quinta-feira, 19 de março de 2009

Site Biblioteconomia

Caso ainda esteja pensando em qual software usará definitivamente, tenho em meu site (www.marcosmaurilioribeiro.net/biblioteconomia.php), uma lista bem legal de softwares para gerencimento de acervo, vale a pena conferir.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Acervo Digital Veja

Numa iniciativa inédita no Brasil a revista Veja disponibilizou todo o seu acervo na Internet.
Todas as edições, desde a primeira, em 11 de setembro de 1968, podem ser lidas e consultadas gratuitamente no .

Biblioteconomia: um amplo mercado na organização do saber

Biblioteconomia na Folha de São Paulo
Biblioteconomia: um amplo mercado na organização do saber
12/03/2009
Thaís Loureiro

Carreira das menos disputadas em vestibulares de universidades públicas, Biblioteconomia é uma boa opção para quem deseja ingressar no ensino superior. E a concorrência menos acirrada é apenas uma das razões. A  satisfação de trabalhar com a organização do conhecimento e o vasto campo de trabalho, que inclui universidades, bibliotecas públicas e privadas, empresas, organizações não-governamentais, entre outras também são atrativos para optar pela carreira.
A perspectiva de administrar e organizar informações de diversas áreas, a possibilidade de interagir com outras áreas do saber e a satisfação em  atuar em uma função vital para quem está em busca de conhecimentos são  algumas das razões que levam milhares de jovens a escolherem a carreira  de Biblioteconomia como opção para a vida profissional. Outro atrativo para quem pensa em trabalhar nesta área é a disputa pelas  vagas, pois o curso não costuma estar entre os mais procurados. No  vestibular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio),  foram menos de quatro inscritos para cada vaga, número próximo do registrado na seleção para a Universidade Federal Fluminense (UFF), onde  a relação candidato/vaga foi 3,96. A concorrência menor para a entrar na universidade não significa que a carreira não seja atraente, mas que os candidatos, em geral, não conhecem o campo de trabalho. O bibliotecário, profissional formado no curso, é responsável por tornar a informação acessível. Para isso, é preciso localizá-la, selecioná-la, catalogá-la e disponibilizá -la.  O profissional principalmente na organização de acervos de bibliotecas,  o que, por si só, já abre um vasto campo de trabalho para quem se forma  nesta área. Bibliotecas, instituições de ensino, empresas privadas, públicas, grandes escritórios de advocacia e até multinacionais oferecem vagas.
A Diretora da Divisão de Bibliotecas e Documentos (DBD) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Dolores Rodriguez  Perez, está no comando das bibliotecas da instituição há cerca de 6  anos. Ela que é bibliotecária há 37 anos conta que também assumiu a direção da Biblioteca da UFRJ por 6 anos na década de 1990. A diretora explica que a profissão manteve suas funções ao longo do  tempo, mas a forma de executá-las e alcançar os objetivos mudou muito apó a revolução tecnológica. "Se eu não acompanhasse as transformações,  estaria até hoje organizando livros nas estantes. A nossa matéria-prima  é a informação e as trocas de informações e atualizações nunca foram tão rápidas quanto agora com a difusão da internet. Por isso, estamos sempre nos adaptando", analisa.
Dolores Rodriguez destaca que o bibliotecário deve ser um profissional pró-ativo, dinâmico e criativo. Para ela, é importante perceber quais os serviços que satisfazem o público-alvo.  "Temos que inovar nos serviços sempre e de forma a agregar valores. O  bibliotecário deve estar à frente do cliente. Por isso, a formação  continuada é extremamente importante", aconselha lembrando que o
trabalho em equipe é fundamental no dia a dia do bibliotecário.
Para especialista, mercado para a carreira é promissor A Coordenadora do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFF), professora Sandra Badini, acredita que a área está  em expansão e que o mercado é favorável. "A organização da informação, a  gestão do conhecimento e sua disseminação são fundamentais. A democratização da informação passa pela biblioteconomia" , argumenta.  A professora explica que desde 2007 o currículo do curso foi reformulado  para se adaptar ao mercado de trabalho. O curso agrega conhecimentos de Arquivologia e abrange uma formação profissional técnica e humanística, incentivando atividades práticas, como apresentação de trabalhos em  eventos. "Além disso, os alunos conseguem estágios com facilidade", destaca.
A professora da Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio) e bibliotecária da Fundação Biblioteca Nacional, Ana  Virgínia Pinheiro, destaca que o profissional é um fomentador de  conhecimento. "Devemos apoiar a formação continuada de pessoas,  defendendo os princípios da liberdade intelectual sem qualquer forma de censura. Também temos que garantir o direito à privacidade e ao segredo de pesquisa, assegurando o privilégio da descoberta e o mérito da publicidade" , explica.
Para a professora, este profissional tem um importante papel diante dos interesses e problemas sociais. "Precisamos contribuir para a  sedimentação de uma sociedade mais justa, como curadores da memória e  organizadores da herança cultural do homem", acredita.
Estudantes confirmam expectativas durante o curso
A estudante do 3º período de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Júlia Danon, conta que não sabia que carreira  seguir e, portanto, pesquisou bastante. "Mesmo assim, prestei vestibulares para cursos diferentes. Acabei optando por Biblioteconomia.   Estou gostando mais do curso porque na UFRJ há um foco também na gestão", explica.
Júlia está estagiando há 6 meses na biblioteca da PUC-Rio e acredita que  a experiência com o estágio ajuda muito na formação. "Já aprendi muito  com a rotina deste meu primeiro estágio e isso é muito bom porque ainda  estou no começo do curso", comenta.Já o universitário Marcelo Cristóvão da Cunha está preste a se formar na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Ele está animado c om as perspectivas que a carreira apresenta. "Eu morava na Rocinha e não tinha muita perspectiva. Mas passei para o  colégio Pedro II que tinha um convênio com o Museu Nacional de Belas Artes. Com isso, no meu 2º ano já estagiava no museu na área de informática, mas tive contato com a Biblioteconomia e me dediquei para conseguir entrar na área", explica.
O estudante ressalta que o que mais o interessou no curso é a ligação com as áreas tecnológicas e o abrangente campo de pesquisas. "A minha monografia é sobre a segurança da informação em bibliotecas digitais,  pois o desenvolvimento deste campo de trabalho devido às inovações tecnológicas sempre me interessou", afirma. O estudante Rodolfo Targino de Araújo cursa o 5º período na UniRio e confessa que iniciou o curso não porque conhecia bema profissão, mas,  sim, por ser apaixonado pela leitura. "Mas com o passar do tempo, com os  estágios e com as trocas de experiências, minhas expectativas foram sendo superadas", pondera.
O universitário Rogério Ades de 41 anos também está no 5º período na mesma instituição e optou pela carreira, pois acredita que a mesma  oferece um bom ambiente de trabalho, alémd de estar ligada a área humana. "Eu tenho me surpreendido com o curso pois tem ampliado meus horizontes educacionais, além de proporcionar vários desafios e a  existência de vários estágios na área facilita a transição para o mercado", destaca.

Vancouver - Manual de Referência

http://www.fiocruz.br/bibcb/media/comoreferenciarecitarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf
Link para um manual de referências bibliográficas e citações segundo a norma Vancouver.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Provas de Concursos

http://www.concursospublicosonline.com/informacao/view/Provas-de-Concursos-para-Biblioteconomia

Provas de Concursos para Biblioteconomia

2001 - FCC - TRF 1ª Região
2001 - FDRH - BRDES-RS
2001 - UFGRS - MPE-RS
2002 - FAPEU - TRE-SC
2002 - FGVSP - Assembléia Legislativa - SP
2002 - FUNDEC - Prefeitura de Maricá
2002 - NCE-UFRJ - FBR
2002 - NCE-UFRJ - INPI
2002 - NCE-UFRJ - IPJB
2002 - TJ-MG - TJ-MG
2002 - VUNESP - BNDES
2003 - COMPERVE - UFRN
2003 - ESAG - CEFET-SC
2003 - FCC - TRE-AM
2003 - FCC - TRT-MTS
2003 - FUMARC - BHTRANS
2004 - ACAFE - MPE-SC
2004 - CESGRANRIO - Prefeitura de Manaus - AM
2004 - CESPE - TRE-AL
2004 - CESPE - TCE-PE
2004 - COVEST - UFPE
2004 - FCC - TRF 4ª Região
2004 - FCC - TRT-MS
2004 - FCC - TRT-PI
2004 - NCE-UFRJ - INFRAERO
2005 - CESGRANRIO - Casa da Moeda
2005 - CESGRANRIO - MPE-RO
2005 - CESGRANRIO - SEAD-AM
2005 - CESPE - STJ
2005 - CESPE - TJ-MA
2005 - ESAG - STJ
2005 - FCC - UFT
2005 - FUMARC - Prefeitura de Contagem - MG
2005 - VUNESP - Prefeitura de São Paulo - SP
2005 - VUNESP - FPET-SP
2006 - CESGRANRIO - DNPM
2006 - CESGRANRIO - PETROBRAS
2006 - CESGRANRIO - TRANSPETRO
2006 - CESPE - TJ-PA
2006 - CESPE - TJ-RR
2006 - CESPE - TSE
2006 - CONESUL - TRENSURB
2006 - CONSULPLAN - CEFET-RJ
2006 - CONSULPLAN - INB
2006 - ESAF - IRB
2006 - FCC - TRT-MTS
2006 - FCC - MPE-PE
2006 - FCC - TCE-PB
2006 - FCC - TRT-RS
2006 - FGV - Ministério da Cultura
2006 - FJPF - CONAB
2006 - NCE-UFRJ - Arquivo Nacional
2006 - NCE-UFRJ - CEPEL
2006 - NCE-UFRJ - ELETRONORTE
2006 - NCE-UFRJ - Estado-MT
2006 - NUPPS - CEFET-RN
2006 - UFPR - TCE-PR
2006 - UNAMA - SECULT-PA

Livroclip

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sexta-feira, 13 de março de 2009

Ensino de catalogação : da teoria à prática

http://www.febab.org.br/rbbd/ojs-2.1.1/index.php/rbbd/article/view/43/52
Ensino de catalogação : da teoria à prática
Elisa Campos Machado
Rosangela Rocha von Helde
Sabrina Dias do Couto
Resumo
Trabalho que tem como tema principal o ensino de catalogação e a formação do catalogador. Está baseado em conhecimento construído por meio de um processo de ensino e aprendizado, envolvendo aluno, professor e profissional. Preocupa-se em demonstrar a importância do estágio curricular como fator de desenvolvimento de habilidades para integrar conhecimento ao contexto na formação do futuro catalogador, atentando-se ao valor do estágio para o exercício prático do ensinamento teórico adquirido em sala de aula.
Palavras-chave: Ensino de catalogação. Formação do catalogador. Estágio em Biblioteconomia.
CATALOGUING TEACHING: FROM THEORY TO PRACTICE.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Dia do Bibliotecário

PARABÉNS PARA TODOS NÓS BIBLIOTECÁRIOS!!!
Feliz DIA dos BIBLIOTECÁRIOS

Bibliotecário - conhecimento, informação.

  Parabéns por sua missão!
 

quarta-feira, 11 de março de 2009

Rede Social_Bibliotecas PMSP

A idéia de aproximar os profissionais das bibliotecas públicas da PMSP através de ferramentas de rede social.
É como a própria Teresa Laranjeiro, disse:"Agora a web não serve apenas para conectar informações, mas sim para conectar pessoas".
Reforçando a sugestão do Alexandre, também acho que o Ning pode ser uma ferramenta bem interessante para essa idéia de vocês. Tenho até uns exemplos de utilização dela em nossa área:

- Librarians

http://librarians.ning.com/
Reúne bibliotecários de várias partes do mundo

- Biblioteca Comunitária Profº Waldir de Souza Lima (localizada em Itu - SP)

http://comunateca.ning.com/Obs.: é interessante como eles descrevem o espaço: "Mais que um mero “depósito de livros”, o espaço caminha no sentido da democratização da informação e da cultura, refletindo a diversidade cultural brasileira".

Espero que as pessoas se animem a aderir também!
http://www.bv.sp.gov.br
http://twitter.com/bvsp

De: Alexandre Berbe
Para: bibamigos@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Março de 2009 9:49:41
Assunto: Re: [bibamigos] Rede Social_Bibliotecas PMSP

Tem uma ferramenta bem legal, e gratuita, chamada Ning (http://www.ning. com
).
Com ela, é possível criar comunidades virtuais com temas específicos que
pode ser utilizado por qualquer usuário.

software livre para Bibliotecas

Convite para que vocês conhecessem o ABCD, novo softwares livre desenvolvido pela BIREME, a fim de antender todos os serviços de uma biblioteca.
Vocês podem conhecê-lo melhor em http://abcdbrasil.org

Armazenagem e manuseio de livros

http://www.scribd.com/doc/6863019/Apostila-de-restauracao-de-Livros

http://www.arqsp.org.br/biblioconservpapel.htm

http://143.106.151.46/cpba/pdf_cadtec/1_9.pdf

53 apostilas sobre conservação e preservação de materiais

Minhas Citações

Caros, gostaria de divulgar para vocês um projeto que venho desenvolvendo junto de minha Graduação em Biblioteconomia na ECA/USP.
 
Projeto: Minhas Citações
Endereço: www.minhascitacoes.org ou www.minhascitacoes.com.br
 
O projeto Minhas Citações é uma base de dados de acesso on-line, livre e gratuito, onde os usuários cadastrados podem armazenar seus registros de leitura, visualizá-los e recuperá-los por meio de qualquer computador conectado à Internet. Alguns amigos e professores das universidades como, por exemplo, em Santa Catarina, Sorocaba, Minas Gerais, e profs. da própria USP, estão indicando esse serviço aos seus alunos como uma forma de organizar os registros individuais de leitura. Esse trabalho foi apresentado no SNBU2008. No site do projeto é possível ler o artigo produzido.
 
Divulgo para vocês, pois realizei algumas modificações na versão anterior.
 
- Alteração de servidor. Agora temos mais espaço e melhor segurança de dados;
 
- Inserção de duas novas tipologias documentais: Trabalho Acadêmico e Documento Eletrônico (Páginas na internet);
 
- Campo individual para inserção de comentários nas citações;
 
- TAG's (ou Palavras-chave) individuais. Agora cada usuário pode administrar (inserir, editar e apagar) suas Tags.
 
- Administração de Dados Cadastrais, bem como cancelamento de conta (Deletar usuário);
 
- Visualização de registros, na área de inserção, dos últimos para os primeiros;
 
- Outros bugs resolvidos.
 
Grato
Leonardo Assis
leonardoassis@usp.br
www.minhascitacoes.org/leonardoassis (Blog)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Dia Internacional da Mullher

Lei do Caminhão de Lixo

Lei do Caminhão de Lixo
> >
> > Um dia peguei um taxi e fomos direto para o aeroporto.
> > Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
> > O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
> > O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.
> > O motorista do taxi apenas sorriu e acenou para o cara.
> > E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.
> > Assim eu perguntei: 'Porque você fez isto?
> > Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'
> > Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo 'A Lei
> > do Caminhão de Lixo".
> > Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. A medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente.
> > Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.
> > O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar de manhã com remorso, assim... Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.
> > A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a
> > maneira como você a recebe!
> > Tenha um bom dia, livre de lixo!

terça-feira, 3 de março de 2009

 DISSERTAÇÃO DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO

"O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua dissertação de > mestrado da
invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são seres invisíveis, sem nome. Em sua dissertação de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência a 'invisibilidade
pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à
divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o
latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se rguntasse: E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida.. Eu fiz
todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou? Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque
ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles,freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele
existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
>Respeito: passe adiante!

Tabuleiro do Conhecimento 3M

O site da 3M para bibliotecários e profissionais da informação é bem interessante.

Vale a pena conhecer (www.3m.com.br/bibliotecas).

REFLEXÕES ANGUSTIADAS SOBRE A CATALOGAÇÃO

REFLEXÕES ANGUSTIADAS SOBRE A CATALOGAÇÃO
[ Fevereiro/2009 ]
Publicado em: InfoHome (http://www.ofaj.com.br/textos_conteudo.php?cod=225)
Eliane Serrão Alves Mey
Acabei de ler há uns quinze dias um belíssimo livro intitulado “As cruzadas vistas pelos árabes”, de Amin Maalouf (1). Além de uma obra fundamentada em textos históricos, a narrativa flui suave e bem escrita pelas mãos do autor. Fica-nos da leitura a impressão de que os ocidentais conseguiram estabelecer-se em parte do Oriente Médio, durante dois séculos na Idade Média, pela absoluta desunião entre os povos árabes. Fanatismo de um lado, brigas de poder o mais das vezes e ganância de todos permitiram que etnias mais despreparadas e incultas, como os franceses, ingleses e outros europeus medievais, dominassem civilizações mais antigas e detentoras de muito maior conhecimento. Tais fatos literariamente retratados, com as devidas proporções, remetem à Biblioteconomia e em especial à área da Representação em nosso país. 
Na catalogação brasileira de hoje, vivemos um momento de fanatismo, disputas de poder e alguma ganância, o que sempre, historicamente, redunda em perda para todos. Bibliotecários carentes de uma identidade profissional (2) catalogadores sem identidade e com muitas crenças diferentes, até mesmo opostas, debatem a catalogação e entre si. Há anos Gorman (1975)(3) já levantava o problema, em texto referente ao de Osborn (1941)(4), distinguindo quatro tipos de catalogadores (não necessariamente nesta ordem): o decadente, o piedoso, o mecanicista inflexível e o funcionalista. Vale relembrá-los.
O decadente, ou perfeccionista da representação, para nossa sorte, encontra-se em vias de extinção (nada a ver com a poluição ambiental, porém com a documental). O acúmulo e a diversidade de registros do conhecimento não mais permitem que qualquer ser catalográfico se perca em minúcias da descrição bibliográfica. Nem mesmo os catálogos mais automatizados e bem feitos do mundo atingem a perfeição.
O piedoso é aquele nosso sobejamente conhecido, cujo texto sagrado são as AACR2 (5). Segundo Gorman: “Há evidências convincentes de que a catalogação seja uma forma de religião para algumas pessoas”. Agora, devido a novas tendências, mudará automaticamente para o código RDA (6), porém continuará a inclinar-se e a genufletir sempre para o norte, em direção à ALA (7) e à Library of Congress dos Estados Unidos da América do Norte (que participa ativamente da elaboração dos códigos para língua inglesa, mas também cria suas próprias regras e interpretações).
O mecanicista inflexível, se algum dia foi um catalogador, hoje freudianamente se projeta como um analista de sistemas. Existe um momento ainda a ser pesquisado na Biblioteconomia (pelo menos na nossa), em que os bibliotecários chegam ao nível mais baixo de auto-estima, considerando-se menores do que os analistas de sistemas, os engenheiros, os economistas, os professores de Letras e Lingüística, os jornalistas, enfim, de que quaisquer uns não bibliotecários. E o catalogador mecanicista inflexível acreditou, tão fanaticamente quanto o piedoso e seu código, que a máquina resolveria todos os problemas e que um novo “sistema de informações”, um novo “software”, um novo “banco de dados” foi, é e será sempre a solução de todos os registros do conhecimento acumulados à espera da fada com sua varinha mágica. Todavia, a fada há muito se desencantou; e a varinha mágica, quiçá transformada em computador mágico, tornou-se a vassoura da bruxa, que leva os seres, os registros do conhecimento e os catálogos a se tornarem perdidos no ciberespaço. Volto já ao tema, objeto central desta reflexão um tanto cáustica e muito angustiada, porém de coração aberto.
O funcionalista do qual falava Gorman, ah! este também não mais existe. Extinguiu-se por falta de espaço no meio biblioteconômico. Resolver problemas, administrar bibliotecas, atender seu usuário da melhor forma possível, buscar novos usuários? Não. Precisamos fazer estatísticas, demonstrar custos-benefícios, desenvolver estudos de usuários (na verdade, estudos de uso de coleções existentes), comprar menos, gastar menos, usar estratégias mercadológicas, atrair “clientes”, gerir “informações” (e até conhecimentos, dizem alguns!), enfim, gerenciar uma biblioteca como se fosse uma empresa lubrificada e lucrativa. Não há lugar para funcionalistas, nem para idealistas. Estes, definitivamente, se não se aposentaram, foram enterrados vivos, menosprezados pelos demais como sendo “apenas bibliotecários”.
Se a isso chegamos a ponto de perdermos nossa identidade, sem sabermos o que somos e a que viemos, alguns grupos de estudos, no Brasil e no exterior, preocupam-se com o tema e, provavelmente, porque educação se faz a longo prazo, esperam-se novas gerações que compreendam a Biblioteconomia em todo seu valor e potencial.
Minha preocupação maior se volta à catalogação, não por ela em si mesma, porque vai  relativamente bem e renovada, obrigada; mas por seu papel e pelo que perderemos irreversivelmente a continuarmos no caminho ora trilhado.
Uma digressão necessária: sou bibliotecária e professora de biblioteconomia (precisamente catalogação), agora aposentada, nos últimos trinta anos. Cansei de ser chamada de “referencial teórico”, porque na verdade só escrevi dois textos realmente teóricos na área de catalogação: minha dissertação de mestrado que, graças à pessoa e orientadora maravilhosa Profa. Cordélia Robalinho Cavalcanti, saiu melhor que a encomenda; e algumas (poucas) partes da minha tese de doutorado, das quais gosto particularmente. Da segunda derivaram-se dois artigos teóricos, que acredito serem praticamente desconhecidos. Todos os outros trabalhos se dirigem à graduação, ao ensino de catalogação, sem maiores pretensões. Sinto-me triste quando me citam com relação a esses textos menores, porque significa que não consegui, absolutamente, passar minha mensagem. Ensinei o que pude e pensava, mas não convenci ninguém (exceto uns dois ou três, que não chegam aos cinco dedos de uma das mãos). E, cada vez mais, nisso acredito e disso me apercebo. Agora aposentada, sinto-me livre para os desabafos e para escrever o que penso. (Sempre podem dizer que fiquei “gagá”.)
Primeiro, a guerra entre clãs, semelhante àquelas guerras árabes ao tempo das cruzadas. Fulano pode traduzir o código, Beltrano não pode; Cicrano faz isso ou fez aquilo e assim por diante. Tal pessoa, ao despender seu tempo traduzindo um texto para uso geral, cometeu um lapso “na quarta palavra da terceira linha do vigésimo parágrafo” e, com isso, “a tradução não é digna de confiança”. E vão por aí afora as críticas, as picuinhas, as mediocridades e, em conseqüência, nada avança; seja pela crítica, seja pelo medo de ser criticado. Os clãs nunca se juntam para um objetivo comum. Em resumo, os FRBR estão disponíveis e em uso há dez anos, as ISBDs há mais de trinta e... não existem traduções em português do Brasil. As AACR2 saíram em 1978, constantemente atualizadas, e a tradução brasileira, apenas em 1983-1985. Depois das mudanças de 1988, nossa edição só veio a público em 2004, baseada no texto de 2002. Andamos sempre atrás da carruagem, sem sequer pensar nas necessárias adequações ao contexto brasileiro. Aí vem a segunda guerra: o código precisa ser traduzido e entendido “ipsis litteris” e “ipsis verbis”. Não importa o uso no Brasil, mesmo que fruto de acordos (o Brasil sempre está em apêndice ou nota de rodapé).
Não bastassem as guerras entre os clãs de catalogadores fiéis e piedosos, iniciam-se as sublevações locais: “uso o código, com adaptações”, “uso o código, mas com referências bibliográficas”; “não uso o código, porque não gosto dele”; “não uso o código, porque meu sistema não permite” (como se nos dias de hoje isto fosse admissível); “uso o código, mas com as restrições do meu sistema”; ou a melhor de todas: “não uso o código, porque não atende ao meu usuário”.  É preciso dizer que: se seu sistema não permite, exige adaptações, cria restrição, seu sistema é que não serve. Não há essa de adaptações, referências bibliográficas e assemelhados. Apenas quem desconhece o código e todas as outras normas internacionais se permite aquelas assertivas. Se conhecesse, saberia que existe um elenco mínimo de informações para identificação do registro do conhecimento e um elenco mínimo de informações para recuperação por meio de pontos de acesso. Cada um escolhe o tamanho de seu registro. Porém, como em todas as linguagens, inclusive as de automação, existe uma semântica e uma sintaxe. Isso faz lembrar a música de Noel Rosa:
“você que atende ao apito de uma chaminé de barro”, por que não atende ao grito tão aflito da buzina do meu carro?”
Pois é, todo mundo atende ao apito de seu micro, com todas as sintaxes exigidas no mais conversacional dos programas; porém, ao grito aflito da sintaxe catalográfica, essas mesmas pessoas nada ouvem e se recusam a atender!
E agora chegamos ao problema maior: a mania, desde a década de 1970 (aliás, acho que isso é moda ainda dos anos 70, como se esses anos nos trouxessem boas lembranças), de cada um desenvolver seu sistema! Pensei que o surto epidêmico tivesse acabado, que as pessoas finalmente percebessem que o melhor sistema é aquele em que se pode cooperar com seus iguais, seja em áreas multidisciplinares, seja em áreas especializadas. Qual o melhor sistema para Medicina? Aquele que permite o diálogo com a BIREME, a OMS, a OPAS, outras bibliotecas/centros de informação latino-americanos na área de saúde e, até, com a National Library of Medicine. Qual o melhor sistema para bibliotecas universitárias? Aquele que permite dialogar, trocar figurinhas (isto é, registros bibliográficos), com o maior número possível de outras bibliotecas universitárias. E para bibliotecas públicas e escolares? O sistema gratuito da Biblioteca Nacional, pelo volume e atualidade dos registros bibliográficos brasileiros da BN. E para as Bibliotecas Nacionais? Os sistemas das próprias Bibliotecas Nacionais. Não há cabimento algum em desenvolver sistemas novos para algo que já existe e está gratuitamente disponível!!!
Não tenho nada contra todos os profissionais bibliotecários empreendedores ganharem rios de dinheiro em consultorias diversas. Consultem à vontade, ganhem muito, valorizem a profissão, organizando acervos com sistemas já existentes. Parece um pouco tarde para reinventar a roda e um pouco cedo para criação de novos paradigmas por quem desconhece a área.
Por favor, queiram ter a gentileza de raciocinar: por que gastar novamente dinheiro público, que já foi gasto, para constituir um novo sistema, certamente imperfeito como o são todos os outros? Por que gastar dinheiro público com recatalogações muitas vezes pessimamente realizadas e intermináveis, se estas já se encontram prontas e disponíveis na internet? Não entendo e não posso avalizar tais idiossincrasias.
E é por tudo isso que não me considero “referencial teórico”. Sou apenas uma bibliotecária velhota aposentada, enquanto todos aqueles que conviveram comigo continuarem a desenvolver e a vender “novos sistemas”. Uma circunstância deprimente.
Para revertê-la, basta uma única iniciativa: COOPERAR. (Bom, na verdade duas: também acalmar as pulsões egotistas). Cooperação, mais do que uma atividade, é um pensamento, uma reflexão, uma atitude. E isso é o que importa, no fim de tudo.

NOTAS

(1) MAALOUF, Amin. As cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, 2007._
(2) Um dos mais importantes sobre o tema:
Oliveira, Zita Catarina Prates de. O bibliotecário e sua auto-imagem. São Paulo: Pioneira, 1983. 98 p.
Entre os mais recentes, selecionaram-se apenas três sobre a questão da identidade, entre muitos de literatura significativa:

WALTER, Maria Tereza M. T. Bibliotecários no Brasil: representações da profissão.  2008. Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de Ciência da Informação e Documentação, 2008. Disponível em: < http://bdtd2.ibict.br/index.php?option=com_wrapper&Itemid=40 >. Acesso em: nov. 2008.
SOUZA, Francisco das Chagas de. O ensino de biblioteconomia no Brasil e aspectos de sua dimensão curricular: um exame dos ditos e não ditos na coleção documentos ABEBD. In: ENANCIB, 9., 2008, São Paulo. [Anais]. Disponível em: < >. Acesso em: nov. 2008.

GUIMARAES, J. A. C. (Org.) ; FUJITA, Mariângela Spotti Lopes (Org.) . Ensino e pesquisa em Biblioteconomia no Brasil: a emergencia de um novo olhar. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2008. 264 p.

(3) GORMAN, Michael. Osborn revisited, or, The catalog in crisis; or, Four catalogers, only one of whom shall save us. American Libraries, v. 6, n. 10, Nov. 1975.
(4) OSBORN, Andrew D. The crisis in cataloging. In: CARPENTER, M.; SVENONIUS, E. (eds.). Foundations of cataloging. Littleton: Libraries Unlimited, 1985. p. 92-103.
(5) AACR2: Anglo-American cataloguing rules.
(6) RDA: Resource description and access. Volto ao tema em texto próprio.
(7) ALA: American Library Association. Editora e detentora dos direitos autorais dos códigos anglo-americanos._
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Eliane Serrão Alves Mey ( elimey@ufscar.br ) - Graduação em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília (1978), mestrado em Ciências da Informação pela Universidade de Brasília (1986) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é professora adjunta aposentada da Universidade Federal de São Carlos. Publicou seis livros, vários artigos em periódicos nacionais e internacional, assim como apresentações em congressos nacionais e internacionais, o último na Índia em dezembro de 2008.
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Grupo de Estudos e Pesquisas em Catalogação
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segunda-feira, 2 de março de 2009

Para quem gosta de ler

http://www.skoob.com.br/
Site muito bom, com resenha de livros e um amigo me indicou. Já me cadastrei.