, já colocado neste blog.
Na parte 2, vem a prática com muitos exercícios.
Para concursos, é essencial ler e estudar a primeira parte do começo ao fim. Pois já vi questões retiradas de diferentes páginas do livro.
Um ponto recorrente em concursos é a diferenciação entre revocação (recall) e precisão. Revocação é a capacidade de recuperar documentos úteis. Precisão é a capacidade de evitar documentos inúteis.
Outro ponto interessante é que Lancaster coloca os termos classificação, indexação e catalogação de assuntos como sinônimos. E isso já foi questão de prova.
Neste livro também se encontra a diferença e o uso de sistemas pré e pós-coordenados, e os famosos índices KWIC(Keywords in context), KWOC(Keywords out of context) e KWAC(Keyword and context).
Isso entre muitos outros assuntos que se deve estudar para ser um bom indexador e/ ou lograr êxito em concursos.
Sobre resumos também há muita coisa interessante. Uma delas é a diferenciação entre resumo e extrato. Extrato é um resumo apenas como trechos do texto. Resumo é uma criação do resumidor para resumir o texto.
Indexação e resumos: teoria e prática de Lancaster é um livro de cabeceira para qualquer bibliotecário que queira conhecer mais de biblioteconomia.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-19651999000100015
Ciência da Informação
Print version ISSN 0100-1965
Ci. Inf. vol.28 n.1 Brasilia Jan. 1999
doi: 10.1590/S0100-19651999000100015
Ciência da Informação
Print version ISSN 0100-1965
Ci. Inf. vol.28 n.1 Brasilia Jan. 1999
doi: 10.1590/S0100-19651999000100015
Indexing and abstracting in theory and practice

LANCASTER, F.W.
Indexing and abstracting in theory and practice.
2 ed. Champaign, University of Illinois, 1998. Xiii + 412 p.


A primeira edição desta obra foi publicada em 1991, tendo sido amplamente utilizada em diversos países como livro texto essencial para aqueles que desejavam obter um conhecimento tanto geral quanto específico sobre o tema indexação e resumos.
O conteúdo desta edição está também, como na anterior, dividido em duas partes: a primeira reúne a parte teórica, seus princípios e suas aplicações; a segunda parte reúne exercícios de indexação e elaboração de resumos.
O autor dá uma visão – a mais completa possível – de como se indexar e resumir documentos, no sentido de criar representações precisas e acuradas das informações contidas nos documentos, visando sua inclusão em bases de dados de indexação e resumos, quer esteja ela em versão impressa ou em linha.
Os primeiros nove capítulos mudaram pouco, enquanto atualizados, não estando substancialmente diferentes dos da primeira edição.
No capítulo 10 (Approaches used in indexing and abstracting services), Lancaster dá exemplos das várias abordagens usadas por serviços de indexação e resumos, tais como os da National Library of Medicine (NLM), Library and Information Science Abstracts (LISA), Chemical Abstracts (CAS), Social Sciences Citation Index (ISI), Current Contents (ISI), concluindo que a tendência atual de uso nesses serviços é na sua versão em linha, seguida pelo CD-ROM, confirmando os dados apresentados no relatório de Martha E. Williams sobre a indústria da informação (Gale Directory, 1998) onde as mídias de maior acesso a bases de dados são as versões acima mencionadas.
No capítulo 14 (Text Searching) faz uma revisão dos méritos relativos da abordagem da linguagem natural e vocabulário controlado na recuperação da informação, fazendo um levantamento histórico desde os anos 50. Ressaltou que muitos estudos comparativos de textos versus recuperação em bases de dados têm uma indexação com imperfeições graves , podendo ser dita a mesma coisa com relação à comparação dos procedimentos de indexação automática versus humana. Conclui com uma discussão sobre a capacidade de desenvolvimento nessa área pelo advento da Internet e a magnitude de seu crescimento , exigindo a implementação dos sistemas que deverão recuperar itens através de sua "relevância provável".
O capítulo 15 trata da indexação automática de resumos, concluindo que os métodos atualmente usados no processamento dos textos não são particurlamente novos. Melhores resultados são alcançados hoje em dia graças às novas tecnologias , permitindo o processamento do texto com uma eficiência razoável.
Os capítulos 14, 15 e 16 (Text serching; Automatic indexing, automatic abstracting and related procedures; Indexing and the Internet), apesar de estarem relacionados no que concerne aos vários aspectos do processamento de texto em máquina, tiveram melhor tratamento por terem sido considerados com capítulos individuais.
Dois novos capítulos foram acrescentados: "Indexing multimedia sources (cap. 13) e "Text searching "(cap. 14) que absorveu o capítulo 13 da primeira edição (Natural language in information retrieval).
A segunda parte parte da obra é dedicada a exercícios práticos de indexação (capítulo 18) e resumos (capítulo 19). Os exercícios permaneceram os mesmos dos da primeira edição, exceto os exercícios de indexação que foram modificados pela última edição do UNBIS Thesaurus.
No Apêndice I, apresenta um sumário dos princípios gerais para resumos e seu conteúdo; no Apêndice II, exemplos de resumos de textos completos de pequena peças com seus respectivos resumos elaborados; e no Apêndice III, um exemplo de análise modular de conteúdo.
Embora tenha procedência o comentário feito por Tenopir na recensão da primeira edição, com relação à obra de Cleveland & Cleveland (1991), não caberia ao autor deixar de citá-lo, pois se trata de uma obra sobre o tema.
Apresentar uma bibliografia exaustiva é dar opções para quem desejar estudar o assunto sob seus vários aspectos em obras produzidas em diferentes épocas que, a nosso ver, não estão obsoletas pois fazem parte do desenvolvimento do tema através dos tempos, tendo recebido o justo tratamento pelo autor ao serem incluídas em sua bibliografia.
O glossário constante da primeira edição foi suprimido nesta nova edição, já que o autor define os termos dentro do próprio texto, como é de seu hábito, ao discorrer sobre sobre os temas tratados em cada capítulo.
Esta segunda edição é uma obra atual, revista e ampliada, de leitura fácil e agradável como todos os trabalhos de sua autoria. É uma excelente contribuição devotada ao tema "indexação e resumos",

Consulta Acervo‏

Arnaldo Ricardo do Nascimento - Bibliotecário (CRB-3/909) Formado em Filosofia - UECE
Areas de pesquisa Política e Ética
Coordenador da Biblioteca Rachel de Queiroz da FECLESC/UECE
R. José de Queiroz Pessoa, 2554 - Planalto Universitátio CEP:63900 Quixadá - Ce

(88) 34451039 Faz (88) 34451036 (85) 87567356

http://www.uece.br/feclesc/index.php/biblioteca

emails:bibliotecaracheldequeiroz@live.com

ricardo.nascimento@uece.br

email altenativo: ricardo504anos@hotmail.com
"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.
No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade". Confúcio


Consulta Acervo‏

A Biblioteca este ano esta trabalhando para organizar o seu acervo e disponibilizá-lo aos Usuários(Alunos, Professores, Administrativos), o objetivo é facilitar a busca (a procura e o acesso) aos materiais, não só livros mais á informação nos seus mais variados suportes. Enfrentou-se algumas dificuldades, mas, tivemos que improvisar e tentamos inovar. No entanto, recebemos muita ajuda, dicas e idéias, críticas também, e ajudaram muito.
Para o próximo semestre esperamos mais colaboração, por parte de toda a Comunidade Acadêmica, queriamos mesmo criar, incutir a idéia ou sentimento de que a Biblioteca não navega só no mar aberto, e que todos podem ser seus marinheiros. A Biblioteca é de todos e pertence a todos. É preciso que a comunidade zele, cuide, converse com ela, ou no mínimo a esculte.
Nos últimos três semestres foi feito levantamento e digitação do acervo, disponibilizamos um terminal de consulta, iniciamos a organização, sinalização, recebimento de materiais, reorganização do empréstimo para facilitar e agilizar a busca de fichas de usuários pelos funcionários e bolsistas, criação de setores, aquisição de móveis e equipamentos indispensáveis ao trabalho e conforto(como a internet).
Incrementamos o marketing da biblioteca com a comunidade, através de avisos, comunicados, (por: cartazes, emails, boca-a-boca), a biblioteca procurou interagir com a comunidade conhecê-la e fazer-se conhecer.
A Biblioteca participará agora da segunda semana acadêmica com o curso de normalização-regras da ABNT.
Já no semestre 2011.1 lançamos o projeto "Conhecendo a Biblioteca" onde foi feito um resgate do histórico da Biblioteca Rachel de Queiroz(no mesmo período recebeu a razão social)e foi divulgado os serviços, os setores, dveres e direitos dos usuários para os calouros. Este mesmo trabalho recebeu uma aprovação e será divulgado no XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia em Alagoas em agosto.
Algumas dicas de alunos, professores e administrativos foram colocadas em prática. (e esperamos mais)
Constantemente assistimos o aumento de bolsas de iniciação, criação de projetos através do empenhos dos professores e a dedicação dos alunos em seus estudos e pesquisas, aprovação de um Mestrado, sabemos que temos de acompanhar esse crescimento para dar um atendimento e suporte informacional mais adequado, estamos caminhando para isso.

Neste sentido este semestre semestre estamos lançando um selo: A BIBLIOTECA É SUA! Esperamos que todos o adotem.

Att,

FECLESC estará representada no XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia

terça-feira, 26 de julho de 2011

Biblioteca eletronica - Jennifer Rowley

A Biblioteca Eletrônica, Jennifer Rowley
by GUSTAVO HENN on APRIL 1, 2007
Dividido em três partes: 1 introdução sobre tecnologia da informação, 2 aplcaições da recuperação da informação e 3 sistemas de gerenciamento de bibliotecas, o livro A Biblioteca Eletrônica, de Jennifer Rowley, 2ed., Briquet de Lemos, 2002, é um dos mais pedidos em concursos, até por ser um dos raros livros sobre o tema publicados no Brasil.
Alguns dos trechos que já surgiram em concursos(a CESPE parece gostar muito dele):
Os sistemas de gerenciamento de documentos são meramente sistemas que suportam a criação, o armazenamento e a subseqüente recuperação de documentos e(ou) suas representações em formato eletrônico. Os documentos que tais sistemas gerenciam encontram-se em qualquer meio, inclusive textos, gráficos, som, imagens estáticas ou em movimento, vídeo ou combinação destes na forma de um documento multimídia.
De acordo com Rowley (1994), os sistemas de gerenciamento de bibliotecas são sistemas de bases de dados de finalidade específica, projetados para controlar as atividades essenciais de uma biblioteca.
A versão brasileira é de 2002, porém é tradução da edição original de 1998. 4 anos de atraso, quando se trata de tecnologia, é muita coisa. E isso acaba acarretando alguns equívocos. Por exemplo, quando o livro fala sobre cederrom(CD-ROM), que é uma mídia em decadência, fala exaltando suas qualidades. E isso ao cair em concurso pode levar o candidato a errar.
Uma das maiores riquezas deste livro, e que também é exigida nas provas, são suas várias listas. Vou colocar algumas aqui:
Critérios de avaliação de sistemas de gerenciamento de documentos:
1. Definição da base de dados: quais os parâmetros da definção, exibição da estrutura de dados, base de dados relacional, etc.
2. Entrada de dados: telas definíveis pelo usuário, alteração fácil de registros existentes, campos definidos pelo usuário, opções de multimídia, etc.
3. Indexação: listas de palavras proibidas e permitidas, recursos para tratamento de nomes pessoais e de entidades, indexação com linguagem natual e controlada, seleção de campos para indexação e marcaçao, etc.
4. Recuperação da informação: operadores booleanos, buscas limitadas a campos, truncamento, histórico das buscas, etc.
5. Recursos de saída: opção de publicação em cd-rom ou na rede, impressão, DSI, etc.
6. Segurança: senhas, identificação dos usuários, acesso restrito, etc.
7. Outros recursos: interface amigável, suporte, etc.
Outro tipo de questão que costumam tirar desse livro é sobre tipologia de redes.
Existem 4 tipos:
Redes em estrela: que tem seu centro em um único nó de rede, e que está ligado a várias estações de trabalho. As estações, nesse caso, não se comunicam diretamente entre si, mas apenas através desse nó.
Redes em anel ou laço: são aquelas em que todos os nós são interligados em base igual. Os dados são enviados por qualquer nó e enviados para a rede.
Redes de multipontos: contam com muitas estações de trabalho que disputam entre si enlaces com um nó central. Reduz os custos de linha pois emprega somente um circuito ramificado para conectar todos os nós.
Rede em barra: é constituída por um cabo ponto a ponto, a partir do qual são feitas conexões com os periféricos.

Outra lista, esta importantíssima, é a dos fatores considerados ao selecionar uma fonte de informação:
1. Cobertura de assuntos e fontes adequada.
2. Tipo de busca.
3. Termos de busca.
4. Necessidade de formular expressões de busca.
5. Resultados esperados da busca.
6. Custo das buscas.
7. Acesso a recursos adicionais.
8. Grau de atualidade e período de tempo abrangido pelas buscas.
9. Experiência com buscas.

Do ponto de vista técnico, para os profissionais da informação, uma biblioteca eletrônica pode ser visitada fisicamente pelo usuário. Em contrapartida, uma biblioteca virtual não requer localização física, podendo ser acessada de qualquer ponto da rede e a informação solicitada pode estar depositada em qualquer lugar do planeta. De modo sintético, é possível afirmar que toda biblioteca virtual pode ser oferecida em uma biblioteca eletrônica, mas a recíproca não é verdadeira (ROWLEY, 2002).

“A biblioteca eletrônica”, Jennifer Rowley, 2002 (Library automation)

ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. 2.ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. (Localização na biblioteca da ECA 025.0285^R884eP^2.ed.)

Este livro é uma atualização do livro “Computers for libraries”, de 1993. Traz uma explanação sobre a influência que a Informática tem exercido no funcionamento das bibliotecas e serviços de informação. Examina as aplicações da tecnologia da informação que influem sobre as rotinas e o gerenciamento de bibliotecas, bem como outras aplicações que acarretam implicações para a maneira como as informações são tratadas, armazenadas e gerenciadas. O livro é dividido em três partes: introdução à tecnologia da informação, recuperação da informação e sistemas de gerenciamento de bibliotecas.

Quadro comparativo entre CD-ROM e os serviços de busca on-line
Casos em que é melhor o CD-ROM Casos em que é melhor a busca on-line
Multimídia, como livros, jogos e obras de referência Grandes bases de dados bibliográficos usadas e atualizadas com freqüência
Títulos independentes , como livros isolados Cadastros, especialmente os que são atualizados com freqüência
Coleções de livros em disco Texto integral ASCII, principalmente grandes bases de dados
Quando conteúdo, interface e técnicas de busca estão interligados Coleções de imagens e textos fixos, como artigos de revistas, se só forem usados poucos itens do acervo
Quando o aprendizado (e não mera resposta a questões factuais) faz parte da experiência Grandes bases de dados
Quando atende a uma população relativamente homogenea, como numa biblioteca escolar Muitos usuários simultâneos
Quando as editoras não publicam em outro formato, devido a razões de segurança e direito autoral Quando se pedem buscas complexas em arquivos cruzados
Quando uma população heterogênea requer grande variedade de fontes, assuntos ou temas, como em bibliotecas públicas e universitárias
Fonte: ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. Segunda edição de Informática para bibliotecas. Trad. Antônio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. p. 242.

Jennifer Rowley aponta 9 critérios para seleção de bases de dados em CD-ROM (p. 247)
1 conteúdo da base de dados cobertura e, no caso de bases de texto integral, se incluem ilustrações e outras informações
2 atualidade cobertura cronológica da BD.
3 arquivos retrospectivos estes arquivos podem ocupar diversos CDs . A questão está se todos são disponíveis ou não? E de que forma estão subdivididos em disco?
4 programa de recuperação e indexação precisa ser amigável ao usuário, eficiente, eficaz, oferecer amplos recursos de recuperação da informação e servir tanto para o consulente novato quanto ao experiente. A indexação deve ser pertinente e coerente, os termos de indexação representar adequadamente o conteúdo do documento e serem acessíveis ao usuário.
5 interface do usuário precisa ser potente e de fácil utilização. Servir para todas as categorias de usuários e propiciar um sistema adequado de ajuda
6 pós-processamento possibilidades de transferir a informação recuperada para papel ou em disco. Convém dispor de recursos para importar e imprimir os dados e, se possível , também integrá-los com informações procedentes de outras fontes.
7 tempo de acesso aos dados parecem lentas, pois as leitoras operam mais vagarosamente do que as unidades de disco rígido, e além disso, podem ocorrer demoras na rede no caso de transmissão de dados gráficos.
8 custos a) custos de instalação decorrentes na aquisição do equipamento; b) custos de assinatura necessários à aquisição e atualização dos discos. [...] As estratégias de preços dos CD-ROMs são elaboradas de modo a refletir o grau de utilização da base de dados.
9 padronização precisa ser observado compatibilidades técnicas e possibilidade de serem colocados numa estação de trabalho ou em rede. Sempre necessário observar se todos os componentes de equipamentos e programas funcionam satisfatoriamente.
Fonte : Adaptado de ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. Segunda edição de Informática para bibliotecas. Trad. Antônio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. p. 247-8.




Segundo Rowley (1994), “a informática tem exercido uma influência fundamental no funcionamento das bibliotecas e serviços de informação”.
Com o advento do computador e das novas tecnologias e, sua conseqüente introdução nas bibliotecas, “resultou em padronização, aumento da eficiência, cooperação e melhores serviços” (ROWLEY, 1994) oferecidos.
Entretanto, para que esses diferenciais sejam atingidos é preciso que se tenha claro os objetivos a que se propõe a informatização das bibliotecas.
Dentre as muitas e variadas razões que justificam a opção por um sistema
informatizado de gerenciamento, Rowley (1994), aponta:
• os computadores possibilitam a redução do número de tarefas repetitivas.
Em geral, os dados serão inseridos uma única vez e, daí em diante,
poderão ser acessados e modificados;
• os sistemas informatizados podem ser mais baratos e mais eficientes;
• podem propiciar a introdução de serviços que não existiam antes;
• controle adicional de todas as funções que se consegue com a ajuda de
informações gerenciais mais abrangentes que justificam um processo
decisório mais eficaz.

domingo, 24 de julho de 2011

ACESSIBILIDADE EM AMBIENTES INFORMACIONAIS de BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS: ONAIS DIGITAIS DE

ACESSIBILIDADE EM AMBIENTES INFORMACIONAIS DIGITAIS DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS:
foco em usuários com diferentes condições sensoriais auditivas
CORRADI, J. A. M.
1
VIDOTTI, S. A. B. G.
2
RESUMO
No contexto da Ciência da Informação, a acessibilidade em ambientes
informacionais de bibliotecas universitárias envolve os processos de tratamento,
representação, recuperação, disseminação, acesso e uso da informação com foco
no usuário. Objetiva-se neste artigo destacar alguns elementos de acessibilidade
específicos aplicáveis ao planejamento de uma arquitetura da informação digital
acessível à heterogeneidade de usuários potenciais de ambientes informacionais
digitais, com ênfase as bibliotecas universitárias, considerando-se aqueles que
possuem diferentes condições sensoriais auditivas, em especial. Os avanços em
tecnologias de informação e comunicação, assim como a participação de usuários
específicos e heterogêneos, exigentes e interativos, têm permitido novas
possibilidades de relações sociais, de comunicação e informação entre as pessoas,
assim como novas formas de reflexão sobre os ambientes de bibliotecas
universitárias.
Palavras-chave: Acessibilidade. Bibliotecas universitárias. Ambientes digitais.
Inclusão. Surdez.
ABSTRACT
In the context of the Information Science, the accessibility in digital informational
environments the universities libraries envolves the treatment, representation,
retrieval, dissemination, access and information use processes have been focused in
the users. This paper aims to highlight some specific accessibility elements for the
planning of a digital information architecture accessible to the heterogeneity of
potential users of digital informational environments this emphasis in university
libraries, in especial, users with deaf. The advances in information and
communications technologies as well as the participation of heterogeneous and 2
specific users have allowed new opportunities for social, communicational,
informational and new refletion about environment the universities libraries.
Keywords: Accessibility. Universities libraries. Digital environments. Inclusion.
Deafness.
1 INTRODUÇÃO
As discussões relacionadas à informação no âmbito tecnológico emergem
dos avanços em tempo e espaço propiciados pelas novas tecnologias de informação
e comunicação (TICs). Estes avanços impulsionaram transformações nos processos
de recolhimento, difusão, produção de conteúdos informacionais e na organização
de interfaces digitais de bibliotecas universitárias.
Graças às tecnologias de informação e comunicação vem ocorrendo
crescentes mudanças e adequações comportamentais por parte de
desenvolvedores, profissionais da informação e de usuários destes ambientes, o que
tem acarretado em publicações de diretrizes, recomendações e legislações
relacionadas à promoção da acessibilidade em prol da inclusão de usuários
específicos.
Em conformidade com o pesquisador Fernández-Molina (2004a),
verificam-se melhorias e amplas possibilidades de acesso à informação digital,
considerando sua abrangência via capilaridade da rede Internet. Similarmente,
Barreto (2002) menciona que a realidade informacional da Ciência da Informação
situa-se no “tempo do conhecimento interativo” (1995 até os dias atuais), o qual se
caracteriza pelo novo status do conhecimento, após a Internet e a World Wide Web
(web).
Por outro lado, tais avanços tecnológicos ocasionaram preocupações
éticas e políticas com as quais se depara Fernández-Molina (2004b), entre as quais
incluem-se: liberdade intelectual e censura; intimidade, confidencialidade e proteção
de dados pessoais; assim como direitos autorais. Destacam-se ainda o acesso e o
fornecimento da informação nestas preocupações.
Com isso, objetiva-se neste artigo centralizar reflexões sobre o
planejamento de uma arquitetura da informação digital que contemple a aplicação de
elementos de acessibilidade como parte de um processo inclusivo, capaz de atender as necessidades informacionais de usuários de bibliotecas universitárias,
principalmente daqueles com diferentes condições sensoriais auditivas e
lingüísticas.
Caracterizada como uma pesquisa exploratória e descritiva, este trabalho
se fundamenta principalmente no referencial bibliográfico do campo da Ciência da
Informação, em padrões de acessibilidade da Web Accessibility Initiative - WAI
(Iniciativa de Acessibilidade Web) do World Wide Web Consortium - W3C, de
legislações brasileiras referentes à temática e nas iniciativas de acessibilidade do eGov Brasil. Por meio deste arcabouço pontuaram-se os elementos de acessibilidade
que visam ampliar os acessos à informação por públicos-alvos heterogêneos e
específicos em ambientes informacionais digitais de bibliotecas universitárias.

2 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO EM AMBIENTES DE BIBLIOTECAS

SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO

SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
VANESSA S. CAVALCANTE SERVIÇO DE REFERÊNCIA E INFORMAÇÃO
Resumo apresentado ao curso de Biblioteconomia, como requisito para obtenção da primeira nota na disciplina de Serviço de Referência e Informação, ministrada pela Profª Susana Schmidt.

O serviço de referência e suas funções
O serviço de referência e informação (SRI) tem como objetivo identificar as necessidades informacionais dos usuários. Considerado uma atividade-fim da biblioteca, visa facilitar e otimizar a procura da informação, expondo o trabalho da biblioteca e do bibliotecário, gerando o reconhecimento e a satisfação do usuário.

O SRI visa também a outras funções: • Racionalização do tempo; • Localização/disponibilização dos suportes informacionais; • Educação do usuário; • Assistência direta e profissional; • Promover interação com o usuário; • Divulgar os serviços oferecidos pela biblioteca; • Eventos e exposições; • Levantamento bibliográfico em assuntos especializados; • Pesquisa on line do acervo bibliográfico; • Comutação bibliográfica; • Empréstimo entre bibliotecas.












Para que esses serviços sejam colocados em prática, Macedo (1990), orienta o bibliotecário do setor de referência em linhas de atuação, que são elementos básicos das atividades do SRI. São elas:
1. Serviço de referência propriamente dito: refere-se ao serviço em si, a interação face-a-face entre os três pilares: usuário x informação x bibliotecário, sendo que este último será o mediador de todo o processo.
2. Educação do usuário: levantamento do perfil dos usuários que utilizam a biblioteca, fornecendo-lhes orientação em relação aos serviços oferecidos pela biblioteca, isto é, promoção, divulgação, treinamento e instrução.
3. Alerta e disseminação da informação: oferecer produtos e serviços para atualizar os usuários e divulgar novas informações do seu interesse.
4. Comunicação visual e divulgação da biblioteca: organização e disponibilização do espaço físico do acervo bibliográfico, permitindo ao usuário que conheça e compreenda o funcionamento da biblioteca. Para isso, é necessário elaborar uma sinalização planejada, comunicação gráfica e panfletos. 5. Administração e supervisão do SRI: elaborar um planejamento que definirá como todo o empreendimento será preparado, focando-se nos objetivos, etapas, prazos e medidas administrativas e práticas para que o serviço seja concretizado.
A questão da referência
Grogan (2001) exemplifica as diferentes categorias de consultas em que o bibliotecário estará sujeito ao trabalhar no setor de referência. Citaremos apenas três, por serem as mais importantes. São elas:

• Consultas de caráter administrativo e de orientação espacial: são dúvidas simples que o usuário acaba levando ao bibliotecário, como “onde fica o banheiro?”, “poderia me emprestar uma caneta?”, “como faço para encontrar a sala 35?”, e etc. São consultas que não se exige conhecimento bibliográfico, e sim, um conhecimento básico e genérico sobre onde se encontram determinados lugares e como são feitas.
• Consultas sobre o autor/título: refere-se quando o usuário está à procura de uma determinada obra que não tenha sido localizada nos catálogos existentes da biblioteca. Às vezes, acontece do usuário não possuir as informações corretas ou, até mesmo, não existir o material solicitado, dificultando a localização. Dependendo do bibliotecário, caso ele tenha um conhecimento minucioso do acervo, o usuário não ficará sem a resposta; entretanto, à procura não seria um “bicho de sete cabeças” se algumas bibliotecas possuíssem catálogos mais abrangentes e de fácil compreensão, com informações mais explicativas em relação às bibliografias, índices, publicações de resumos e etc.

Consultas de localização de material: focalizam-se nos assuntos ou buscas temáticas, em que o usuário quer uma série de informações sobre o tema solicitado. Por ser um
tipo de consulta mais exigente e específica, espera-se que o bibliotecário possua sensibilidade e perspicácia para observar as reações do usuário em relação ao andamento da busca. Haverá um momento em que as consultas poderão se tornar mutáveis, caso a impossibilidade de localizar a obra cause dúvida sobre a exatidão da sua descrição. Isso acaba acontecendo pelo fato de os problemas de conferência de referências bibliográficas serem a todas as bibliotecas, porém, a culpa nem sempre é do usuário, e si, muitas vezes por falha em alguma citação bibliográfica, causando ruídos no ato da busca. O processo de referência O processo de referência é a atividade que envolve o usuário, durante a qual se executa o serviço de referência, mostrando a sua eficácia. Envolve a interação usuário x bibliotecário, sendo que é necessário para o profissional da informação ter duas habilidades: • Habilidade técnica: capacitação para fazer bom uso do conhecimento, métodos, técnicas e equipamento necessário para recuperar a informação. • Habilidade humana: capacidade e julgamentos necessários para lidar com pessoas, inclusive com conhecidos dos diferentes níveis intelectuais e do comportamento dos indivíduos. O bibliotecário precisa entender a psicologia/comportamento do usuário para obter melhor reciprocidade e relacionamento adequado.

terça-feira, 19 de julho de 2011

WEB 2.0, BIBLIOTECA 2.0 E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (I): Um protótipo para disseminação seletiva de informação na Web utilizando mashups e feeds RSS




































VIII ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação
28 a 31 de outubro de 2007 ••• Salvador ••• Bahia ••• Brasil
GT 2 – Organização e Representação do Conhecimento
Comunicação oral
WEB 2.0, BIBLIOTECA 2.0 E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (I):
Um protótipo para disseminação seletiva de informação na
Web utilizando mashups e feeds RSS
WEB 2.0, LIBRARY 2.0 AND INFORMATION SCIENCE (I):
A prototype for the selective dissemination of information
on the Web utilizing mashups and RSS feeds
Luiz Fernando de Barros Campos (PPGCI – UFMG, lfbcampos@gmail.com)
Resumo: Este artigo objetiva descrever o que se denomina Web 2.0 e Biblioteca 2.0, estabelecendo ligações
com a ciência da informação. Desenvolveu-se um protótipo de um sistema que filtra e dissemina metadados de
artigos publicados em periódicos da Web, procurando (a) demonstrar empiricamente os preceitos da Web 2.0 e
Biblioteca 2.0 caracterizados no artigo e (b) enfatizar como processos tradicionalmente conhecidos e estudados
na ciência da informação ajustam-se perfeitamente ao ambiente informacionalmente carregado da Web atual.
Para isso, foram automaticamente gerados os feeds RSS da revista Ciência da Informação do IBICT e utilizaramse aplicações Web adequadas ao processamento e integração de conteúdo oriundo de mais de uma fonte em uma
só interface (mashups). Concluiu-se que a Web 2.0 e a Biblioteca 2.0, pelo menos no momento atual, antes que
teorias consolidadas, são abordagens predominantemente empíricas, que freqüentemente retomam e enfatizam princípios, conceitos e práticas em formação. Não obstante, as tendências sociais, econômicas e tecnológicas
ressaltadas tencionam o campo da ciência da informação de modo duplo. Por um lado, há oportunidades com o surgimento de profícuos temas de estudo, criação de aplicativos interativos e leves, e a possibilidade e conveni-
ência da aplicação de teoria e práticas da área, caso exemplar da disseminação seletiva de informação. Por outro
lado, há desafios impostos aos profissionais da informação que podem demandar profundas alterações estruturais
em sua atuação e formação.
Palavras-chave: Web 2.0. Biblioteca 2.0. disseminação seletiva de informação. feeds RSS. mashups.






















para as bibliotecas. A Library 2.0 tem sido constantemente tema de artigos e livros
(MANESS, 2006
3
; CASEY; SAVASTINUK, 2006, 2007, COURTNEY, 2007).
Nascido e debatido nas comunidades virtuais de blogueiros na Internet, o termo Biblioteca 2.0 tem sido utilizado de várias maneiras, como acontece com Web 2.0. Crawford (2006) examinou minuciosamente várias definições do termo, concluindo que o sentido gravita em torno de dois núcleos. O primeiro deles abrange um espectro de metodologias de aplicações e programas (software social, modularidade, interatividade, API, e outras) assim como
um conjunto de conceitos sobre os serviços prestados pela biblioteca, boa parte deles antigos.
Com discussão e habilidade, algumas dessas novidades e teses poderiam tornar as bibliotecas
mais interessantes e relevantes. Mas o segundo conceito, “Biblioteca 2.0”, seria uma confrontação, uma visão negativa sobre as bibliotecas existentes, uma imputação de um papel não
adequado às bibliotecas de fornecedoras de qualquer tipo de informação, uma ênfase em ferramentas e modelos de negócios que não atenderiam todas as variadas comunidades de usuá-
rios, e uma atitude de não valorização de um trabalho já existente.
A exposição de Crawford (2006) reflete as discussões acaloradas e visões extremadas
que acompanharam o surgimento da expressão. Maness (2006, p.3), traz uma proposta concreta e metodologicamente assentada. Sua definição de Biblioteca 2.0 é “a aplicação de tecnologias interativas, colaborativas e multimídia baseadas em Web a serviços de bibliotecas e
coleções baseadas em Web”. Duas características da sua definição sobressaem-se: (a) trata-se
de uma abordagem empírica, de aplicações; e (b) é limitada para serviços baseados na Web, e
não para os serviços e bibliotecas em geral, sendo que desse modo “evita confusões potenciais
e permite suficientemente que o termo seja pesquisado, depois teorizado, e o torna mais útil
no discurso profissional”.
Maness (2006) entendeu que uma teoria para Biblioteca tem quatro elementos essenciais. A teoria é centrada no usuário, que participa dinamicamente no consumo e criação do
conteúdo. Ela valoriza a experiência multimídia – um aspecto particularmente enfatizado por
esse autor. Também é socialmente rica, abrangendo comunicação síncrona, como programas
de mensagens instantâneas, e assíncrona, como blogs e wikis, entre os próprios usuários, e
entre usuários e bibliotecários. E, por fim, é comunitariamente inovadora, o que pressupõe
que não apenas a biblioteca mude com os usuários, mas que se permita que os usuários mudem a biblioteca, constantemente alterando seus serviços e as formas de comunicação. Opinase que esses elementos, embora oportunos e adequados, sejam mais uma declaração de (bons)
valores, do que exatamente fundamentos de uma teoria
Para Casey e Savastinuk (2006, 2007), a base da Biblioteca 2.0 é a mudança com foco
no usuário. Trata-se de um modelo que encoraja os usuários a participarem da criação dos
serviços físicos ou virtuais que desejem, com base um uma avaliação constante e consistente
dos serviços. Também tenta servir melhor os usuários existentes com serviços direcionados a
suas necessidades e incorporar novos usuários, explorando a diversificação na cauda da curva,
nos moldes da argumentação de Andersom (2006). Tecnologia não é um requisito essencial,
mas, principalmente aquela relacionada à Web 2.0, desempenha um papel significativo para
que a biblioteca mantenha-se atualizada com as necessidades dos usuários, criando novos serviços interativos ou ensejando formas originais de intercâmbio.
Desse modo, a ênfase está no usuário, e a tecnologia é um instrumento considerado essencial para viabilizar essa perspectiva. Esse argumento aparece na literatura que versa sobre
Biblioteca 2.0 sob diversas roupagens. Assim, por exemplo, a obra organizada por Courtney
(2007) descreve o uso de várias tecnologias (folksonomies, tagging, podcasting, bibliotecas de
realidade virtual, etc) e discute seu potencial no ambiente da biblioteca de hoje. Em relação ao
tema, John Blyberg publicou dois curtos artigos em seu blog (BLYBERG, 2006, 2007) que
repercutiram positivamente na comunidade que discute a Biblioteca 2.0 (como em CASEY;
SAVASTINUK, 2006 ou CRAWFORD, 2006). O primeiro deles propugnou que os fornece-9
dores de sistemas integrados para automação e gestão de

CONTROLE BIBLIOGRÁFICO UNIVERSAL-CBU

http://www.eca.usp.br/prof/sueli/cbd2.htm/01/controle
Conceito:

Controle Bibliográfico – "Pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção" (Campello e Magalhães, 1997)

FID -

IFLA -

UNESCO -
Âmbito do controle bibliográfico:

nível geral - controle dos registros que interessam à nação, de responsabilidade governamental.

nível particular - controle dos registros que interessam a um determinado grupos de indivíduos/ instituições com interesses específicos comuns, como as bibliografias especializadas.

nível interno – controle dos registros que interessam aos usuários em particular ou de determinadas instituições. Papel desempenhado pelas bibliotecas ou agências de informação.



Controle Bibliográfico Universal

Programa desenvolvido pela UNESCO e IFLA, em 1970, que visa reunir e tornar disponíveis os registros da produção bibliográfica de todos os países, em uma rede internacional de informação, levando em conta não só a possibilidade de identificar a existência do documento mas, também, sua localização e forma de obtenção. Atualmente acoplado ao International MRAC, com o nome "Universal Bibliographic Control and Information Marc" (UBCIM).



Mecanismos de Controle Bibliográfico:

(a) Biblioteca Nacional – no papel de Agência Bibliográfica Nacional, responsabiliza-se pelo controle do depósito legal e da produção da bibliografia nacional.
Brasil: Fundação Biblioteca Nacional, RJ -

(b) Bibliografia Nacional/Bibliografia comercial – divulga publicações editadas dentro das fronteiras de cada país (Unesco)
Brasil: "Bibliografia Brasileira", 1983- (Substitui "Boletim Bibliográfico da Biblioteca Nacional", 1918-1982)
"Catálogo Brasileiro de Publicações" – Ed.Nobel, 1980- [Bibliografia comercial]

(c) Depósito Legal – exigência, definida por lei, de se efetuar a entrega a um órgão público (Biblioteca Nacional) de um ou mais exemplares de toda publicação editada no país, em papel ou em qualquer suporte físico, destinada à venda ou à distribuição gratuíta, como: monografias (livros, folhetos, publicações oficiais, atas, relatórios técnicos, etc), periódicos (revistas, jornais, boletins), material audiovisual (fitas K7, LPs, fitas de vídeo, filmes, CDs), partituras musicais, fotos, estampas, desenhos, mapas, atlas, cartazes, etc. Não inclui: teses e dissertações não editadas, recortes de jornais, folhetos e material de propaganda, brindes, marcadores de livros.
Brasil: Decreto 1.825, de 20 dezembro 1907. Fundação Biblioteca Nacional:

(d) Catalogação na Fonte – catalogação na publicação, antecipada à sua divulgação. Brasil: Câmara Brasileira do Livro/SP (Publicação "Oficina do Livro") Sindicato Nacional de Editores de Livros/RJ

(e) Descrição Bibliográfica – ISBD-International Standard Bibliographic Description – descrição bibliográfica padronizada internacionalmente, aplicada aos seguintes tipos de documentos: (M)-Monografias/1974; (G)-Obras gerais-1976; (S)-Publicações seriadas; (CM)-Material cartográfico; (NBM)-Material não bibliogr;afico; (PM)-Partituras musicais; (A)-Obras raras; (A N)-Analíticas; (CF)-Arquivos de computador.





(f) Identificação Numérica dos Documentos – sistema padronizado de números para identificação dos documentos:

ISBN-International Standard Book Number (1960)
ISMN-International Standard Music Number (1996)
Agência nacional: Biblioteca Nacional -

ISSN-International Standard Serial Number (1972)
Agência nacional: IBICT
Agência internacional: ISSN-Network



CONTROLE BIBLIOGRÁFICO ESPECIALIZADO BRASILEIRO

Controle da literatura especializada feito através das Bibliografias especializadas, também chamadas de "Índices" e "Abstracts", como produtos impressos de bases de dados bibliográficos. Dedicam-se a cobrir uma área do conhecimento, de um assunto, permitindo o controle da informação contida em diversos tipos de documentos, principalmente artigos de periódicos. Os "índices" proporcionam unicamente as referências bibliográficas dos documentos sobre um assunto específico. Ex: "Index Medicus", "Art Index". Os "abstracts" (resumos) relacionam trabalhos publicados sobre um assunto apresentando, além das referências bibliográficas, resumos dos trabalhos indexados. Ex.: "Biological Abstracts", "Library Information Science Abstracts".


IBBD-INSTITUTO BRASILEIRO DE BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO (1954-1980)

Controle e divulgação da produção bibliográfica brasileira nas áreas especializadas: "Bibliografia Brasileira de Botânica", "Bibliografia Brasileira de Ciências Sociais", "Bibliografia Brasileira de Direito", "Bibliografia Brasileira de Documentação", "Bibliografia Brasileira de Física", "Bibliografia Brasileira de Matemática", "Bibliografia Brasileira de Medicina", etc.



IBICT-INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (1981-) -


Descentralização do controle da produção bibliográfica nacional especializada. Responde pela manutenção de bases de dados bibliográficos, que têm como produtos: "Bibliografia Brasileira de Ciência da Informação", "Bibliografia Brasileira de Política, Ciência e Tecnologia"



INSTITUIÇÕES RESPONSÁVEIS PELO CONTROLE DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA NAS ÁREAS:

Arquitetura – FAU/USP: "Índice de Arquitetura Brasileira"


Comunicação – INTERCOM: "Bibliografia Brasileira de Comunicação"


Direito – Senado Federal: "Bibliografia Brasileira de Direito"



Educação – INEP: "Bibliografia Brasileira de Educação"


Energia Atômica – CIN/CNEN (participação na Base ININ-ATOMINDEX)


Medicina – BIREME: "LILACS-Literatura Latinoamericana en Ciencias de la Salud"


Medicina Veterinária – FMVZ/USP:"Bibliografia Brasileira de Medicina Veterinária e Zootecnia"


Odontologia – FO/USP: "Bibliografia Brasileira de Odontologia


------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Responsável: daisynor@usp.br Criado em: 17.02.98 Atualizado em: 02.02.99

Controle bibliogräfico

Controle bibliogräfico
www.ced.ufsc.br/~ursula/5004/5004_aula5.htm

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO - CED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - CIN

Curso de Graduação em Biblioteconomia

Ursula Blattmann E-mail: ursula@ced.ufsc.br

CIN 5004 - Fontes de Informação I

PLANO DE AULA 5

CONTEÚDO: Controle bibliográfico: conceitos e estrutura.

OBJETIVO: Caracterizar o controle bibliográfico :

conceitos empregados no controle bibliográfico;

evolução e estrutura do controle bibliográfico.

Aspectos teóricos:

Controle Bibliográfico – "Pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção" (Campello e Magalhães, 1997)

Componentes básicos do controle bibliográfico universal são de responsabilidade de cada país e precisam ser integrados para formar o sistema universal. Isto significa aceitar normas internacionais para o registro da descrição da produção bibliográfica de cada país.

Abrangência do controle bibliográfico: local , regional , nacional e universal

nível geral - controle dos registros que interessam à nação, de responsabilidade governamental.

nível local - controle dos registros que interessam a um determinado grupos de indivíduos/ instituições com interesses específicos comuns, como as bibliografias especializadas.

nível interno – controle dos registros que interessam aos usuários em particular ou de determinadas instituições. Papel desempenhado pelas bibliotecas ou agências de informação.

Normas técnicas, padronização, formatos de interoperabilidade

A UNESCO http://www.unesco.org e a IFLA, em 1970, desenvolveram um programa com o objetivo de promover um sistema internacional para controle e intercâmbio de informações bibliográficas. Isto é, reunir e tornar disponíveis os registros da produção bibliográfica de todos os países, em uma rede internacional de informação, para possibilitar a identificação da existência do documento, sua localização e forma de obtenção. Teve como denominação "Universal Bibliographic Control and Information Marc" (UBCIM) - http://www.ifla.org/VI/7/icabs.htm .


O UBCIM foi responsável pelos ISBDs bem como o UNIMARC. A partir de 2003, aconteceu a IFLA-CDNL Alliance for Bibliographic Standards - ICABS" [Aliança para padrões bibliográficos].

A Biblioteca Nacional de Portugal é atualmente o hospedeiro do "International Cataloguing and Bibliographical Control" .

No artigo de Oliveira, Pavão e Costa et al. (2004) apresentam que

Para realizar seu controle bibliográfico, o país deve administrar a produção editorial identificando-a e registrando seus dados em conformidade com normas internacionais de descrição bibliográfica. Uma série de medidas, relacionadas com a origem, organização e normalização dos dados bibliográficos, deve ser adotada pelo país para gerir este controle (Kaltwasser, 1971):

1) estabelecer agência bibliográfica nacional, responsável, entre outras funções, pelo controle e identificação dos dados bibliográficos oficiais de cada publicação editada no país;

2) criar bibliografia nacional que arrole e divulgue, com regularidade e rapidez, os documentos publicados no país e editados pela agência;

3) criar corpo de legislação, o depósito legal, que defina quem e que tipo de documento está sujeito ao depósito legal, número de cópias e prazo de depósito e instituição depositária e responsável pelo registro/divulgação da produção editorial do país;

4) estabelecer a catalogação na publicação identificando os dados bibliográficos do documento que está sendo publicado, para divulgação em serviços específicos, facilitando os procedimentos de seleção e de aquisição de novos títulos;

5) buscar a padronização da descrição bibliográfica adotando padrões internacionais (AACR2, ISBD, MARC) para criação de registros bibliográficos que possam ser objeto de intercâmbio automatizado entre diferentes fontes e de interpretação independentemente do idioma do registro;

6) utilizar a identificação numérica do documento, atribuindo número padronizado (ISBN, ISSN) a cada título publicado no país para facilitar sua identificação, o controle editorial nacional e os processos de aquisição de documentos.


Responda as questões:
qual a importância da IFLA e UNESCO na sociedade da informação?

como as novas tecnologias da informação são inseridas para efetuar o controle bibliográfico?

qual a importância do desenvolvimento e adoção da padronização nos aspectos estratégicos, técnicos e operacionais?

como os bibliotecários atuam nas entidades nacionais e internacionais de controle bibliográfico?

com quais profissionais o bibliotecário precisa compartilhar experiências e apropriar métodos, técnicas e instrumenos para facilitar a osrganização sistematizada do controle bibliográfico?

qual a importância de bibliografias no desenvolvimento histórico e cientifico?

como bibliógrafos e bibliófilos contribuem na preservação documental?


METODOLOGIA: Apresentação de conteúdos teóricos e análise da situação; discussão em grupos, aula expositiva, estudos individuais.

Atividade de leitura, análise, interpretação e síntese de fontes de informação:

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL.Disponível em:

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Disponível em: < http://www.ifla.org/ >

UNESCO- IFLA Manifestos. Bibliotecas públicas. Bibliotecas escolares. Internet. Disponível em: < http://www.unesco.org/webworld/libraries/manifestos/index_manifestos.html > IFLA Policies and procedures. Disponível em: <- http://www.ifla.org/V/cdoc/policies.htm >
Library of Congress [Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos] - http://www.loc.gov/

Leituras para o encontro:


BLATTMANN, Ursula . Normas técnicas: estudo sobre a recuperação e uso . Campinas, 1994. Dissertação de Mestrado - Pontificia Universidade Católica de Campinas Disponível em: http://www.geocities.com/ublattmann/papers/ursula_puccamp.html

CAMPELLO, Bernardete Santos; MAGALHÃES, Maria Helena de Andrade. Introdução ao controle bibliográfico. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 1997. p. 1- 42

GUIMARÃES, Angelo de Moura. Internet. In: CAMPELLO, Bernardete; CALDEIRA, Paulo da Terra (Org.) Introdução às fontes de informação. Belo Horizonte : Autêntica, 2005. [Coleção Ciência da Informação] p. 159-178

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Disponível em: < http://www.ifla.org/ >
LEMOS, Antônio Agenor Briquet de. Bibliotecas. In: CAMPELLO, Bernardete; CALDEIRA, Paulo da Terra (Org.) Introdução às fontes de informação. Belo Horizonte : Autêntica, 2005. [Coleção Ciência da Informação] p. 101-119

MINDLIN, José; ANTUNES, Cristina. Memórias esparsas de uma biblioteca. São Paulo: IMESP, Florianópolis:Ofina do livro, 2004. 2v.
NORONHA, Daisy Pires; FERREIRA, Sueli Mara S. Controle Bibliográfico Universal - CBU. Disponível em: < http://www.eca.usp.br/prof/sueli/cbd201/controle.htm>
MACHADO, Ana Maria Nogueira. Controle bibliográfico. In: MACHADO, Ana Maria Nogueira. Informação e controle bibliográfico: um olhar sobre a cibernética. São Paulo: Ed. UNESP, 2003. ISBN 85-7139-462-8 p. 39-65

OLIVEIRA, Zita Prates de, PAVÃO, Caterina Groposo, COSTA, Janise Silva Borges da et al. O uso do campo MARC 9xx para o controle bibliográfico institucional. Ci. Inf., v.33, n.2, p.179-186, maio/ago. 2004. ISSN 0100-1965.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à indepjavascript:void(0)endência do Brasil. Colaboração de Paulo César de Azevedo e Ângela Marques da Costa. São Paulo: Companhia das Letras.
UNESCO- IFLA Manifestos. Bibliotecas públicas. Bibliotecas escolares. Internet. Disponível em: < http://www.unesco.org/webworld/libraries/manifestos/index_manifestos.html > IFLA Policies and procedures. Disponível em: <- http://www.ifla.org/V/cdoc/policies.htm >
Biblioteca Pública - http://www.ifla.org/VII/s8/unesco/port.htm
Biblioteca escolar - http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portuguese-brazil.pdf
Internet - http://www.ifla.org/III/misc/im-pt.htm

Declaração de Alexandria - Faróis da Sociedade da Informação: http://www.ifla.org/III/wsis/BeaconInfSoc-pt.html

Controle bibliográfico: conceitos e estrutura.

Controle bibliografico

CONTEÚDO: Controle bibliográfico: conceitos e estrutura.

OBJETIVO: Caracterizar o controle bibliográfico :

conceitos empregados no controle bibliográfico;

evolução e estrutura do controle bibliográfico.

Aspectos teóricos:

Controle Bibliográfico – "Pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção" (Campello e Magalhães, 1997)

Componentes básicos do controle bibliográfico universal são de responsabilidade de cada país e precisam ser integrados para formar o sistema universal. Isto significa aceitar normas internacionais para o registro da descrição da produção bibliográfica de cada país.

Abrangência do controle bibliográfico: local , regional , nacional e universal

nível geral - controle dos registros que interessam à nação, de responsabilidade governamental.

nível local - controle dos registros que interessam a um determinado grupos de indivíduos/ instituições com interesses específicos comuns, como as bibliografias especializadas.

nível interno – controle dos registros que interessam aos usuários em particular ou de determinadas instituições. Papel desempenhado pelas bibliotecas ou agências de informação.

Normas técnicas, padronização, formatos de interoperabilidade

A UNESCO http://www.unesco.org e a IFLA, em 1970, desenvolveram um programa com o objetivo de promover um sistema internacional para controle e intercâmbio de informações bibliográficas. Isto é, reunir e tornar disponíveis os registros da produção bibliográfica de todos os países, em uma rede internacional de informação, para possibilitar a identificação da existência do documento, sua localização e forma de obtenção. Teve como denominação "Universal Bibliographic Control and Information Marc" (UBCIM) - http://www.ifla.org/VI/7/icabs.htm .


O UBCIM foi responsável pelos ISBDs bem como o UNIMARC. A partir de 2003, aconteceu a IFLA-CDNL Alliance for Bibliographic Standards - ICABS" [Aliança para padrões bibliográficos].

A Biblioteca Nacional de Portugal é atualmente o hospedeiro do "International Cataloguing and Bibliographical Control" .

No artigo de Oliveira, Pavão e Costa et al. (2004) apresentam que

Para realizar seu controle bibliográfico, o país deve administrar a produção editorial identificando-a e registrando seus dados em conformidade com normas internacionais de descrição bibliográfica. Uma série de medidas, relacionadas com a origem, organização e normalização dos dados bibliográficos, deve ser adotada pelo país para gerir este controle (Kaltwasser, 1971):

1) estabelecer agência bibliográfica nacional, responsável, entre outras funções, pelo controle e identificação dos dados bibliográficos oficiais de cada publicação editada no país;

2) criar bibliografia nacional que arrole e divulgue, com regularidade e rapidez, os documentos publicados no país e editados pela agência;

3) criar corpo de legislação, o depósito legal, que defina quem e que tipo de documento está sujeito ao depósito legal, número de cópias e prazo de depósito e instituição depositária e responsável pelo registro/divulgação da produção editorial do país;

4) estabelecer a catalogação na publicação identificando os dados bibliográficos do documento que está sendo publicado, para divulgação em serviços específicos, facilitando os procedimentos de seleção e de aquisição de novos títulos;

5) buscar a padronização da descrição bibliográfica adotando padrões internacionais (AACR2, ISBD, MARC) para criação de registros bibliográficos que possam ser objeto de intercâmbio automatizado entre diferentes fontes e de interpretação independentemente do idioma do registro;

6) utilizar a identificação numérica do documento, atribuindo número padronizado (ISBN, ISSN) a cada título publicado no país para facilitar sua identificação, o controle editorial nacional e os processos de aquisição de documentos.


Responda as questões:
qual a importância da IFLA e UNESCO na sociedade da informação?

como as novas tecnologias da informação são inseridas para efetuar o controle bibliográfico?

qual a importância do desenvolvimento e adoção da padronização nos aspectos estratégicos, técnicos e operacionais?

como os bibliotecários atuam nas entidades nacionais e internacionais de controle bibliográfico?

com quais profissionais o bibliotecário precisa compartilhar experiências e apropriar métodos, técnicas e instrumenos para facilitar a osrganização sistematizada do controle bibliográfico?

qual a importância de bibliografias no desenvolvimento histórico e cientifico?

como bibliógrafos e bibliófilos contribuem na preservação documental?


METODOLOGIA: Apresentação de conteúdos teóricos e análise da situação; discussão em grupos, aula expositiva, estudos individuais.

Atividade de leitura, análise, interpretação e síntese de fontes de informação:

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL.Disponível em:

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Disponível em: < http://www.ifla.org/ >

UNESCO- IFLA Manifestos. Bibliotecas públicas. Bibliotecas escolares. Internet. Disponível em: < http://www.unesco.org/webworld/libraries/manifestos/index_manifestos.html > IFLA Policies and procedures. Disponível em: <- http://www.ifla.org/V/cdoc/policies.htm >
Library of Congress [Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos] - http://www.loc.gov/

Leituras para o encontro:


BLATTMANN, Ursula . Normas técnicas: estudo sobre a recuperação e uso . Campinas, 1994. Dissertação de Mestrado - Pontificia Universidade Católica de Campinas Disponível em: http://www.geocities.com/ublattmann/papers/ursula_puccamp.html

CAMPELLO, Bernardete Santos; MAGALHÃES, Maria Helena de Andrade. Introdução ao controle bibliográfico. Brasília: Briquet de Lemos Livros, 1997. p. 1- 42

GUIMARÃES, Angelo de Moura. Internet. In: CAMPELLO, Bernardete; CALDEIRA, Paulo da Terra (Org.) Introdução às fontes de informação. Belo Horizonte : Autêntica, 2005. [Coleção Ciência da Informação] p. 159-178

INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS. Disponível em: < http://www.ifla.org/ >
LEMOS, Antônio Agenor Briquet de. Bibliotecas. In: CAMPELLO, Bernardete; CALDEIRA, Paulo da Terra (Org.) Introdução às fontes de informação. Belo Horizonte : Autêntica, 2005. [Coleção Ciência da Informação] p. 101-119

MINDLIN, José; ANTUNES, Cristina. Memórias esparsas de uma biblioteca. São Paulo: IMESP, Florianópolis:Ofina do livro, 2004. 2v.
NORONHA, Daisy Pires; FERREIRA, Sueli Mara S. Controle Bibliográfico Universal - CBU. Disponível em: < http://www.eca.usp.br/prof/sueli/cbd201/controle.htm>
MACHADO, Ana Maria Nogueira. Controle bibliográfico. In: MACHADO, Ana Maria Nogueira. Informação e controle bibliográfico: um olhar sobre a cibernética. São Paulo: Ed. UNESP, 2003. ISBN 85-7139-462-8 p. 39-65

OLIVEIRA, Zita Prates de, PAVÃO, Caterina Groposo, COSTA, Janise Silva Borges da et al. O uso do campo MARC 9xx para o controle bibliográfico institucional. Ci. Inf., v.33, n.2, p.179-186, maio/ago. 2004. ISSN 0100-1965.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à independência do Brasil. Colaboração de Paulo César de Azevedo e Ângela Marques da Costa. São Paulo: Companhia das Letras.
UNESCO- IFLA Manifestos. Bibliotecas públicas. Bibliotecas escolares. Internet. Disponível em: < http://www.unesco.org/webworld/libraries/manifestos/index_manifestos.html > IFLA Policies and procedures. Disponível em: <- http://www.ifla.org/V/cdoc/policies.htm >
Biblioteca Pública - http://www.ifla.org/VII/s8/unesco/port.htm
Biblioteca escolar - http://www.ifla.org/VII/s11/pubs/portuguese-brazil.pdf
Internet - http://www.ifla.org/III/misc/im-pt.htm

Declaração de Alexandria - Faróis da Sociedade da Informação: http://www.ifla.org/III/wsis/BeaconInfSoc-pt.html

CDD - UNB - Odilon Pereira da Silva

APOSTILAS CDD - UNB - Odilon Pereira da Silva

C D D

Classificação Decimal Dewey


Manual teórico-prático para uso dos alunos da disciplina CLASSIFICAÇÃO no Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília, elaborado pelo professor

Odilon Pereira da Silva

S U M Á R I O


BREVES NOTAS BIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
BREVE HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS EDIÇÕES
EDIÇÕES ABREVIADAS
ADMINISTRAÇÃO DA CDD
O SISTEMA C D D
CARACTERÍSTICAS
ESTRUTURA DA CDD
HIERARQUIA
SÍNTESE
ORDEM DE CITAÇÃO
Í NDICE RELATIVO
RECURSOS MNEMÔNICOS
VERSATILIDADE
TABELAS AUXILIARES
SUBDIVISÕES PADRÃO
SUBDIVISÃO DE UMA SUBDIVISÃO PADRÃO
SUBDIVISÃO DE ÁREA
SUBDIVISÕES DE ÁREA 11-19
SUBDIVISÃO DE ÁREA COM -2
SUBDIVISÕES DE ÁREA COM -3 A -39
SUBDIVISÕES DE ÁREA 4-9
SUBDIVISÕES DE LITERATURAS INDIVIDUAIS
TABELA 3-A ( AUTORES INDIVIDUAIS):
TABELA 3-B: OBRAS DE/SOBRE MAIS DE UM AUTOR
TABELA 3-C
SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS INDIVIDUAIS
SUBDIVISÕES DE GRUPOS RACIAIS, ÉTNICOS, NACIONAIS
SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS
SUBDIVISÕES DE PESSOAS
VARIAÇÕES NÃO-OFICIAIS
ALTERAÇÕES DE UMA EDIÇÃO PARA OUTRA
BREVES NOTAS BIOGRÁFICAS

Melvil Dewey, um gênio, pelo menos na opinião de seu filho, Godfrey Dewey, nasceu em 1851. Com a idade de cinco anos revelava já o tipo de preocupação que lhe iria marcar a vida inteira: teria proporcionado à despensa de sua mãe uma organização sistemática, mais consentânea com a necessidade de recuperar os itens de mantimentos ali armazenados.
Aluno do Amherst College, de Amherst, Massachussetts, conseguiu, em 1872, o cargo de assistente de biblioteca, apresentando, no ano seguinte, um plano de reorganização da biblioteca daquele Colégio de maneira mais sistemática.
Em 1874 foi promovido a Assistant College Librarian, publicando em 1876, anonimamente, uma obra que viria revolucionar a Biblioteconomia de então, com enorme repercussão nos anos futuros: o Classification and Subject Index for Cataloguing and Arranging the Books and Pamphlets of a library.
Ainda em 1876 tornou-se o primeiro redator-chefe do Library Journal, além de membro-fundador da American Library Association, e seu primeiro secretário. Em 1887 fundou a primeira escola de Biblioteconomia dos Estados Unidos (Columbia Unversity), e, no transcurso de uma longa existência (faleceu em 1931, com 80 anos) participou ativamente não apenas de quase todos os aspectos da Biblioteconomia, mas também de áreas afins, como a reforma ortográfica da língua inglesa, por ele adotada nas primeiras edições do Sistema, cuja natureza e extensão podem ser vislumbradas ainda na Introdução de algumas edições mais antigas (como a 12a.) da mais famosa de suas contribuições para a Biblioteconomia: a Classificação Decimal.
INTRODUÇÃO

Erro! Nenhuma entrada de índice remissivo foi encontrada.
Classificar, como definir e dividir, são atividades inerentes ao pensar humano, e, por essa razão, datam de quando o homo sapiens atingiu o grau de desenvolvimento que lhe mereceu aquele epíteto.
A história da Classificação, pois, apresenta um curso muito longo, e está, como todo o saber e o fazer humanos, associada à Filosofia, saber por excelência, célula mater de todas as ciências, das artes e, mesmo, das tecnologias.
Muito natural que as primeiras abordagens classificatórias, no alvorecer dos esforços intelectuais do ser humano, surgissem (como, de fato, surgiram) dentro do contexto filosófico. Foram, narram-nos os estudiosos, quase unanimemente, os sábios da antiguidade ( filósofos), os primeiros a se preocuparem com discernir, distinguir, discriminar (o que equivale a dizer classificar) os objetos materiais e, sobretudo, formais das diversas áreas da então ciência única/saber único (sofia).
Aristóteles, segundo esses mesmos estudiosos, teria sido o primeiro intelectual a não apenas se preocupar com dividir em áreas (classificar) o saber (a ciência de então), mas até mesmo a iniciar a organização dos hoje denominados suportes físicos da informação, os documentos em suas então pouco variadas formas de apresentação: os pergaminhos, os papiros, as tabuetas enceradas, enfim, as midia da época.
Teria o grande estagirita mantido, organizada por assunto, de acordo com sua própria divisão do conhecimento, uma biblioteca (termo aqui assumido em seu sentido metonímico e histórico de quase-sinônimo de coleção de documentos), constituída de exemplares de suas próprias obras, acrescidas das de seus mestres, de seus contemporâneos, e de escritores do passado a cujos textos tivera acesso.
Não nos propomos aqui (nem reconhecemos em nós competência suficiente para tal, além de não ser pertinente) detalhar o desenvolvimento histórico da Classificação, nem mesmo delinear a história dos sistemas que surgiram no decorrer dos séculos, mas apenas mencionar esse grande momento de sua trajetória: o Sistema de Classificação de Melvil Dewey, cuja concepção, estrutura e princípios denunciam (no bom sentido) sua origem filosófica, remontando aos clássicos da Grécia através de influências mais recentes.
Daí a conveniência de nos lembrarmos, ainda que em linhas muito gerais, de algumas das características dos sistemas a que costumam ser mais diretamente associadas as classificações bibliográficas, particularmente os modernos sistemas decimais: Dewey e CDU, com o objetivo de melhor compreendermos o autor e a obra, evitando juízos apressados, levianos, infundados, tão freqüentemente proferidos contra (ou a favor, também) do grande pioneiro da Biblioteconomia moderna. E não apenas da Biblioteconomia, porque a esfera de atividade desse intelectual irrequieto não se restringia a organizar coleções de livros em seu Amherst College, mas estendia-se a praticamente todas as manifestações da vida intelectual e cultural de seu tempo, conforme atestam seus biógrafos.
Não podemos esquecermo-nos, também, de que, como qualquer produto de uma época, ainda que genial, não poderia deixar de refletir (para bem ou para mal) o ambiente cultural, os valores, as crenças, o estágio de desenvolvimento da ciência, da tecnologia, das artes, à época de seu surgimento, no contexto, inclusive, geográfico, político e racial em que veio à luz.
Nem seria justo esquecermo-nos de que é produto de uma mente, resultado do esforço individual de um homem, conseqüência dos esforços particulares de um funcionário responsável pela organização de uma coleção específica de documentos de um College (faculdade) americano do século XIX, cuja ênfase era maior nas Humanidades do que na Ciência e nas tecnologias, menos abundante em Literatura, àquela época, mesmo nos Estados Unidos, que ainda não era a potência tecnológica em que se veio transformar em seguida.
O pressuposto de Dewey, como o da maioria dos sistemas que o precederam, bem como dos que foram por ele influenciados, era o de que o mundo (inclusive o das idéias) era uma entidade perfeitamente organizada, uma estrutura lógica, um sistema de partes obedecendo a uma hierarquia. Assim, um sistema de classificação estaria bem projetado se reproduzisse em sua estrutura essa realidade, constituindo-se numa seqüência ordenada (hierárquica, também) de classes principais de assunto, como coluna mestra do Sistema, à qual se fossem associando paulatinamente grupos (tabelas, esquemas) de idéias de menor peso, de conceitos secundários, se comparados com os das classes principais.
Não podemos esquecer, também, que o Sistema reflete a concepção das divisões do conhecimento correntes no século XIX, quando, por exemplo, ainda se incluía a Psicologia entre as partes da Filosofia Racional. Reflete, também, a cultura europeu-ocidental, com pouca ênfase em assuntos e aspectos que digam respeito ao Oriente.
Nessa mesma linha de análise, há uma predominância do enfoque cristão-católico sobre o de outros credos, sobretudo no que respeita a assuntos de natureza ético-religiosa.
Não se há de negar que tem havido esforços por parte dos continuadores e administradores do Sistema no sentido de adequá-lo às exigências dos tempos modernos, em que parecem impor-se as idéias difundidas por Ranganathan e abraçadas pelo Classification Reesearch Group, de que o conhecimento revela muitas facetas, podendo um assunto ser abordado a partir de inúmeros e diferentes aspectos/pontos de vista, uma vez que se constata ser cada vez mais difícil estabelecer fronteiras entre seus antigamente bem delimitados domínios (feudos).

BREVE HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS EDIÇÕES

A primeira edição, apenas um esboço do que viria a se tornar o Sistema já a partir da segunda, foi publicada anonimamente, e ainda sem o nome com que se tornaria famosa: Decimal Classification and Relative Index. Essa primeira edição, publicada em 1876, trazia doze páginas de Introdução, doze de Tabelas e dezoito de Índice. A Introdução era uma verdadeira teoria da classificação, enquanto o Índice constituía a parte mais importante do Manual, uma verdadeira inversão da praxe biblioteconômica em publicações dessa natureza.
Atribuição (pela primeira vez) de números decimais aos livros, e não às estantes; abundância de detalhes dos assuntos principais e presença de um Índice (relativo) detalhado para acesso às entradas numéricas do Sistema, constituíram sua maior contribuição para o progresso da classificação bibliográfica.
A partir da segunda edição, de 1885, foi estabelecido um padrão notacional (e viria a se manter basicamente inalterado) para todas as edições subseqüentes, da mesma forma que ficou definitivamente consagrado o arranjo sistemático.
Dewey percebeu que um esquema que sofresse modificações substanciais de uma edição para outra não haveria de prosperar, porque os bibliotecários não aceitariam, de boa mente, mudanças significativas, em termos de reclassificação; de alterações da notação nas entradas do catálogo e nos livros; de recolocação nas estantes e de reintercalação, o que representa, na verdade, volume de trabalho considerável.
Nessa edição Dewey anunciava que a estrutura do esquema, daí em diante, não seria mudada; as expansões seriam introduzidas na medida das necessidades, mas a arquitetura básica haveria de permanecer.
É aqui que vamos encontrar, pela primeira vez, a notaçãomínima de três algarismos, a ortografia simplificada de Dewey, queestava profundamente interessado em reformar a ortografia da língua inglesa,e alguns dos mecanismos de síntese desenvolvidos e aperfeiçoadosem sucessivas edições.
Até à décima quarta edição (de 1942) inclusive, o progresso obtido fora principalmente no sentido de proporcionar um detalhamento crescente, sem muitas alterações, porém, da estrutura básica do esquema.
Ocorrera, é verdade, uma inovação interessante na décima terceira edição, em que se incluía uma tabela completamente nova para 159.5 Psicologia, paralelamente às tabelas anteriores desenvolvidas em 130 e 150. É excusado observar que essa novidade não foi aceita pelos usuários da CDD, e já não mais apareceu na décima quarta edição.
Muitos dos detalhes da décima quarta edição padeciam da falta de equilíbrio, denunciando uma abordagem acidental da revisão, facilitada pela ausência de qualquer preocupação com a garantia literária. A Medicina, por exemplo, era desenvolvida bastante minuciosamente numa tabela que chegava a possuir oitenta páginas, enquanto que na Tecnologia Química, que incluía tópicos como Tecnologia de Alimentos, Tecnologia de Combustíveis e Metalurgia, quase nada havia mudado desde a segunda edição, ficando muitas subdivisões importantes inteiramente sem desenvolvimento.
Na décima quinta edição, de 1951, considerada padrão pelos continuadores de Dewey, foi tomada a decisão de se não pouparem esforços para atualizar o esquema e basear o volume de detalhes das várias seções numa estimativa mais realista das necessidades.
Essa edição introduziu diversas características novas: aperfeiçoou notavelmente a diagramação e a feição gráfica, de modo que a estrutura das tabelas resultasse evidente através da combinação de linhas recorridas e do emprego inteligente de caracteres tipográficos; a ortografia adotada por Dewey foi completamente abolida, tanto do índice como das tabelas, com exceção de algumas palavras; a terminologia foi revista, de modo a adequá-la ao uso moderno, e os exemplos foram alterados em diversas situações. Em suma, quanto à sua apresentação, a décima quinta edição pôde ser considerada um êxito editorial para os padrões da época.
Foi, a partir dela, adotada a diretriz de se estabelecer um intervalo de sete anos como ciclo ideal de publicação das edições futuras. Como decorrência, a décima sexta apareceu, pontualmente, em 1958.
Essa edição retomava a enumeração minuciosa da décima quarta edição e alterava de novo a localização de alguns tópicos, reconduzindo-os aos seus lugares na seqüência, mas conservava os aperfeiçoamentos da décima quinta edição, principalmente os que se referiam à apresentação gráfica. O índice foi publicado como um volume à parte e era relativamente mais detalhado do que o da décima quarta edição; enquanto essa possuía 65 000 entradas de índice (pouco mais do dobro de seus 31 000 assuntos), a décima sexta apresentava 63 000 entradas de índice para 18 000 assuntos, ou seja, mais de três vezes entradas de índice em relação aos assuntos desenvolvidos nas tabelas.
A décima sexta edição aparecia com as primeiras tabelas fênix, verdadeiros encartes no Sistema, conseqüentes à constatação de que certas tabelas se haviam tornado tão desatualizadas que a única maneira satisfatória de fazer sua revisão era substituí-las por números de classificação inteiramente novos. Com efeito, nessa edição verificamos que 546 Química Inorgânica e 547 Química Orgânica são números totalmente novos, sem qualquer semelhança com os das edições anteriores.
Não satisfez ela a alguns críticos, entretanto, principalmente aos que mantinham laços com a British National Bibliography. Foi, porém, adotada por inúmeras bibliotecas, que a reconheceram como sendo a primeira edição válida do pós-guerra.
A décima sétima edição apareceu em 1965-67, aguardada com um interesse inusitado. Queriam todos verificar se teria tido continuidade a tendência à modernização, evidente na décima sexta edição.
Representou ela, na verdade, a primeira grande tentativa de introduzir, dentro dos limites da notação existente, um volume maior de síntese, ao mesmo tempo em que eliminava algumas anomalias que se tinham infiltrado nas edições anteriores.
Publicada em 1971, a décima oitava edição manteve a estrutura básica das edições anteriores, sendo a primeira a receber atenção especial da British National Bibliography e da Library of Congress, que a adotaram oficialmente como instrumento de classificação de seus registros no formato MARC. E confirmou a tendência já verificada nas edições mais recentes no sentido das facetas e da síntese.
É nessa edição que, pela primeira vez, são acrescentadascinco novas tabelas auxiliares às duas tradicionais (SubdivisõesPadrão e de Área). São elas:
LITERATURAS INDIVIDUAIS
LÍNGUAS INDIVIDUAIS
GRUPOS RACIAIS, ÉTNICOS E NACIONAIS
LÍNGUAS
PESSOAS
É nela, também, que se firmam as denominações de Tables para designar as Tabelas Auxiliares, distinguindo-as das Schedules quando se deseja referir-se às Tabelas Principais.
A décima nona e a vigésima edições não alteraram essencialmente o Esquema, apenas enriqueceram-no com números novos e reutilização de números antigos, fiéis à idéia de revisão gradual e constante, para acompanhar o desenvolvimento da ciência, da tecnologia, do saber.
A vigésima edição apresenta várias novidades em relação às anteriores, a começar pelo número de volumes, que são, agora, quatro, cujas matérias são assim distribuídas:


V. 1 INTRODUÇÃO E TABELAS AUXILIARES
V.2 CLASSES PRINCIPAIS 0 a 5
V3 CLASSES PRINCIPAIS 6 a 9
V.4 ÍNDICE ALFABÉTICO e MANUAL

Como novidade maior na 20a. edição apareceu um Manual, publicado juntamente com (e após) o Índice Alfabético, no volume 4. É um instrumento que pretende tornar menos penosa a atividade do classificador, trazendo exemplos e sugestões de como tomar decisões em tópicos que apresentam maior dificuldade.
Outra característica da 20a. edição é que foi aumentado o número e melhorada a qualidade dos já tradicionais Sumários, recurso que permite uma visão abrangente da classe(ou subclasse)onde os mesmos ocorrem, sem necessidade de demorados browsings (buscas aleatórias) ao longo de toda a extensão da classe/subclasse.
Naturalmente, esses sumários nem sempre permitem uma classificação segura de um assunto, sem consulta ao local próprio das tabelas onde eles são desenvolvidos e aprofundados, mas podem proporcionar uma visão panorâmica do tema e uma oportunidade de identificar rapidamente a parte da escala hierárquica onde o mesmo se insere.
Além dos sumários, houve um acréscimo substancial de notas e de exemplos, proporcionando mais clareza ao texto das tabelas e maior facilidade de compreensão da estrutura do Sistema e dos princípios que devem nortear sua aplicação.
O Índice Alfabético sofreu reforma completa, com a eliminação de muitas entradas (cuja presença evidenciou-se, ao longo das sucessivas edições, de pouca ou nenhuma utilidade) e do incontável, enfadonho e desnorteador número de Remissivas, substituídas, agora, pelas entradas que lhe davam origem, seguidas imediatamente do(s) número(s) pertinente(s), ficando para a parte textual do Sistema os esclarecimentos sobre eventuais relações ou associações entre os assuntos. Permaneceram, entretanto, as Remissivas Cruzadas, e foi adotado o recurso dos Qualificadores (elementos verbais, quase sempre parentéticos, que contextualizam com maior clareza o termo a que se referem).
O sistema de ordenação é o palavra-por-palavra, com as entradas principais subdivididas em diversos níveis de recolhido (indention), que mostram graficamente o tipo de coordenação/subordinação/superordenação existente entre os termos, ou os aspectos e subaspectos sob os quais os temas representados pelos sucessivos níveis das entradas podem ser vistos, ou procurados.
Como conclusão deste capítulo apresentamos sucintamente o quadro das edições completas da CDD, com suas respectivas datas de publicação:

1a. 1876 6a. 1899 11a. 1922 16a. 1958
2a. 1885 7a. 1911 12a. 1927 17a. 1965-67
3a. 1888 8a. 1913 13a. 1932 18a. 1971
4a. 1891 9a. 1915 14a. 1942 19a. 1979
5a. 1894 10a. 1919 15a. 1951 20a. 1989

EDIÇÕES ABREVIADAS

A partir de 1884, e até à época da publicação da décima oitava edição, foram publicadas, paralelamente a algumas das edições completas, nove versões abreviadas. Destinam-se a bibliotecas de menor porte, que não requeiram um grau acentuado de especificidade em suas classificações.
Costumam apresentar-se num formato e dimensões que se aproximam dos 10% da edição integral, completando-se com um Índice Alfabético dotado de um número de entradas apropriado ao formato.

ADMINISTRAÇÃO DA CDD

O gerenciamento do Sistema CDD é hoje exercido pela Lake Placid Education Foundation, entidade de cuja fundação participou ativamente o próprio Dewey, e que mantém financeiramente as sucessivas edições do Sistema.
Tendo a Library of Congress iniciado a venda de fichas para outras bibliotecas em 1901, percebeu de imediato a necessidade de incluir nessas fichas a classificação de Dewey, visto que o Sistema era adotado por milhares de bibliotecas, no mundo inteiro, que compravam as fichas da L.C.
Hoje (e há já algumas décadas) a própria Library of Congress é responsável pela manutenção e desenvolvimento do Sistema, em convênio, naturalmente, com a Lake Placid Education Foundation, levando em consideração as sugestões procedentes dos usuários espalhados pelo mundo.
A publicação de novas edições (o que vem ocorrendo com intervalos de aproximadamente sete anos) é a forma principal de atualizar o Sistema, juntamente com a edição periódica, desde 1934, de um instrumento semelhante às Extensions and Corrections e às P-Notes da CDU, através do qual os usuários tomam conhecimento antecipado das propostas de alteração para uma nova edição, e se posicionam a respeito, participando ativamente e influindo positivamente nos destinos do Sistema.

O SISTEMA C D D

O sistema de classificação de Dewey é o mais antigo, e, provavelmente, o de uso mais difundido dentre os denominados sistemas modernos. Segundo a Introdução de sua vigésima edição, é usado em mais de 135 países, e foi traduzido para mais de 30 idiomas. Nos Estados Unidos é o adotado pela maioria esmagadora (noventa e cinco por cento) das bibliotecas, isto é, a quase totalidade das bibliotecas públicas e escolares, vinte cinco por cento das universitárias e vinte por cento das especializadas.
Nos demais países de língua inglesa também foi adotado pela maior parte das bibliotecas. Em inúmeros outros países conta com usuários dedicados e entusiastas. Foi traduzido, com ou sem abreviação, expansão ou adaptação, para diversos idiomas, como, por exemplo, o espanhol, o norueguês, o turco, o francês, o japonês, o singalês, o português e o tailandês.
O sistema é empregado, hoje, de uma ou de outra forma, por serviços tão diferentes quanto as fichas catalográficas da Library of Congress, o catálogo de publicações da mesma biblioteca, a Bibliografia Nacional Britânica, outras bibliografias nacionais pelo mundo a fora, e por serviços de catalogações-na-fonte, entre outros..
Em 1895 o antecessor do que é hoje a Federação Internacional de Informação e Documentação (FID), através de acordo com Melvil Dewey, adotou a Classificação Decimal como base para sua indexação bibliográfica internacional por assunto. Essa indexação se transformou na Classificação Decimal, conhecida também como Classificação de Bruxelas, hoje Classificação Decimal Universal (CDU), que, por sua vez, foi traduzida para diversas línguas.
Embora haja diferenças entre a CDD e a CDU, as bases de ambas permanecem essencialmente as mesmas.

CARACTERÍSTICAS

A CDD é um sistema de classificação, isto é, um mapa completo das áreas do conhecimento, mostrando todos os seus conceitos e suas relações. É considerada por todos, na verdade, como a primeira classificação verdadeiramente bibliográfica no sentido moderno.
É um sistema hierárquico, em que as idéias, os conceitossão representados em suas múltiplas relações de coordenação,de subordinação e de superordenação. Originam-seda concepção do universo como um sistema orgânico de partesintimamente relacionadas umas com as outras e com o todo, desempenhando funçõesdentro de uma escala de importância relativa.
É um sistema de classificação decimal, isto é, adotacomo princípio fundamental a divisibilidade do todo, que é o conhecimento,em dez partes, baseando-se numa divisão inicial desse mesmo conhecimentoem disciplinas e subdisciplinas.
As disciplinas são encaradas como grandes ramos do conhecimento, que englobam conceitos ou idéias menores, vistos como subdivisão ou derivação daquelas. Assim, a Filosofia, a Religião, as Ciência Sociais, as Ciências Puras, as Aplicadas, a História, são consideradas disciplinas, enquanto a Economia, a Sociologia, a Música, a Zoologia, a Botânica, são subdisciplinas em relação às grandes áreas em que se inserem.
É um sistema de classificação primordialmente Bibliográfica (não filosófica, nem científica, essencialmente), destinado a servir de base à organização de documentos e de seus sucedâneos (fichas, listas bibliográficas, catálogos).
É um sistema de classificação estruturado, abrangendo as seguintes partes:

. conjunto de dez classes principais, reunindo obras sobre todos os assuntos;
. conjunto de sete classes menores reunindo idéias adjetivas daquelas;
. notação, que permite ordenar com lógica os assuntos e os documentos;
. índice alfabético, para mais fácil acesso aos assuntos representados pelos
números
do Sistema nas diversas classes.
É um sistema de classificação enumerativo, o que quer dizer:relaciona todos os assuntos e todas as combinações/associações/relaçõespossíveis entre os mesmos, juntamente com seus símbolos/combinaçõesde símbolos "ready-made" para consumo, sem (maiores) intervençõesdo classificador. É, por conseguinte, o oposto das classificaçõesanalítico-sintéticas, que proporcionam não listas fechadas(pré-coordenadas de assuntos), mas listas de propostas/possibilidades/facetas,ficando a cargo do classificador a tarefa de combinar esses assuntos e seus símbolossegundo a necessidade e as exigências do contexto específico.

ESTRUTURA DA CDD

"Uma classificação de assuntos, com um Índice Relativo", é como o próprio Dewey define seu sistema, acrescentando que essa é sua feição essencial, tudo o mais sendo mero acréscimo de recursos auxiliares e acessórios.
As classes, em qualquer nível determinado, mantêm relação de subordinação com respeito à classe de nível imediatamente superior. Qualquer classe, portanto, apresenta dois ou três tipos de relações: de coordenação, de subordinação, e, por vezes, de superordenação. Determinada classe pode ser coordenada com uma ou mais classes do mesmo nível, e subordinada a apenas uma classe do nível imediatamente superior, podendo ser superordenada a uma ou mais classes do nível inferior. O aumento progressivo de especificidade é geralmente indicado pelo acréscimo de mais um dígito a cada novo nível de divisão, como se pode observar nos exemplos a seguir, onde procuramos chamar atenção para o(s) dígito(s) que representa(m) cada novo nível grafando-o(s) com caracteres em itálico e ligeiramente mais encorpados que os demais:

600 TECNOLOGIA (CIÊNCIAS APLICADAS)
630 AGRICULTURA E CIÊNCIAS CORRELATAS
636 CRIAÇÃO DE ANIMAIS
636.1 CAVALOS
636.12 CAVALOS DE CORRIDA
600 TECNOLOGIA (CIÊNCIAS APLICADAS)
620 ENGENHARIA E CIÊNCIAS CORRELATAS
621 ENGENHARIA ELETRÔNICA E DE COMUNICAÇÃO
621.3 ENGENHARIA ELÉTRICA E ELETRÔNICA
621.38 ENGENHARIA ELETRÔNICA
621.384 RÁDIO E RADAR
621.384 1 RÁDIO

Os espaços entre o sexto e o sétimo dígitos do último número não são parte essencial da notação, mas, para facilidade de leitura, podem ser empregados entre dois conjuntos de três dígitos, exceto entre os dois primeiros, onde é substituído pelo ponto decimal.

A primeira divisão é em dez classes principais: 0/9, que abrangem todo o universo do conhecimento e dos empreendimentos humanos. A classe principal 000 é destinada a obras genéricas sobre muitos assuntos ou aspectos, a partir de diferentes pontos de vista. São exemplos desses tipos de assunto os jornais, as enciclopédias, os periódicos gerais. Mas a classe 000 abrange também certas disciplinas especializadas que, embora dedicando-se a uma disciplina específica, tratam do conhecimento de forma geral, como Ciência da Informação, Comunicação, Ciência da Computação, Biblioteconomia e Jornalismo.
Cada uma dessas dez classes principais consiste de uma disciplina principal ou grupo de disciplinas intimamente relacionadas entre si. São elas:

000 GENERALIDADES
100 FILOSOFIA E DISCIPLINAS AFINS
200 RELIGIÃO. TEOLOGIA
300 CIÊNCIAS SOCIAIS
400 FILOLOGIA. LINGÜÍSTICA
500 CIÊNCIAS PURAS
600 TECNOLOGIA (CIÊNCIAS APLICADAS)
700 ARTES
800 LITERATURA
900 GEOGRAFIA, HISTÓRIA E CIÊNCIAS AFINS


Para explicar a estrutura do sistema empregam-se, às vezes, apenas um ou dois dígitos, mas ao atribuir-se uma notação a um documento, esta deve consistir sempre de, no mínimo, três dígitos.
Cada classe principal consiste de dez divisões. Tomando como exemplo a classe 600, são as seguintes suas dez divisões, representadas pelos dígitos em destaque (itálico e tipos de corpo maior que os demais):


6 0 0
6 1 0
6 2 0
6 3 0
6 4 0
6 5 0
6 6 0
6 7 0
6 8 0
6 9 0


A divisão é representada pelo dígito que ocupa a segunda posição na notação. A divisão Zero é empregada para obras gerais em qualquer classe principal, e as divisões Um a Nove para as demais partes da classe principal. Assim, em 600 a divisão 0 é destinada a representar Obras gerais sobre Ciências Aplicadas; a divisão 1, as Ciências da Saúde; a divisão 2, as Engenharias, a 3, a Agricultura e as ciências com ela relacionadas, e assim por diante.
Geralmente uma divisão se reparte, por sua vez, em, pelo menos, dez seções. O dígito que representa a seção ocupa a terceira posição na notação.
Nas seções, também, o Zero da terceira posição diz respeito a obras de caráter geral em qualquer divisão.
Tomando como exemplo na classe 600 a divisão 610, temos o seguinte quadro completo de suas seções, aqui representadas pelos dígitos em destaque (caracteres de corpo maior que os demais e em itálico):

6 1 0
6 1 1
6 1 2
6 1 3
6 1 4
6 1 5
6 1 6
6 1 7
6 1 8
6 1 9


HIERARQUIA

A CDD é basicamente hierárquica, em sua estrutura e em sua notação. A hierarquia na notação significa que em cada nível há uma escala de conceitos, denominados classes, que são mutuamente excludentes, e que mantêm relação de coordenação uns com os outros. A cada novo nível, a especificidade da subdivisão do assunto aumenta. Quer dizer: as classes tornam-se progressivamente mais específicas, mais minuciosas.
SÍNTESE

É o processo/operação/recurso empregado pela CDD para a formação de notações que representam assuntos compostos, ou aspectos de assuntos para os quais não há números prontos nas tabelas. O classificador deve observar atentamente onde constam no Sistemas notas com diretrizes para o emprego desse recurso, e segui-las à risca.
Embora basicamente haja apenas dois grandes tipos de síntese: a) de dois ou mais números das tabelas auxiliares justapostos a um número das tabelas principais, ou b) de dois ou mais números das próprias tabelas principais. A vigésima edição discrimina esses dois tipos básicos, distribuindo-os em quatro grupos:

1. Síntese envolvendo números da Tabela 1 (Subdivisões padrão). Exemplos:

a) DE 150 PSICOLOGIA + 05 PERIÓDICOS, resulta:
150.5 PERIÓDICOS DE PSICOLOGIA;
b) DE 340 DIREITO/ADVOCACIA + 025 DIRETÓRIOS, resulta:
340.025 DIRETÓRIOS DE ADVOGADOS;
c) DE 500 CIÊNCIAS + 078 EMPREGO DE INSTRUMENTOS
E EQUIPAMENTOS, resulta: 507.8 EMPREGO DE INSTRU-
MENTOS E EQUIPAMENTOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS;
d) DE 622 MINERAÇÃO + 0285 COMPUTADORES, resulta:
622.028 5 EMPREGO DE COMPUTADORES NA MINERAÇÃO.

2. Síntese envolvendo números das demais tabelas auxiliares (2 a 7):
Merece observação o fato de que, com bastante freqüência, há instruções
para se utilizar algum/alguns dígito(s) da Tabela 1 (Subdivisão padrão)
como elemento de ligação entre o número principal e as tabelas 2 (Área),
5 (Raça) e 7 (Pessoas), como podemos ver nos exemplos abaixo:

a) DE 372.4 LEITURA NA ESCOLA ELEMENTAR + 09
SUBDIVISÃO PADRÃO + 94 AUSTRÁLIA, resulta:
372.409 94 LEITURA NA ESCOLA ELEMENTAR NA
AUSTRÁLIA;
b) de 738 CERÂMICA + 089 SUBDIVISÃO PADRÃO + 951 CHINÊS, resulta: 738.089 951 CERÂMICA CHINESA;
c) DE 513 ARITMÉTICA + 024 OBRAS PARA DETERMINADOS TIPOS DE USUÁRIOS + 694 CARPINTEIROS, resulta:
513.024 694 ARITMÉTICA PARA CARPINTEIROS.

3. Síntese envolvendo números de duas classes principais. Exemplos:

a) DE 809.935 LITERATURA ENFATIZANDO ASSUNTOS
+ 200 RELIGIÃO, resulta: 809.935 2 OBRAS RELIGIOSAS
COMO LITERATURA;
b) DE 809.935 LITERATURA ENFATIZANDO ASSUNTO
+ 920 BIOGRAFIAS, resulta: 809.935 92 BIOGRAFIAS
COMO LITERATURA;
c) DE 373.011 EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA COM OBJETIVOS
ESPECÍFICOS + 370.115 RESPONSABILIDADE SOCIAL
NA EDUCAÇÃO, resulta: 373.011 5 RESPONSABILIDADE
SOCIAL NA EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA.

Observação: às vezes as Tabelas orientam a proceder a uma segunda síntese, acrescentando um novo número principal (ou um sufixo) à mesma base para formar uma notação composta ou complexa. O procedimento é o mesmo, havendo, apenas, necessidade de redobrada atenção no momento de acrescentar os novos números (ou desinências) à base (radical) determinada pelo Sistema na nota.
Exemplo: no número 636.592 01-.592 08 Fazendas, perus novos, produção e manutenção, perus para fins específicos, ciências veterinárias, há a nota: "acrescentar ao número base 636.592 0 os dígitos que se seguem ao 636.0 (na seqüência 636.01 -636.08)", p. ex., criação de perus para carne 636.592 088 3”. Assim, o classificador com um documento sobre Erisipela nos perus escreve 636.592 0; em seguida acrescenta 89 (trazido do 636.089), obtendo, dessa forma, 636.592 089; então, seguindo a instrução encontrada no 636.089, de acrescentar àquele número os dígitos que se seguem ao 61, no 610-619, ele acrescenta 694, encontrado no 616.942, e obtém a notação 636.592 089 694 2.

4. Síntese a partir de tabelas auxiliares (extra, especiais) encontradas junto a certos números das tabelas principais.
Às vezes, independentemente, ou além dos já conhe-
cidos através das sete tabelas auxiliares, o Sistema autoriza a acrescentar
(novos) detalhes, para os quais fornece tabelas especiais a serem empregadas
com determinados números das classes principais. É o caso do exemplo
encontrado na seqüência de classes 616.1-616.9 Doenças específicas, onde
ocorre semelhante tabela extra (especial), a ser empregada com os núme-
ros acompanhados de asterisco, de que apresentamos aqui alguns tópicos como exemplo:

001 FILOSOFIA E TEORIA
002 MISCELÂNEA
003-006 SUBDIVISÕES PADRÃO
007 EDUCAÇÃO, PESQUISA E TEMAS CORRELATOS
008 HISTÓRIA E DESCRIÇÃO RELATIVAS A TIPOS DE
PESSOAS
009 ABORDAGEM HISTÓRICA, GEOGRÁFICA E DE PESSOAS
01 MICROBIOLOGIA
02 TÓPICOS ESPECIAIS
023 PESSOAL
023 2 MÉDICOS
023 3 TÉCNICOS E ASSISTENTES
03 REABILITAÇÃO
04 CLASSES ESPECIAIS DE DOENÇAS
042 DOENÇAS HEREDITÁRIAS
05 MEDIDAS PREVENTIVAS
06 TERAPIA
061 TERApIA COM EMPREGO DE DROGAS
062-069 OUTROS TIPOS DE TERAPIA
07 PATOLOGIA
08 MEDICINA PSICOSSOMÁTICA
09 HISTÓRIAS DE CASOS


Observação final: não se deve esquecer de que na síntese, quando o número base consistir de menos de três dígitos, deve-se inserir o ponto decimal após o terceiro dígito no número resultante da operação. Exemplo:

91 GEOGRAFIA (número base de apenas dois dígitos) +
52 JAPÃO, produz o seguinte resultado:
915.2 GEOGRAFIA DO JAPÃO

ORDEM DE CITAÇÃO

É a seqüência segundo a qual devem ser justapostos os números de classificação quando ocorrerem dois ou mais representando assuntos compostos ou complexos.
Algumas vezes há notas ajudando o classificador a determinar a ordem de citação mais indicada para o assunto em tela, mas na maioria dos casos ele deve se basear em alguns princípios gerais, e, ocasionalmente, em seu próprio
bom-senso.

Em geral pode-se seguir esta ordem:

ASSUNTO ESPECÍFICO
ASPECTO GEOGRÁFICO
ASPECTO TEMPORAL
FORMA

As regras a seguir podem funcionar como diretrizes na determinação da ordem de citação a seguir para se obter um mínimo de consistência na classificação:

1. seguir as instruções que acompanham o número de classificação
encontrado na tabela, ou outro número mais acima na hierarquia. Ver, por exemplo: 331.3-331.6 Força de trabalho em relação a características pessoais, onde há a nota: “a menos que ocorram outras (diferentes) instruções,
classifique assuntos complexos com aspectos em duas ou mais subdivisões
desta tabela no número que ocorrer antes na tabela, por exemplo, Operárias
chinesas jovens em 331.344 089 951 (e não em 331.4 ou em 331.6251”.

2. visto que no desenvolvimento de um assunto, o dígito zero pode ser empregado para introduzir uma alteração na base da divisão, e visto que as
subdivisões sem zero são, via de regra, mais específicas do que as que o
possuem, deve-se dar precedência, na escolha da ordem de citação, às
subdivisões sem zero; às que possuem só um zero sobre as que possuem dois;
às que possuem dois sobre as que possuem três, etc. Por essa razão,Cadeiras
e mesas deve ser classificado em 684.13 Cadeiras e mesas, e não em
684.105 Móveis de metal.
3. se não houver nenhuma instrução, nem diferença alguma quanto ao número
de zeros empregados, deve-se dar preferência ao número mais específico;
em seguida, acrescentar a especificação geográfica; por fim, o conceito
temporal. De acordo com essa orientação, Terremotos no Japão deve ser
classificado em 551.220 952, e não em 555.2 Geologia do Japão.

Deve-se observar que:

a. os números que representam os conceitos relacionados com
Lugar (091-099) e Tempo (090 1-090 5) são indicados freqüentemente nas Tabelas Auxiliares;
b. as subdivisões padrão podem ser empregadas com qualquer assunto, mas Lugar e Tempo não podem vir juntos, exceto quando autorizado,
como ocorre, por exemplo, no 330.9 Situação/condições econômicas, onde
constam, entre outras, as seguintes instruções:
“.901-.905 Períodos históricos: acrescente ao número330.90 os números que
se seguem ao -090 na notação 090 1-090 5 da Tabela 1, p. ex., Situação
econômica no período 1960-1969, 330.904 6”
91-.99 Abordagem geográfica (geografia econômica)
(opção: classifique em 910.133)
Acrescente ao número base 330.9 as notações 1-9 da Tabela 2, por ex. Situação/condições econômicas na França 330.944; em seguida acrescente 0* (00, porém, para América do Norte e América do Sul) e ao resultado acrescente os números para o período da histórica, obtidos nas subdivisões do 930-990, por ex., Situação/condições econômicas da França de Luís XIV 330.944 033; dos Estados Unidos durante o período da Reconstrução 330.973 08; da América do Sul no século vinte 330.980 03;
c. é sempre possível indicar na notação os conceitos representativos de Tempo
e Lugar em acréscimo a quaisquer outras características. Na eventualidade
de ineficácia dos princípios acima mencionados, deve-se aplicar a seguinte fórmula de Ordem de Citação, que, em geral, resultará razoavelmente útil:

COISAS
SEUS TIPOS
SUAS PARTES
SUA MATÉRIA-PRIMA
SUAS PROPRIEDADES
SEUS PROCESSOS INTERNOS
OPERAÇÕES SOBRE AS COISAS
AGENTES SOBRE AS MESMAS

ÍNDICE RELATIVO

Para melhor utilização do Índice, que na vigésima edição se encontra no volume 4, o classificador precisa saber: o que pode encontrar no mesmo; como é sua organização interna; como usá-lo.
O Índice é altamente estruturado, mas oferece muitos recursos ao classificador que o entende. Ele contém uma entrada para cada termo significativo existente nas tabelas (Principais e Auxiliares).
Evidentemente, não é possível, nem desejável, incluir no Índice todo aspecto possível de todos os tópicos lá encontradiços, sem prejuízo da conveniência de um porte de Índice de dimensões práticas. Por essa razão, nem todos os nomes de pessoas, cidades, instituições, minerais, plantas, animais, compostos químicos, produtos farmacêuticos, produtos manufaturados e similares estão nele incluídos.

RECURSOS MNEMÔNICOS

Consistem na repetição freqüente de esquemas-padrão, principalmente nas Tabelas Auxiliares, que ajudam a fixar na memória a estrutura do sistema, e, até mesmo, detalhes menores.
Nos três exemplos abaixo assinalamos o(s) dígito(s) que representa(m) o recurso mnemônico utilizando caracteres mais encorpados, em itálico e alinhando-os em coluna, para mais fácil visualização:

42 45 73
9142 9145 9173
942 945 973
420 450
820 850
Nos exemplos acima os dígitos 2, 5 e 73 representam conceitos de uma forma ou de outra associados a três países: INGLATERRA, ITÁLIA e ESTADOS UNIDOS, respectivamente, pela ordem.
“Traduzindo” esses números, temos o seguinte:
42 INGLATERRA
914.2 GEOGRAFIA DA INGLATERRA
942 HISTÓRIA DA INGLATERRA
420 LÍNGUA INGLESA. FILOLOGIA INGLESA
820 LITERATURA INGLESA
032 ENCICLOPÉDIA INGLESA

45 ITÁLIA
914.5 GEOGRAFIA DA ITÁLIA
945 HISTÓRIA DA ITÁLIA
450 LÍNGUA ITALIANA. FILOLOGIA ITALIANA
850 LITERATURA ITALIANA
035 ENCICLOPÉDIA ITALIANA

73 ESTADOS UNIDOS
917.3 GEOGRAFIA DOS ESTADOS UNIDOS
973 HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS

VERSATILIDADE

Uma característica fundamental, ausente em alguns dos sitemas de classificação mais amplamente difundidos, é a adaptabilidade de sua notação às necessidades de bibliotecas de natureza e tamanho diferentes. A CDD pode ser empregada para classificações genéricas, e, igualmente, para classificações específicas. Assim: tanto uma biblioteca pequena quanto uma grande, mas com apenas alguns documentos sobre o assunto, podem classificar qualquer tipo de Produto agrícola em 633, sem subdivisão alguma; já uma biblioteca um pouco maior pode classificar obras de caráter geral em 633, mas documentos sobre a Produção de cereais, especificamente, em 633.1; sobre Plantas forrageiras, em 633.2, e assim por diante.
Uma edição completa da CDD pode ser adotada por bibliotecas gerais de qualquer tamanho, da maior (que pode seguir em todos os detalhes a edição completa para a maioria dos assuntos) à menor (que pode reduzir qualquer tabela, ou todas as tabelas, ao nível considerado satisfatório). A edição abreviada já fornece essa redução em seu próprio texto, e é considerada apropriada para bibliotecas pequenas.

TABELAS AUXILIARES

São assim denominadas porque representam conceitos que podem, virtualmente, ocorrer associados a qualquer assunto das dez classes principais. Em número de sete, são as seguintes:

1. SUBDIVISÕES PADRÃO
2. SUBDIVISÕES DE ÁREA
3. SUBDIVISÕES DE LITERATURAS INDIVIDUAIS
4. SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS INDIVIDUAIS
5. SUBDIVISÕES RACIAIS, ÉTNICAS, NACIONAIS
6. SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS
7. SUBDIVISÕES DE PESSOAS

SUBDIVISÕES PADRÃO

A primeira das tabelas auxiliares, tradicionalmente conhecida por Subdivisão Padrão (na verdade, a rigor, todas o são), abrange conjuntos de idéias secundárias, quase todas associadas ao conceito de forma (física, estrutural do documento, ou de tratamento do assunto principal, conforme as categorias de usuários).
Costumam ser grafadas iniciando-se por um 0 (zero) precedido de hífen para mais fácil visualização e identificação, evitando que sejam confundidas com suas eventuais contrapartidas nas classes principais.
Teoria, aspectos filosóficos, metodologia, arranjo interno dos documentos, freqüência de publicação, aspectos associados com o ensino, a pesquisa, são alguns dos tipos de idéias representadas por essas tabelas auxiliares, teoricamente aptas a acompanhar qualquer número das classes principais.
Alguns dos números que representam essas idéias secundárias servem apenas como elo entre os conceitos representados pelas classes principais, e, até mesmo, por outras classes de idéias secundárias. É o caso, por exemplo, do -024 Obras para tipos específicos de usuários; do -04 Tópicos especiais; do -088 História e descrição com respeito a pessoas; do 089 Grupos raciais, étnicos e nacionais; do 09 Abordagem histórica, Geográfica ou relacionada com pessoas; do 090 Períodos históricos (Tabela de Tempo); do 091 Abordagem relacionada com áreas, regiões e lugares de uma forma genérica; do 093-099 Abordagem centrada em continentes, países e lugares específicos, além do mundo extraterreno.
Podem ser empregadas, à discrição do classificador, com qualquer número das tabelas principais, mesmo que não se encontrem listadas no número desejado. Podem ser definidas, de uma forma geral, como um conjunto de idéias aplicáveis, em princípio, a todas as classes.
Têm como característica principal o fato de limitarem, restringirem, tornarem menos abrangente o conceito representado pelo número principal a que se justapõem. Exatamente por essa razão, devem ser empregadas com cautela, para não acabarem por restringir o que não deve sofrer restrição.
Não costumam ser enumerados, vez por vez, os conceitos por elas representados sempre que surge a necessidade ao longo do Sistema. Visto já constarem, em toda sua extensão, no volume destinado à apresentação das Tabelas Auxiliares, só vêm listadas em complemento às tabelas principais quando há alguma razão especial, como o fato de sofrerem ligeira alteração de seu significado normal.
Não se deve nunca justapor uma subdivisão padrão a outra, a menos que haja nas tabelas instrução específica para fazê-lo.
Se o classificador concluir que duas ou mais subdivisões padrão são pertinentes em determinada obra, deve recorrer à lista de precedência que se encontra no início da Tabela 1, para determinar qual delas deve ser empregada. Se, entretanto, ele persistir na convicção de que deve empregar mais de uma subdivisão padrão, aquela lista orientará sobre qual delas deve vir primeiro.
Sua notação consiste de dois ou mais dígitos, o primeiro dos quais é o 0 (Zero). Esses dígitos podem ser acrescentados a qualquer número significativo retirado ou derivado das Tabelas Principais. Por exemplo: o número
605 resulta da síntese de 600 CIÊNCIAS APLICADAS. TECNOLOGIA + 05 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS (Tabela 2 Subdivisões padrão). No exemplo os dois 00 do 600 foram eliminados, aproveitando-se apenas o dígito significativo (número base) da Classe 600, o 6.
Resumindo, com respeito às subdivisões padrão deve-se observar o seguinte:

1. na dúvida, não usar subdivisões padrão;
2. empregá-las, exceto quando houver instruções específicas em contrário nas tabelas;
3. não usar mais de uma subdivisão padrão com um mesmo número principal,
a menos que autorizado pelo Sistema, como no caso do -04; nos casos de
subdivisão padrão com sentido ligeiramente alterado; no do -09 e quando a
subdivisão padrão perder o 0 (como no número 365.9, em vez de 365.09).
4. não havendo instruções especiais, empregar sempre, apenas um zero;
5. quando houver subdivisão do número principal começando por zero, devem-
se empregar dois zeros nas subdivisões padrão; se houver dois zeros nas
subdivisões principais, empregam-se três zeros nas subdivisões padrão.
As tabelas instruirão sobre quando empregar zeros extra. A regra geral é que
as subdivisões padrão devem conter tantos zeros quantos necessários para
evitar conflito (coincidência) com números já existentes nas tabelas
principais. *
* Edições anteriores à 20a. falavam na possibilidade de emprego de até quatro
zeros com as subdivisõe padrão).
6. visto não ser possível justapor mais de uma subdivisão padrão ao mesmo número principal, quando ocorrer mais de um conceito secundário em torno do conceito principal num mesmo documento, deve-se escolher um
desses conceitos secundários, de acordo com sua localização na seguinte
Tabela de precedência:


A Tópicos especiais de aplicação geral 04
B Pessoas associadas com o assunto 092
C Técnicas, processos, aparelhos, instrumentos e materiais 028
D Estudo e ensino (exceto com as seções 074; 076 e 077) 07
E Administração 068
F Filosofia e teoria 01
G O assunto como profissão, ocupação, "hobby" 023
H Patentes e marcas registradas 027
I Miscelânea comercial 029
J Abordagem do assunto por continentes, países, localidades
específicas e mundo extraterreno 093-099
K Abordagem por áreas, regiões, lugares em geral 091
L Abordagem entre grupos de pessoas 08
M Períodos históricos 090 1 - 090 5
N Obras para tipos específicos de usuários 024
O Museus, coleções, amostras 074
P Revisão e exercício 076
Q Instrução programada 077
R Miscelânea (exceto com o 023; 024; 027; 028 e 029) 02
S Instituições e organizações 06
T Línguas (terminologia) e comunicação 014
U Dicionários, enciclopédias, concordâncias 03
V Publicações periódicas 05
W Índices 016

Às vezes, em determinada classe, partes da subdivisão padrão poderão assumir significados ligeiramente diferentes do usual. Em tais circunstâncias, as demais partes, ainda que não constem da "tabelinha extra", podem ser usadas com seu significado normal.

SUBDIVISÃO DE UMA SUBDIVISÃO PADRÃO

Quando uma subdivisão padrão, ou um intervalo (extensão) de subdivisões padrão vêm nomeadas explicitamente nas tabelas, deve-se presumir que, a menos que haja instruções em contrário, as subdivisões normais da subdivisão padrão podem, também, ser empregadas. Por exemplo: 332.673 09 Tratamento histórico e geográfico está apto a receber as subdivisões de Tempo 01-05 (da Tabela 1), como também as Notações de Área 1-9 (da Tabela 2). Por essa razão, o assunto Investimento internacional durante os anos setenta classifica-se assim: 332.673 090 47, e Investimento internacional na Índia: 332. 673 095 4.
Destacamos da tabela de subdivisões padrão, e apresentamos, a seguir, alguns de seus números de emprego mais freqüente, sobretudo os utilizados como elemento de ligação (elo) nos diversos tipos de síntese:

01 Filosofia e teoria
014 Linguagem. Terminologia
014 2 Etimologia
014 8 Abreviaturas e símbolos
015 Princípios científicos
016 Bibliografias, catálogos, índices
02 Miscelânea
022 Ilustrações, modelos, miniaturas
023 O assunto como profissão, ocupação ou hobby
024 Obras para tipos específicos de usuários
025 Diretórios de pessoas e de instituições
028 5 Processamento de dados. Aplicações do computador
029 4 Catálogos e diretórios comerciais
03 Dicionários, enciclopédias e concordâncias
04 Tópicos especiais
05 Publicações seriadas
06 Organizações e administração
060 1-060 9 Organizações
068 Administração
068 3 Administração de pessoal
068 7 Administração de material
07 Educação, pesquisa e temas correlatos
072 Pesquisa
072 4 Pesquisa experimental
077 Instrução programada
08 Aspectos históricos e descritivos de assuntos quando associados a determinadas características relacionadas com pessoas
081 Pessoas do sexo masculino
082 Pessoas do sexo feminino
083 Crianças
085 Pais. Parentes
085 3 Avós
086 Pessoas segundo características sociais e econômicas
087 Pessoas com algum tipo de deficiência ou superdotadas
088 Grupos ocupacionais e religiosos
089 Grupos raciais, étnicos, nacionais
09 Abordagem de assuntos enfatizando aspectos históricos, geográficos, ou envolvendo pessoas/características das pessoas.
090 1-090 5 Períodos da História: esta subdivisão introduz os conceitos gerais (e
não os particulares de cada país ou região) associados com a divisão convencional dos períodos da História Universal. As grandes divisões
dos tempos históricos estão aí representadas:
090 1 ANTIGUIDADE ATÉ 499 D.C.
090 2 500-1499 (IDADE MÉDIA)
090 3 1500-1899 (IDADE MODERNA)
090 4 1900-1999 (SÉCULO VINTE)
090 5 2000-2099 (SÉCULO VINTE E UM)

Convém observar que todas essas divisões maiores estão, por sua vez, subdivididas no Sistema, para permitir maior especificação do tempo por séculos e por blocos de séculos. A subdivisão do século vinte, entretanto, é feita tomando como base as décadas.

091 1-091 9 Abordagem envolvendo assuntos circunscritos a áreas, regiões,
lugares em geral, principalmente quanto a seu aspecto fisiográfico,
mas não associados a nenhum continente, país, região ou localidade
específico. A lista completa desses conceitos de lugar, ou associados a
lugar, encontra-se na Tabela 2, em sua subdivisão 1-19. Alguns
exemplos desse tipo de conceitos: regiões frias, regiões segundo o tipo
de vegetação, lugares quanto aos aspectos sócio-econômicos, enfim,
conceitos de natureza geoespacial, relacionados mais com a geografia
física do que com a política.
092 Abordagem envolvendo pessoas/características das pessoas, sem preocupação de estabelecer limites geográficos em relação a essas pessoas.É o caso, por exemplo, das biografias, autobiografias,
diários, memórias, correspondência, etc., de pessoas cujos
países/lugares de origem são desconhecidos ou que não se quer fazer
constar da classificação. Os assuntos podem ser associados às pessoas
coletiva ou individualmente. Para pessoas consideradas individual-
mente, o número é 092. Para pessoas tomadas coletivamente, 092 2.
093-099 Abordagem envolvendo continentes específicos, países, estados, municípios, cidades, etc., bem como os mundos extraterrestres.
Após o registro do número relativo ao país, continente, etc., pode-se
acrescentar o correspondente ao período, à época associada ao
assunto, número esse que é obtido nas classes 930-990. É necessá-
rio, entretanto, fazer preceder de um zero o número correspon-
dente ao período da história do país ou do continente em questão,
exceto quando se trata da América do Norte e da América do Sul,
que exigem 00 (dois zeros), em vez de apenas 0 (um zero).
Tomaremos a seguir, como exemplos, quatro tópicos, cujas notações decomporemos para melhor visualização dos elementos de que são formados e mais fácil compreensão do processo. São eles:

a) 370.973 EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS, resulta da síntese de 370 EDUCAÇÃO + 09 SUBDIVISÃO PADRÃO
+ 73 ESTADOS UNIDOS;
b) 370.973 09 EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO VINTE, resulta da síntese de 370 EDUCAÇÃO + 09 SUBDIVISÃO PADRÃO + 73 ESTADOS UNIDOS (Tabela 2)
+ 0 DÍGITO INTRODUTÓRIO DO CONCEITO DE TEMPO
+ 9 SÉCULO VINTE (dígito retirado do número de História
dos Estados Unidos: 973.9);
c) 323.097 309 POLÍTICA INTERNA NORTE-AMERICANA NO SÉCULO VINTE resulta da síntese de 323 POLÍTICA INTERNA + 09 SUBDIVISÃO PADRÃO + 73 ESTADOS UNIDOS (Tabela 2) + 0 DÍGITO INTRODUTÓRIO DO CONCEITO DE TEMPO + 9 SÉCULO VINTE (dígito final
do número 973.9 História dos Estados Unidos no século vinte);

d) 323.097 309 17 POLÍTICA INTERNA NORTE-
AMERICANA DA ADMINISTRAÇÃO ROOSEVELT resulta
da síntese de 323 POLÍTICA INTERNA + 09 SUBDIVISÃO
PADRÃO + 73 ESTADOS UNIDOS (Tabela 2) + 0 DÍGITO
INTRODUTÓRIO DO CONCEITO DE TEMPO + 917
ADMINISTRAÇÃO ROOSEVELT (número retirado de
973.917).

SUBDIVISÃO DE ÁREA


É , via de regra, precedida da subdivisão padrão -09, e pode ser seguida de outras subdivisões-padrão e/ou de um segundo número pertencente à Tabela 2 (Geográfica), conforme instruções das próprias tabelas.
Essas notações não podem, igualmente, ser empregadas por si sós, mas apenas justapostas a qualquer número das tabelas principais, quando julgado necessário.
Para fazê-lo, devem-se observar as instruções das tabelas, que algumas vezes ordenam o emprego de 09 entre o conceito geográfico e o número principal, outras, mandam justapor-lhas diretamente. Há, até mesmo, casos em que ordenam utilizar apenas 0, em vez de 09. Exemplos:

a) 331.295 2 SALÁRIOS NO JAPÃO é síntese de 331.29 SALÁRIOS
+ 52 JAPÃO;
b) 385.098 1 FERROVIAS NO BRASIL é síntese de 385 FERROVIAS
+ 09 SUBDIVISÃO PADRÃO + 81 BRASIL (Tabela 2);
c) 325.210 981 098 3 REFUGIADOS POLÍTICOS BRASILEIROS NO CHILE é síntese de 325.21 REFUGIADOS POLÍTICOS + 09 SUBDIVISÃO PADRÃO + 81 BRASIL (Tabela 2) + 09 OUTRA SUBDIVISÃO PADRÃO + 83 CHILE
d) 332.673 410 81 INVESTIMENTOS DA GRÃ-BRETANHA NO
BRASIL é síntese de 332.673 INVESTIMENTOS
INTERNACIONAIS + 41 GRÃ-BRETANHA + 0 SUBDIVISÃO
PADRÃO + 81 BRASIL (Tabela 2)

Aos números geográficos podem ser acrescentados os que designam períodos de tempo, retirados das classes 930-990, na parte que corresponde à área geográfica em questão.
Basta fazer preceder os dígitos que indicam a divisão de tempo, de 0 (zero) ou de 00 (dois zeros), conforme as instruções. Exemplo: Ciências no Brasil durante o Império tem como classificação 509.810 4, síntese de 500 CIÊNCIAS + 09 SUBDIVISÃO PADRÃO + 81 BRASIL (Tabela 2) + 04 ÉPOCA IMPERIAL (último dígito retirado no número de História do Brasil no Império: 981.04).
Com respeito especificamente à subdivisão de Lugar, recomenda-se não justapor duas notações desse tipo, exceto quando a obra tratar sobre um tópico relativo a um lugar (o que, na verdade, é uma qualificação do assunto, e não uma localização geográfica) em outro lugar (esta, sim, verdadeiramente uma especificação geográfica). É o que encontramos no 327.123-327.129 Espionagem e subversão por parte de nações específicas, onde há a Nota: "acrescentar ao número base 327.12 notações 3-9 da Tabela 2. Por exemplo: 327.124 4 Espionagem francesa. Em seguida acrescentar 0 (zero)ao número recém-formado, e, em seguida, 1-9, da Tabela 2. Por exemplo: 327.124 401 717 Espionagem francesa no Bloco Comunista."
Evidentemente a recomendação acima ficará sem efeito quando houver instruções específicas autorizando o emprego de duplo Geográfico. Por exemplo: 327.410 73 para significar Relações políticas entre o Reino Unido e os Estados Unidos, onde encontramos os elementos:
327 RELAÇÕES INTERNACIONAIS. POLÍTICA EXTERNA
41 REINO UNIDO (Tabela 2)
0 DÍGITO A INTERPOR
73 ESTADOS UNIDOS (Tabela 2)

SUBDIVISÕES DE ÁREA 11-19

São subdivisões de caráter geográfico em que a delimitação geográfica não diz respeito a nenhum continente, país ou localidade específica, mas ao todo do globo terrestre, ou a áreas pertencentes a mais de um continente. Por exemplo:

13 ZONA TÓRRIDA
142 ILHAS
169 3 RIOS
173 2 REGIÕES URBANAS
Quando esses conceitos são atribuídos ou pertencem a um continente específico, o número do continente precede o da divisão -1-19. Assim, para classificar Regiões urbanas da Europa temos: 409 173 2, síntese de:

4 EUROPA
09 SUBDIVISÃO PADRÃO
1732 REGIÕES URBANAS (Tabela 2, subdivisão 1-19)

Para classificar Zona tórrida da Ásia 509.13, síntese de

5 ÁSIA
09 SUBDIVISÃO PADRÃO
13 ZONA TÓRRIDA (Tabela 2, subdivisão 1-19)

Quando, entretanto, esses conceitos geográficos se referirem a países específicos, iniciar-se-á a classificação pelo número da história ou da geografia do país, interpor-se-á 009 (em vez de 09), e, em seguida, a subdivisão pertinente do 1-19, eliminando, porém, o 1 inicial.
Por essa razão, Rios da Inglaterra tem como classificação 420 096 93, síntese de 42 INGLATERRA (Tabela 2) + 009 SUBDIVISÃO PADRÃO + 693 (de 1693 RIOS, SEM O DÍGITO INICIAL 1); Ilhas brasileiras, 810 094 2, síntese de
81 BRASIL (Tabela 2) + 009 SUBDIVISÃO PADRÃO + 42 (originalmente 142) ILHAS; Geografia das regiões urbanas da Inglaterra, 914.200 973 2, síntese de GEOGRAFIA DA INGLATERRA + 009 SUBDIVISÃO PADRÃO + 732 (originalmente 1732) REGIÕES URBANAS; História das regiões urbanas da Inglaterra, 942.009 732, síntese de 942 HISTÓRIA DA INGLATERRA + 009 subdivisão padrão + 732 (originalmente 1732) REGIÕES URBANAS.


SUBDIVISÃO DE ÁREA COM -2

Essa subdivisão é, na verdade, uma réplica da Subdivisão padrão 092, exatamente com a mesma finalidade: classificar assuntos tais como biografias, autobiografias, diários, memórias, correspondência, etc., de pessoas intimamente relacionadas com um assunto, mas sem envolver delimitação geográfica. Como alternativa do 092 não podem, entretanto, ser empregadas indiscriminadamente, mas apenas nas situações já previstas nas tabelas, e em acordo com as instruções lá encontradas.
O quadro abaixo, onde o dígito 2 representa o conceito pessoas associado a um assunto, oferece alguns exemplos de aplicação dessa tabela “geográfica”, de acordo com a CDD:


372.92 Professor primário 574.092 Biólogos
020.92 Bibliotecários 581.092 Botânicos
070.92 Jornalistas 610.92 Médicos
209.2 Cristãos 618.100 92 Ginecologistas
327.209 2 Diplomatas 618.920 009 2 Pediatras
340.092 Juristas 620.009 2 Engenheiros
365.92 Admin. de prisão 630.92 Agricultores
368.009 2 Segurados 650.092 Administradores
409.2 Lingüistas 700.92 Artistas
508.092 Naturalistas 720.92 Arquitetos
509.2 Cientistas 750.92 Pintores
551.092 Geólogos 780.92 Músicos
560.92 Paleontólogos 910.92 Geógrafos


SUBDIVISÕES DE ÁREA COM -3 A -39

As subdivisões -3 a -39 se referem a países e regiões do chamado Mundo Antigo, onde floresceram as denominadas velhas civilizações, da China 31, do Egito 32, da Palestina 33, da Índia 34, da Mesopotâmia 35, de Roma 37, da Grécia 38 etc.

SUBDIVISÕES DE ÁREA 4-9

A partir do -4 estão incluídos os países e regiões dos cinco continentes, formando o que se convencionou denominar Mundo Moderno. Assim:
4 EUROPA
41 ILHAS BRITÂNICAS
5 ÁSIA
51 CHINA E ADJACÊNCIAS
6 ÁFRICA
61 TUNÍSIA E LÍBIA
7 AMÉRICA DO NORTE
71 CANADÁ
72 AMÉRICA CENTRAL
73/79 ESTADOS UNIDOS
8 AMÉRICA DO SUL
81 BRASIL
9 OUTRAS PARTES DO MUNDO E MUNDOS EXTRATERRENOS
98 REGIÕES ÁRTICAS E ANTÁRTIDA
99 MUNDOS EXTRATERRENOS
992 PLANETAS DO SISTEMA SOLAR

Não podem ser empregadas sozinhas, nem sem autorização do Sistema. Seus números podem ser acrescentados ao do assunto principal: a) diretamente, como em 331.298 1 Salários no Brasil; b) com interposição da subdivisão padrão 09, como em 385 09 8 1 Transportes no Brasil, ou c) através da interposição de outras subdivisões padrão, diferentes do 09, como o 025 no exemplo -025 771 Diretórios de Ohio (EUA), síntese de -025 Diretórios (Subdivisão Padrão) + -771 Ohio, EUA (Subdivisão de Área).
Mais exemplos:
De 021 8 PADRÕES + 41 INGLATERRA, resulta 021 841
De 025 DIRETÓRIOS + 81 BRASIL, resulta 025 81
De 027 2 PATENTES + 82 ARGENTINA, resulta 027 282
De 029 4 CATÁLOGOS COMERCIAIS + 73 EEUU, resulta 029 473
De 060 3-060 9 ENTIDADES NACIONAIS + 81 BRASIL, resulta 060 81

SUBDIVISÕES DE LITERATURAS INDIVIDUAIS

Esta tabela tem como finalidade proporcionar números que representam os diversos detalhes próprios da literatura, como os gêneros (ou formas literárias), os períodos, as escolhas, as pessoas envolvidas com a criação literária, os leitores especiais a que se destinam certas categorias de obras, os estilos, a crítica literária, a retórica, etc.
Podemos vê-la, na verdade, como a tabela auxiliar própria e exclusiva da Classe 800, na parte que diz respeito à Literatura.
Tais números nunca podem ser empregados por si sós, mas apenas justapostos aos das literaturas individuais (ou aos números-base dessas literaturas) identificados nas tabelas por meio de um * (asterisco), desde o 810 ao 890.
Os assuntos da Tabela 3-A atualmente dividida em três partes, encontram-se assim distribuídos:

Tabela 3-A AUTORES INDIVIDUAIS

Tabela 3-B DOIS OU MAIS AUTORES
RETÓRICA DE FORMAS LITERÁRIAS ESPECÍFICAS

Tabela 3-C DETALHES DA TABELA 3-B E DO 808/809

Apresentamos, a seguir, os roteiros/procedimentos para classificar obras literárias, tanto de autores individuais (Tabela 3-A), quanto de grupos de autores (mais de um: Tabela 3-B).
Da Tabela 3-C, que é mero complemento dos detalhes constantes da Tabela 3-B, forneceremos, também em linhas gerais, a lista básica dos números que representam esses superdetalhes.

TABELA 3-A ( AUTORES INDIVIDUAIS):

1. Encontrar o número base (indicado em notas, e que pode coincidir com o número completo da literatura em questão. Exemplo: no 820 Literatura inglesa, o número-base é 82; no 839.31 Literatura holandesa, a base é o próprio número 839.31). Havendo Forma Literária Específica da seqüência
-1-6 (Tabela 3-A), proceder à Etapa 2. Não havendo (portanto sendo ela o -8), observar as intruções do -8 (logo adiante, após o item 4.)
2. Encontrar na Tabela 3-A a forma pertinente (-1-6) e usá-la. Se o documento se referir também a um período de tempo, proceder à Etapa 3.
3. Verificar se na literatura pertinente existe alguma tabela própria de tempo.
Havendo, ir para a Etapa 4. Não havendo, está terminado o processo.
4. Retirar da tabela de tempo própria da literatura pertinente o número que se
aplica ao documento em questão. Adicionar esse número ao já formado com
o número base + forma. Por exemplo: 821.3 Poesia inglesa do período Elizabetano. Nos casos de autoria individual (excetuando-se o poeta Shakespeare, para quem existe uma tabela especial na Literatura Inglesa), termina aqui o processo, já que não se empregam as subdivisões padrão com autores individuais.
O -8 é o recurso/opção para reunir as obras de e sobre um
autor, sem indicação da forma literária específica. Escolhida a base, acrescentar 8. Não havendo uma Tabela de Tempo
na literatura específica, está concluída a classificação. Havendo, empregá-
la, o que resultará nas subdivisões -81-89 (-1-9 são números que represen-
tam a tabela de tempo da literatura em apreço).
Formado o número com a inclusão da Tabela de Tempo, podem-se, ainda, acrescentar os números da tabela abaixo:

0 2 PIADAS, ANEDOTAS, EPIGRAMAS, GRAFFITI, CITAÇÕES
03 DIÁRIOS, CADERNOS DE NOTAS, MEMÓRIAS
07 OBRAS SEM FORMA LITERÁRIA IDENTIFICÁVEL
08 OBRAS COM MAIS DE UMA FORMA DE PROSA

Repetindo:

Resumo/esquema das etapas para formação do número de classificação da
obra literária de um único autor:

1. BASE
2. FORMA (gênero)
1 Poesia
2 Teatro
3 Ficção
4 Ensaios
5 Discursos
6 Cartas
8 Miscelânea/Obra completa
3. TEMPO **
11-19
21-29
1-39
41-49
51-59
61-69
81-89
810 2
810 3
810 7
810 8
890 2
890 3
890 7
890 8

** O primeiro de cada conjunto de dois dígitos representa a forma
literária (gênero); o segundo, o período da história da literatura pertinente,
a ser encontrado (quando existente) nas tabelas junto ao número que
representa aquela literatura.

Para melhor compreensão da teoria acima exposta, apresentamos, a seguir, como modelo, um quadro completo das possibilidades/etapas de classificação de UM autor inglês:

820 LITERATURA INGLESA
82 NÚMERO BASE
821 POESIA INGLESA
821.1/.9* POESIA INGLESA (subdividida de acordo com os períodos
históricos dessa literatura)
822 TEATRO INGLÊS
822.1/.9* TEATRO (subividido de acordo com os períodos históricos dessa literatura).
823 FICÇÃO INGLESA
823.1/.9* FICÇÃO INGLESA (subdividida de acordo com os períodos dessa literatura)
824 ENSAIOS DA LITERATURA INGLESA
824.1/.9* ENSAIOS DA LITERATURA INGLESA(subdivididos de acordo com os períodos históricos dessa literatura)
825 DISCURSOS DA LITERATURA INGLESA
825.1/.9* DISCURSOS da literatura inglesa (subdivididos de acordo com os períodos históricos dessa literatura)
826 CARTAS DA LITERATURA INGLESA
826.1/.9* CARTAS DA LITERATURA INGLESA (subdivididas de acordo com os períodos históricos dessa literatura)
828 MISCELÂNEA DE GÊNEROS, OU OBRAS DA LITERATURA INGLESA PARA AS QUAIS NÃO SE QUER INDICAR UM DOS GÊNEROS ESPECÍFICOS -1 a -6.
828.1/.9* MISCELÂNEA (subdividida de acordo com os períodos dessa
literatura inglesa)

* .1/.9 Representa, no caso, a tabela de tempo da literatura inglesa

TABELA 3-B: OBRAS DE/SOBRE MAIS DE UM AUTOR

1. Procurar o número base na literatura em questão.
2. Usar as formas literárias -1-7. Se a forma literária for o -8 Miscelânea, verificar as instruções encontradas no - 8 Miscelânea (desta Tabela).*
Se as formas forem subdivisões do gênero, como, por exemplo, -104 2 Soneto, ir para a Etapa 3. No caso de obras que tratam de (ou incluem) o conceito tempo, prosseguir com a Etapa 7.
3. Usar as subdivisões dos gêneros, de acordo com a Tabela 3-B. Se não houver
instruções (* asterisco) para novos acréscimos, estará encerrado o processo. Se houver o * (asterisco), seguir as instruções, que podem incluir o uso da
Tabela 3-C.
4. Verificar se há tabela de tempo na literatura em questão. Havendo, ir para a
Etapa 5. Não havendo, estará encerrado o processo.
5. Escolher o número apropriado da tabela de tempo na literatura em questão e
acrescentá-lo ao número já obtido. Ir para a Etapa 6.
6. Nos números de Forma Literária (-1-8, da Tabela 3-B) procurar as
respectivas subdivisões para períodos e seguir as instruções, inclusive
sobre o emprego da Tabela 3-C.
7. Não havendo Tabela de Tempo, usar as subdivisões padrão do gênero,
listadas no -1/-9, e seguir as instruções encontradas lá, inclusive sobre o uso
da Tabela 3-C.
8. Não havendo apenas uma forma literária, mas diversas, consultar o 01-09 (subdivisões padrão), na Tabela 3-B, seguindo-lhe as instruções, que podem incluir o emprego da Tabela 3-C.

* MISCELÂNEA

O procedimento para classificar empregando-se a subdivisão -8 Miscelânea é:

1. Acrescentar 8 ao número base da literatura em questão. Por exemplo: Literatura inglesa 820; número base 82; Miscelânea na Literatura inglesa
828. Se a obra for limitada a um período específico de tempo, ir para a
Etapa 2. Se não, ir para a Etapa 4.
2. Verificar na literatura em questão se existe uma Tabela de Tempo. Havendo,
ir para a Etapa 3. Não havendo, ir para a Etapa 4.
3. Escolher o número apropriado para indicar o período de tempo e seguir as instruções encontradas no -81-89.
4. Se a obra não contiver especificação de tempo, ou se não houver na
literatura em questão uma tabela de tempo, verificar se a obra não está
limitada a uma das formas de miscelânea listadas no -802-808. Se estiver
limitada a uma daquelas formas, ir para a Etapa 5. Se não, estará completo
o processo.

5. Classificar a obra no número apropriado da seqüência 802-808.

Os detalhes passíveis de acréscimo ao -8 são:

001-009 SUBDIVISÕES PADRÃO: coleções, história, descrição, crítica,
etc.
02-08 TIPOS ESPECÍFICOS DE MISCELÂNEA: piadas, citações, epigra-
mas, anedotas, graffiti, diários, memórias, obras sem gênero literá-
rio identificável, literatura em prosa.
1-9 MISCELÂNEA DE PERÍODOS LITERÁRIOS ESPECÍFICOS.


Resumo/esquema das etapas para formação do número de classificação de mais de um autor:

1. BASE
2. FORMA
-1/-6 + TEMPO (se houver Tabela de Tempo na literatura pertinente)
-1/-6 + SUBDIVISÃO DO -1/-6 + PADRÃO -01/-07 e/ou TABELA
3-C
-8 + TEMPO (se houver) + PADRÃO -001/-009
-8 + SUBDIVISÃO DO -8 (não havendo o conceito tempo)

TABELA 3-C

É destinada a complementar a Tabela 3-B, quando autorizado pelo Sistema, proporcionando detalhes de natureza especial, tais como:


001-009 SUBDIVISÕES PADRÃO
01-09 PERÍODOS DE TEMPO ESPECÍFICOS (o segundo dígito corres-
ponde ao número da tabela de tempo próprio da literatura em questão)
1 LITERATURA APRESENTANDO QUALIDADES ESPECÍFICAS
DE ESTILO, PERSPECTIVA, ETC.: Dadaísmo, Expressionismo,
Surrealismo, Impressionismo, Realismo, Naturalismo, Idealismo, Simbolismo, etc.
2 LITERATURA OSTENTANDO ELEMENTOS ESPECÍFICOS: descrição, narrativa, diálogo, caracteres.
3 LITERATURA TRATANDO DE TEMAS E ASSUNTOS ESPECÍFICOS, TAIS COMO:
lugares (completar com -1, da Tabela Geográfica)
tempos (tipos de tempo, não períodos da História: Primavera,
férias, aurora, etc.)
pessoas (quanto a aspectos psicológicos, sexo, idade, aspectos
sociais)
fenômenos físicos e naturais
conceitos filosóficos e abstratos
4 LITERATURA ENFATIZANDO ASSUNTOS: obras que não pertencem propriamente à categoria das belas letras, mas que são tratadas como literatura (acrescentar 001-999, das classes principais para especificar os assuntos)
8/9 LITERATURA DE / PARA TIPOS ESPECÍFICOS DE PESSOAS
8 GRUPOS RACIAIS, ÉTNICOS E NACIONAIS (completar com a Tabela de Raça)
9 LITERATURA POR / PARA OUTROS TIPOS ESPECÍFICOS DE PESSOAS
91 LITERATURA DE / PARA PESSOAS RESIDENTES EM REGIÕES ESPECÍFICAS (completar com 11-19, da Tabela Geográfica)
92 LITERATURA DE / PARA PESSOAS DE CLASSES SOCIAIS ESPECÍFICAS (completar com 04-79, da Tabela de Pessoas)
93-99 LITERATURA DE / PARA PESSOAS RESIDENTES EM CONTINENTES, LUGARES E LOCALIDADES ESPECÍFICOS (completar com 3-9, da Tabela Geográfica)

Para concluir a apresentação da Classe 800, oferecemos, a seguir, dois quadros com exemplos das possibilidades (quase todas) de classificação nessa classe. O primeiro refere-se a situações que dizem respeito à literatura em geral. O segundo procura exemplificar situações que dizem respeito especificamente à literatura inglesa, mas que podem, eviventemente, ser aplicadas, com as devidas adaptações, a qualquer literatura.

Q U A D R O 1

RESUMO DAS POSSIBILIDADES DE CLASSIFICAÇÃO NA CLASSE 800

800 Literatura e Retórica
801 Filosofia e Teoria da Literatura
801.95 Crítica Literária
801.951 Crítica da Poesia
802 Miscelânea
803 Dicionários, enciclopédias,
804 Inexistente
805 Periódicos
806 Instituições
807 Educação, Pesquisa
808 Retórica/Coleções de textos
808.1 Retórica da Poesia
808.2/.7 Retórica dos demais gêneros
808.8 Coleções de textos de mais de uma literatura
-0001-000 7 Subdivisões padrão (exemplo: 808.800 016 Bibliografia)
-00 1-005 Períodos (da Tabela 1. Exemplo:
808.800 5 Século 20)
-01-03 Com características especiais Tabela 3-C. (Exemplo:
808.801 42 Sobre a morte)
-1-8 Gêneros (exemplo: 808.81 Coleções de poesias)
-001-008 Subdivisões padrão (exemplo: 808. 810 016 Bibliografia)
-01-05 Período (Tabela 1. Exemplo: 808.810 5
Século vinte)
-9 De/por tipos de pessoas (exemplo: 808.89)
809 História/Crítica literária
-001-007 Subdivisões padrão (exemplo: 809.016
Bibliografia)
-01-05 Períodos (Tabela 1: exemplo: 809.05
Século vinte)
-1-7 Gêneros e subgêneros (exemplo: 809.1 Poesia)
-8 De/por tipos de pessoas (exemplo: 809.8)
-9 Com características especiais (exemplo: 809.9)
Q U A D R O 2

RESUMO DAS POSSIBILIDADES DE CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS DE MAIS DE UM AUTOR DA LITERATURA INGLESA:

820 LITERATURA INGLESA
82 NÚMERO BASE
820.1/.9 SUBDIVISÕES PADRÃO ( Base 82 + Padrão 01/09)
821 POESIA
821.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
821 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO POÉTICO
821.1/.9 PERÍODOS NA POESIA INGLESA
822 TEATRO
822.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
822 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO DRAMÁTICO INGLÊS
822.1/.9 PERÍODOS NO TEATRO INGLÊS
823 FICÇÃO
823.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
823 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO FICÇÃO
823.1/.9 PERÍODOS NA FICÇÃO INGLESA
824 ENSAIOS
824.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
824 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO ENSAIOS
824.1/.9 PERÍODOS DO ENSAIO INGLÊS
825 DISCURSOS
825.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
825 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO DISCURSOS
825.1/.9 PERÍODOS DO DISCURSO INGLÊS
826 CARTAS
826.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
826 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO CARTAS
826.1/.9 PERÍODOS DO GÊNERO CARTAS
827 SÁTIRA E HUMOR
827.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
827 0... SUBDIVISÃO DO GÊNERO SÁTIRA/HUMOR
827.1/.9 PERÍODOS DO GÊNERO SÁTIRA/HUMOR
828 MISCELÂNEA DE GÊNEROS /OBRAS PARA AS QUAIS NÃO SE QUER INDICAR O GÊNERO ESPECÍFICO
828 0 SUBDIVISÕES DO GÊNERO MISCELÂNEA
828.001/.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
828.1/.9 PERÍODOS DO GÊNERO MISCELÂNEA


SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS INDIVIDUAIS

Esta tabela é constituída de números que representam as divisões, subdivisões, detalhes, aspectos da Gramática Geral quando aplicados a uma língua específica. É, por isso, de emprego exclusivo com números principais da Classe 400, no intervalo 420-490.
Tais divisões, detalhes ou aspectos só podem ser acrescentados aos números assinalados nas tabelas com um * (asterisco).
Abaixo oferecemos alguns exemplos de emprego desses detalhes. Os dígitos em caracteres mais encorpados representam alguns dos detalhes encontradiços na Tabela 4. Os demais representam o número, ou o número-base de uma língua específica. A última linha de cada exemplo é a respectiva síntese:

15 FONOLOGIA
420 LÍNGUA INGLESA
42 NÚMERO BASE
421.5 FONOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA
2 ETIMOLOGIA
420 LÍNGUA INGLESA
42 NÚMERO BASE
422 ETIMOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA
31 DICIONÁRIOS ESPECIALIZADOS
430 LÍNGUA ALEMÃ
43 NÚMERO BASE
433.1 DICIONÁRIOS ESPECIALIZADOS DA LÍNGUA ALEMÃ
802 TRADUÇÃO DE/PARA
450 LÍNGUA ITALIANA
45 NÚMERO BASE
458.02 TRADUÇÃO PARA O ITALIANO
152 ORTOGRAFIA
460 LÍNGUA ESPANHOLA
46 NÚMERO BASE
461.52 ORTOGRAFIA ESPANHOLA

SUBDIVISÕES DE GRUPOS RACIAIS, ÉTNICOS, NACIONAIS

Os números dessa tabela não podem ser empregadas a não ser justapostas a um número principal, com autorização expressa do Sistema. Há três tipos de possibilidades de justaposição: a) diretamente ao número principal; b) através do elemento de ligação 089 da Subdivisão Padrão, e c) tendo como elemento de ligação com o número principal dígitos retirados de outras tabelas, como o -174 (da Tabela de Área). Exemplos das três situações:

a) 155.849 56 PSICOLOGIA DOS JUDEUS, resultante da síntese:
155.84 PSICOLOGIA ÉTNICA + 956 JUDEUS (da tabela de raça)

b) 738.089 924 CERÂMICA JUDAICA, resultante da síntese:
738 CERÂMICA + 089 DÍGITOS A INTERPOR + 924 JUDEUS

c) 174.927 REGIÕES DE PREDOMINÂNCIA ÁRABE, resultante da síntese: 174 REGIÕES ONDE PREDOMINAM GRUPOS
ÉTNICOS + 927 ÁRABES
Não havendo redundância, nem instruções em contrário nas Tabelas, pode-se acrescentar UM zero ao número retirado da Tabela de Raça, e, em seguida, o número da Tabela de Área pertinente. Por exemplo:
a) 572.831 081 ALEMÃES NO BRASIL resulta da síntese de:
572.8 RAÇAS HUMANAS ESPECÍFICAS
31 ALEMÃES (Tabela 5 Raça)
0 DÍGITO A INTERPOR (Tabela 1 Subdivisão Padrão)
81 BRASIL (Tabela 2 Subdivisão de Área)

b) 572.839 707 3 SUECOS NOS ESTADOS UNIDOS resulta da síntese de:
572.8 RAÇAS HUMANAS
397 SUECOS (Tabela 5 Raça)
0 DÍGITO A INTERPOR (Tabela 1 Subdivisão Padrão)
73 ESTADOS UNIDOS (Tabela 2 Subdivisão de Área)

SUBDIVISÕES DE LÍNGUAS

Estas subdivisões são constituídas de números que representam as línguas e dialetos em que podem estar redigidos os assuntos contidos nos documentos objeto de classisficação.
São a base para a formação dos números das classes 490 e 890, sendo essa, na verdade, sua função primordial, ocorrendo, também, às vezes, seu emprego em combinação com o -175, da Tabela 2 (Subdivisão de Área).

A seu respeito deve-se observar que:

1. nunca devem ser empregadas desacompanhadas de um número principal;
2. só podem ser empregadas quando o sistema o autorizar;
3. devem ser justapostas diretamente aos números principais ou à subdivisão
-175 (da Tabela 2) Regiões onde se fala determinado idioma. Exemplos:

a) 220.539 31 TRADUÇÕES DA BÍBLIA PARA O HOLANDÊS resulta da síntese 220.5 TRADUÇÕES DA BÍBLIA +
393 1 IDIOMA HOLANDÊS (Tabela 6)

b) 175 61 REGIÕES ONDE SE FALA O ESPANHOL resulta da síntese 175 REGIÕES ONDE SE FALA DETERMINADO IDIOMA + 61 LÍNGUA ESPANHOLA


SUBDIVISÕES DE PESSOAS

Nunca empregadas sozinhas, podem, entretanto, ser justapostas a qualquer número das tabelas principais, diretamente. Exemplo:

738 CERÂMICA
0871 CEGOS (da Tabela 7)
738.087 1 ARTE CERÂMICA DOS / PARA CEGOS

Podem, eventualmente, quando houver autorização expressa, ser empregadas com números de outras tabelas auxiliares, como ocorre com o 08..., com o 024 (da Tabela 1: subdivisões padrão) e com o 92 (da Tabela 3-C). Exemplos:

808.89 COLETÂNEAS DE MAIS DE UMA LITERATURA
92 OBRAS DE/PARA CATEGORIAS DE AUTORES
241 LUTERANOS
808.899 224 1 OBRAS DE/PARA LUTERANOS

540 QUÍMICA
024 OBRAS PARA TIPOS ESPECÍFICOS DE LEITORES
6176 DENTISTAS
540.246 17 6 QUÍMICA PARA DENTISTAS


VARIAÇÕES NÃO-OFICIAIS

As bibliotecas que desejarem criar coleções à parte de obras em diferentes idiomas, podem fazê-lo, introduzindo como prefixo de cada classe os números representativos dos idiomas, tomados da Tabela 6. Por exemplo: (21)536.2 para significar Obras em inglês sobre transferência de calor; (21)709.54 para significar Obras em inglês sobre arte indiana.
Pode, também, ser feita a inversão, para o caso de bibliotecas que prefiram classificar pelo assunto principal, e, entretanto, queiram indicar também o idioma em que estão escritas.
Os parênteses utilizados aqui têm finalidade apenas ilustrativa, podendo-se empregar qualquer outro recurso, contanto que haja clareza nos conceitos.


ALTERAÇÕES DE UMA EDIÇÃO PARA OUTRA

Muitos tipos de alterações ocorrem de uma edição para outra, requerendo métodos especiais de adequação às coleções já classificadas de acordo com uma edição anterior. Essas alterações são: expansões e reduções; reutilização de números preexistentes; emprego de números antigos com novo significado, e as famosas Phoenix schedules (blocos de tabelas ou tabelas inteiras enxertadas), que são desenvolvimentos inteiramente novos de classes ou subclasses, em bases previamente estabelecidas, como é o caso da Classe 780 na 20a. edição, de que listamos aqui o Sumário, para fins de comparação com edições anteriores:

780.0001-.0999 RELAÇÕES ENTRE A MÚSICA E OUTROS ASSUNTOS
780.1-.9 SUBDIVISÕES PADRÃO
781 PRINCÍPIOS GERAIS E FORMAS MUSICAIS
781.01-.09 SUBDIVISÕES PADRÃO
781.1-.9 SUBDIVISÕES PADRÃO
782 MÚSICA VOCAL
782.001-.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
782.01-.08 [PRINCÍPIOS GERAIS E FORMAS MUSICAIS]
783 MÚSICA PARA UMA SÓ VOZ
783.001-.009 SUBDIVISÃO PADRÃO
783.01-.09 [PRINCÍPIOS GERAIS E FORMAS MUSICAIS]
784 INSTRUMENTOS, CONJUNTOS INSTRUMENTAIS E SUA MÚSICA
784.01-.09 SUBDIVISÕES PADRÃO
785 CONJUNTOS COM APENAS UM INSTRUMENTO POR PARTE
785001-.009 SUBDIVISÕES PADRÃO
785.01-.09 [PRINCÍPIOS GERAIS, FORMAS MUSICAIS, INSTRUMENTOS]
786 TECLADO, INSTRUMENTOS MECÂNICOS, ELETROFÔNICOS, DE PERCUSSÃO
787 INSTRUMENTOS DE CORDA. INSTRUMENTOS DE
ARCO
788 INSTRUMENTOS DE SOPRO

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