quarta-feira, 18 de maio de 2022

A Coleção Palavra-Chave editada pela Editora Polis e pela Associação Paulista de Bibliotecários (APB) contribuiu significativamente para a formação no âmbito da graduação. SILVA, Rovilson José da; Bortolin, Sueli (Orgs.). Fazeres cotidianos na biblioteca escolar. São Paulo: Polis, 2006. 120p. (Coleção Palavra-Chave, 17) VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Org.). Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis, 2005. 176p. (Coleção Palavra-Chave, 16) VIDOTTI, Silvana Aparecida Borsetti Gregório (Coord.). Tecnologia e conteúdos informacionais: abordagens téoricas e práticas. São Paulo: Polis, 2004. 187p. (Coleção Palavra-Chave, 15) VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Org.). Atuação profissional na área de informação. São Paulo: Polis, 2004. 191p. (Coleção Palavra-Chave 14) VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Org.). Formação do profissional da informação. São Paulo: Polis, 2002. 152p. (Coleção Palavra-Chave, 13) CORTE, Adelaide Ramos e; ALMEIDA, Iêda Muniz de; ROCHA, Eulina Gomes; LAGO, Wilma Garrido do. Avaliação de softwares para bibliotecas e arquivos: uma visão do cenário nacional. 2.ed. São Paulo: Polis, 2002. 219p. (Coleção Palavra-Chave, 11) CORTE, Adelaide Ramos e; ALMEIDA, Iêda Muniz de (Coord.) Avaliação de softwares para bibliotecas. São Paulo: Polis; APB, 2000. 108p. (Coleção Palavra-Chave, 11) VALENTIM, M. L. P. (Org.). O profissional da informação: formação, perfil e atuação profissional. São Paulo: Polis, 2000. 156p. (Coleção Palavra-Chave, 10) ORTEGA, Cristina Dotta. Microisis: das origens à consolidação numa realidade de informação em mudança. São Paulo: Polis; APB, 1998. 130 p. (Coleção Palavra-Chave, 9) VALENTIM, Marta Lígia Pomim. O custo da informação tecnológica. São Paulo: Polis; APB, 1997. 91p. (Coleção Palavra-Chave, 8) ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Sociedade e Biblioteconomia. São Paulo: Polis : APB, 1997. 129p. (Coleção Palavra-Chave, 7) FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Textos avançados em referência e informação. São Paulo: Polis; APB, 1996. 124p. (Coleção Palavra-Chave, 6) BARBALHO, Célia Regina Simonetti; BERAQUET, Vera Silvia Marão. Planejamento estratégico para unidades de informação. São Paulo: Polis; APB, 1995. 69p. (Coleção Palavra-Chave, 5) CINTRA, Anna Maria; TÁLAMO, Maria de Fátima Gonçalves Moreira; LARA, Marilda Lopes Ginez de; KOBASHI, Nair Yumiko. Para entender as linguagens documentárias. 2.ed. São Paulo: Polis; APB, 2002. 96p. (Coleção Palavra-Chave, 4) CINTRA, Anna Maria; TÁLAMO, Maria de Fátima Gonçalves Moreira; LARA, Marilda Lopes Ginez de; KOBASHI, Nair Yumiko. Para entender as linguagens documentárias. São Paulo: Polis; APB, 1994. 72p. (Coleção Palavra-Chave, 4) FIGUEIREDO, Nice Menezes de. Serviços de referência & informação. São Paulo: Polis; APB, 1992. 168p. (Coleção Palavra-Chave, 3) BARSOTTI, Roberto. A informática na Biblioteconomia e na Documentação. São Paulo: Polis; APB, 1990. 127p. (Coleção Palavra-Chave, 2) VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis; APB, 1989. 96p. (Coleção Palavra-Chave, 1)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Fact Cheking

Título: Jornalismo de verificação como tipo ideal: a prática de fact-cheking no Brasil Autor: Taís Seibt Resumo: Nesta tese, formula-se o “jornalismo de verificação” como um tipo ideal para estudar a prática de fact-checking (checagem de fatos) no Brasil na perspectiva das mudanças estruturais do jornalismo. A base para a formulação teórico-metodológica da pesquisa é o estudo sobre os paradigmas jornalísticos (CHARRON; BONVILLE, 2016). Utilizando-se do método weberiano do tipo ideal, os autores estabelecem uma tipologia histórica das práticas jornalísticas a partir de quatro formas de jornalismo: de transmissão, de opinião, de informação e de comunicação. Prática crescente no mercado de informação contemporâneo, dominado por plataformas digitais (BELL; OWEN, 2017), o fact-checking surge como resposta à fragmentação da vida pública testemunhada nas últimas três décadas e resgata valores centrais da ideologia profissional, como a objetividade (GRAVES, 2016) e a disciplina da verificação (KOVACH; ROSENSTIEL, 2004; 2014). A partir de uma pesquisa participante no projeto Truco, da Agência Pública, uma das iniciativas pioneiras de checagem de fatos no Brasil, a tese discute limites e possibilidades da nova prática para o jornalismo diante de um cenário de desinformação (WARDLE, 2018) segundo 14 indicadores de mudança nos parâmetros que compõem o paradigma jornalístico. Com base em entrevistas, observação de rotinas e relatos de experiência, conclui-se que há mudanças significativas no que diz respeito a critérios, rotinas e percepções sobre a prática jornalística, as quais podem ser tomadas como indícios de que há uma mudança em curso no jornalismo contemporâneo, porém não suficientemente consolidadas a ponto de suplantar o paradigma do “jornalismo de comunicação”. Nesse sentido, o “jornalismo de verificação” enquanto tipo ideal evidencia mudanças em curso, podendo ser tomado como um desvio entre outros, o que seria característico de períodos pré-paradigmáticos (KUHN, 1975) Link para a Tese: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/193359

Produtores de Fake News

Titulo: Desinformação na Terceira Idade: como o público idoso se relaciona com as fake news nas redes sociais. Autor: Bruno Fortes Luce Resumo: Esta pesquisa tem como problema de investigação: como idosos, enquanto imigrantes digitais podem adquirir as competências informacionais necessárias para lidar com o fenômeno das fake news? No escopo da pesquisa, adota-se como o objetivo geral: desenvolver através da educação soluções para conter o problema da recepção, aceitação e propagação de fake news pelo público idoso. O método da pesquisa é o estudo de caso de caráter qualitativo e os instrumentos de coleta de dados foram a observação participante do pesquisador e aplicação da entrevista com perguntas semi-estruturadas aos sujeitos após a realização do Curso de extensão. O desenvolvimento do Curso de Extensão: alfabetização midiática e informacional para idosos, com duração de 20h, foi realizado durante o período de um mês nas dependências do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), e contou com a participação de oito idosas, sujeitos da pesquisa. A estrutura priorizou aulas expositivas e dialogadas, onde foi abordada a origem da internet e das redes sociais, fontes de informação, desinformação, competência informacional, modelos de fake news, fatores de checagem e conteúdos relacionados. Também foram realizadas visitas à Biblioteca e à redação de jornais e rádios, com conversa com os profissionais. Como resultado ao final do Curso, percebeu-se o avanço em relação à identificação das fake news pelas participantes, a busca da informação em fontes confiáveis e a atitude de não compartilhar qualquer material recebido em uma rede social. Finalizando, foi possível notar uma melhora na relação entre o uso das ferramentas digitais pelas alunas e a relevância da busca nas fontes apropriadas. Também se destaca a vontade das participantes continuarem a se qualificar, através de outros Cursos, em outro momento. Acredita-se que foi uma experiência produtiva e que o modelo pode ser replicado para outros públicos e ou para um público maior em outros espaços e lugares. Link para o trabalho: https://dspace.ifrs.edu.br/xmlui/handle/123456789/361

“Deepfake”

Material: “Deepfake” como ferramenta manipulação e disseminação de “fakenews” em formato de vídeo nas redes sociais. Autor: Cristiana Pantola Moraes. Link para o Material: https://osf.io/mf7t6/ Referências: MORAES, Cristiana Pantola. “Deepfake” como ferramenta manipulação e disseminação de “fakenews” em formato de vídeo nas redes sociais. In: ENCONTRO IBÉRICO EDICIC, 9., 2019, Barcelona. Anais [...]. Barcelona: EDICIC, 2019. Disponível em: https://osf.io/mf7t6/

Fake News em formato de Texto

Livro: Jornalismo, fake news & desinformação: manual para educação e treinamento em jornalismo. Autor: Cherilyn Ireton; Julie Posetti Link para o Livro: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000368647 Referência: IRETON, Cherilyn; POSETTI, Julie. Jornalismo, fake news & desinformação: manual para educação e treinamento em jornalismo. UNESCO, 2018. Disponível em: http://portaldobibliotecario.com/wp-content/uploads/2020/06/ManualFakeNews.pdf

Fake news nas redes sociais

Capitulo de Livro: Atuação do Bibliotecário da saúde em tempos de pandemia da Covid-19 e Hiperinformação. ( p. 111-132) Autores: Laura Valladares de Oliveira Soares; Bruno Luce; Lizandra Brasil Estabel Link para o Livro: http://biblio.eci.ufmg.br/ebooks/2021010004.pdf Referências: SOARES, L.V.O; LUCE, B.; ESTABEL, L.B. Atuação do Bibliotecário da saúde em tempos de pandemia da Covid-19 e Hiperinformação. In: SPUDEIT, Daniela; SOUZA, Claudia (org). Atuação de profissionais da arquivologia, biblioteconomia e museologia em época de pandemia. Florianópolis: Nyota, 2020. p. 111-132. Disponível em: http://biblio.eci.ufmg.br/ebooks/2021010004.pdf ______________________________________________________________________________ Artigo: Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Autores: Caroline Delmazo; Jonas C. L. Valente Resumo: Notícias falsas, histórias fabricadas, boatos, manchetes que são isco de cliques (as chamadas clickbaits) não são novidade. A diferença do atual contexto é o potencial de circulação das chamadas fake news no ambiente online, sobretudo em virtude do uso das redes sociais digitais. O presente artigo tem o objetivo de destacar as características do mundo online que facilitam a disseminação das notícias falsas, elencar exemplos recentes de fake news que ganharam grandes proporções graças à propagação nas redes sociais, com destaque para o período pré-eleitoral nos Estados Unidos em 2016, e mapear algumas das principais reações ao que chamamos de “problema das notícias falsas”, divididas segundo a natureza institucional de seus autores em quatro grandes grupos: (1) Plataformas digitais; (2) Organizações de pesquisa e da sociedade civil e os media; (3) Governos e órgãos estatais; e (4) Organismos Internacionais. Link para o artigo: https://impactum-journals.uc.pt/mj/article/view/2183-5462_32_11 Referência: DELMAZO, Caroline; VALENTE, Jonas C. L. Fake News nas redes sociais online: Propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo, Lisboa, v.18, n.32, p. 155- 169, 2018. Disponível em: https://impactum-journals.uc.pt/mj/article/view/2183-5462_32_11 Última atualização: Friday, 24 Sep 2021, 16:47

Desinformação e pós-verdade no contexto da pandemia da Covid-19

O material complementar servirá para os alunos que quiserem se aprofundar ainda mais sobre o tema, sendo optativa a sua leitura: Artigo: O movimento antivacina no YouTube nos tempos de pós-verdade: Educação em saúde ou desinformação? Autores: Bianca Barros da Costa; Daiane de Jesus Viegas; Thamyris Almeida Moreira; Paula Alvarez Abreu. Resumo: Apesar dos benefícios da vacinação, movimentos antivacinação têm se espalhado pelo mundo. Neste estudo foi feita uma análise dos vídeos sobre o movimento antivacina no YouTube, o seu impacto em visualizações e a aceitação dos usuários. Foram realizadas duas buscas em períodos diferentes e 14 vídeos se mantiveram entre os mais relevantes nas buscas. A maioria dos vídeos foi contra o movimento e nestes havia profissionais de saúde que explicaram os benefícios das vacinas, enquanto os vídeos a favor usaram argumentos sem base científica, fake news e teorias conspiratórias. Apesar de serem a minoria, os vídeos a favor do movimento tiveram milhares de visualizações e houve aumento da razão like/dislike, mostrando que muitos seguidores se identificaram com o conteúdo. Em tempos de pós-verdade é essencial entender como as mídias sociais influenciam nas decisões em saúde. Link para o Artigo: https://periodicos.uff.br/midiaecotidiano/article/view/38210/0 Referência: COSTA, B.B.; VIEGAS, D.J.; MOREIRA, T.A.; ABREU, P.A. O movimento antivacina no YouTube nos tempos de pós-verdade: Educação em saúde ou desinformação? Mídia Ecotidiano, Rio de Janeiro, v.14, p.220-239, jan/abr. 2020. DOI: https://doi.org/10.22409/rmc.v14i1.38210. Disponível em: https://periodicos.uff.br/midiaecotidiano/article/view/38210/0. ___________________________________________________________________ Artigo: Desinformação e pós-verdade no contexto da pandemia da Covid-19: um estudo das práticas informacionais no Facebook. Autores: Andrea Goulart ; Ivette Kafure. Resumo: A enorme quantidade de informações sobre a pandemia da Covid-19 que circula na internet gera muitas dúvidas na população, contribuindo para alimentar um cenário em que desinformação e pós-verdade se tornaram comuns. O artigo apresenta pesquisa sobre as práticas informacionais em redes sociais, no contexto da pandemia. Para tanto, três grupos públicos do Facebook têm sido observados desde o mês de abril de 2020, com o objetivo de se averiguar quais temas despertam mais interesse nos internautas, como os diferentes grupos encaram os acontecimentos e de que modo as práticas podem, eventualmente, se alterar ao longo do tempo. O estudo, em andamento, adota a netnografia por método e apresenta análises e resultados preliminares de duas datas específicas: 10 de abril, por marcar o início da coleta de dados, e 7 de julho, em que se registra o afrouxamento das medidas de isolamento social em grande parte do Brasil. Conclui-se que os grupos comportam-se de modos bastante distintos, de acordo com o propósito de cada um. Além disso, observa-se grande influência de fatores emocionais, que acabam por direcionar as práticas dos internautas, envolvendo-os em bolhas informacionais. Link para o Artigo: http://revista.ibict.br/liinc/article/view/5397 Referência: GOULART, A.H.; MUÑOZ, I.K. Desinformação e pós-verdade no contexto da pandemia da Covid-19: um estudo das práticas informacionais no Facebook. LIINC em revista, Rio de Janeiro, v.16, n.2, dez. 2020. DOI: https://doi.org/10.18617/liinc.v16i2.5397. Disponível em: http://revista.ibict.br/liinc/article/view/5397/5125 Última atualização: Friday, 24 Sep 2021, 16:14

O Bibliotecário e as Fake News: atuação do profissional da informação na era da pós-verdade.

Trabalho de Conclusão: O Bibliotecário e as Fake News: atuação do profissional da informação na era da pós-verdade. Autor: Bruno Luce Resumo: Este trabalho apresenta uma análise sobre a atuação do bibliotecário, enquanto mediador da informação, e suas competências no uso das fontes, afim de lidar com o fenômeno das fake news em ambientes virtuais. O estudo de caso foi a metodologia adotada para elaboração deste estudo, que através de um levantamento bibliográfico e cases construiu uma narrativa linear em seu referencial teórico. Este estudo buscou utilizar uma linguagem mais simples, não tanto acadêmica, permeando ao longo do texto inserções de tabelas e imagem. A utilização de matérias extraídos de páginas de redes sociais e matérias de veículos de comunicação acrescentaram na exemplificação do problema levantando pela pesquisa na busca da resposta. Ao final, por se tratar de um tema atual que ganha força em um ambiente de Web, o trabalho apresentou como resultados, mais propostas para futuros estudos do que conclusões definitivas, propondo um novo olhar ao contexto de atuação do bibliotecário. Link para o Texto: http://hdl.handle.net/10183/182025 Referência: LUCE, Bruno Fortes. O Bibliotecário e as Fake News: atuação do profissional da informação na era da pós-verdade. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/182025 Última atualização: Tuesday, 5 Oct 2021, 11:10
Para começarmos a semana quando em 12 de março comemoramos o o Dia do Bibliotecário, você sabe por que este dia foi escolhido? Na verdade em homenagem ao Manuel Bastos Tigre, que foi o primeiro bibliotecário concursado do Brasil, nascido em 12 de março. Uma pessoa ao se tornar bibliotecário, faz um juramento onde diz as seguintes palavras: “Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana.” Parabéns a todos os bibliotecários do Brasil! N

Desmediatização, infodemia e fake newsna cultura digital

Débora Liberato Arruda Hissa** Universidade Estadual do Ceará (UECE). Doutora em Linguística Aplicada. Professora do Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada (POSLA/UECE). https://orcid.org/0000-0001-6075-5585. Resumo Neste artigo, discuto o fenômeno da desmediatização (HAN, 2018) e sua relação direta com pandemia de informação (infodemia) e a antiquíssima prática social, com base política e econômica, de divulgação de notícias falsas (modernamente conhecidas como fake news) como consequência da vulgarização de opiniões disruptivas propagadas pela cultura digital. Com base na abordagem antagonística de Mouffe (2015) – que reconhece a inerradicabilidade da dimensão conflituosa da vida social, proponho olhar a disseminação de fake news, tanto na mídia como nas redes sociais, a partir de uma dimensão ideológica de forças pulsionais que mobiliza paixões e crenças; cria mitos e fantasias apoiada em uma moralidade forjada na narrativa antitética do “nós/eles”. Para isso, analiso dois contextos enunciativos distintos: o primeiro se refere à divulgação pela mídia, em 2011, primeiro ano de mandato de Dilma Rousseff (PT), da notícia de que o MEC chancelou a distribuição de material didático que defende e estimula erros de concordância verbal no ensino de Língua Portuguesa; o segundo, dez anos depois, em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), a notícia da proposta de reforma eleitoral, apresentada pela Câmara dos Deputados, que dificulta as plataformas digitais de punirem candidatos que divulguem fake news nas eleições de 2022. Tais eventos explicam como narrativas desmediatizadas sustentam e recriam o antagonismo Desmediatização, infodemia e fake news na cultura digital estrutural como ponto fundante das sociedades modernas e se potencializam na cultural digital. Palavras-chave: Infodemia. Fake News. Desmediatização. Agonística. Cultura Digital.

A formação do leitor no contexto da desinformação e das fake news: desafios para os estudos de letramentos na pandemia da covid-19 e além

Juliana Alves Assis* Fabiana Komesu** Marie-Christine Pollet*** Em março de 2018, Vosoughi, Roy e Aral, pesquisadoresdo Media Lab do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT),apresentaram um estudo na Science, em que discutiam notíciasverdadeiras e falsas postadas na rede social Twitter e avaliadas por seis agências independentes de checagem de fatos, no período de 2006 a 2017. O conjunto do material era formado de 126 mil tuítes em língua inglesa, espalhados quatro milhões e meio de vezes por três milhões de pessoas. Os temas checados por aquelas agências e investigados pelos autores, em período anterior à pandemia da covid-19, eram diversos e versavam sobre política, negócios, entretenimento, ciência, desastres naturais, dentre outros. Os autores chegaram à conclusão de que um post verdadeiro atinge em média mil pessoas; uma notícia falsa, entretanto, pode atingir entre mil e 100 mil pessoas. Observaram ainda que a probabilidade de uma notícia falsa ser retransmitida é 70% maior do que uma notícia verdadeira e que, para temas relacionados à política, essa porcentagem aumenta. Ainda segundo os autores, o fator “novidade” da informação é o elemento diferenciador na disseminação de notícias, em meio à urgência de seu compartilhamento em mídias digitais, comunicadores instantâneos e outros meios.