segunda-feira, 14 de outubro de 2019

UNOCHAPECÓ Oferece Curso On-line de Catalogação

A Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), em Santa Catarina recebe até o dia 15 de outubro inscrições para o curso de extensão on-line “Fundamentos da Catalogação”. Leia mais: http://bit.ly/cursocatalogacao A formação tem carga horária de 30 horas, conteúdo voltado para revisar os conceitos e práticas inerentes à catalogação e disponibilização de material didático. O valor de inscrição é R$97,00. Clique aqui para conferir o programa do curso.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Universalização das Bibliotecas é Desafio

As Bibliotecas são importantes parceiras da sala de aula por funcionarem como aliadas na disseminação de conhecimento, principalmente, no processo de aprendizagem escolar. Desde 2010, a Lei 12.244 determina a obrigatoriedade de Bibliotecas em todas as instituições de ensino até 2020, situação longe de se concretizar. O próximo ano é data limite para as escolas se adequarem à disposição legal que definiu a Biblioteca escolar como “a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados à consulta, pesquisa, estudo ou leitura”. Em primeiro lugar, a proposta reforça a precariedade do cenário real das Bibliotecas escolares, destoando dos dados do Grupo de Trabalho instituído pelo MEC/FNDE, apresentando a proposta de resolução, estabelecendo os parâmetros mínimos para estruturação e o funcionamento. As Bibliotecas escolares extrapolam a noção de acervo e representam canais focados em diálogo e construção do conhecimento, adequados ao ambiente de informação. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que grande parte da população brasileira não possui um local apropriado que estimule a leitura. Como se não bastasse, o Brasil possui apenas uma Biblioteca pública para cada 30 mil habitantes do total de 7.166 cadastradas pelo Sistema Nacional de Bibliotecas do Ministério da Cultura. O Brasil precisa construir 64 mil Bibliotecas escolares até 2020. Os dados divulgados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019 revelam que 45,7% das escolas públicas de ensino básico contam com Bibliotecas ou salas de leituras. O levantamento do Todos Pela Educação, em parceria com a Editora Moderna, mostrou que apenas 14,1% das crianças do grupo de nível socioeconômico muito baixo possuem nível suficiente de alfabetização em leitura. A situação reforça a importância das Bibliotecas nas escolas, já que os livros contribuem para a formação intelectual, principalmente, entre as crianças em processo de alfabetização. Ao analisar os recursos de infraestrutura disponíveis nas escolas, a pesquisa identificou que 48% das escolas de ensino fundamental têm bibliotecas e/ou salas de leitura (só Bibliotecas 27,3% e só salas de leitura, 14,5%). Já, no Ensino Médio, esse número pula para 85,7% (só Bibliotecas 53,8%; só salas de leitura 20,6% e salas de leitura e Bibliotecas, 11,3%). Nas escolas de Ensino Integral, por sua vez, 53,1% dispõem de Bibliotecas e/ou salas de leitura. O Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª região (MG/ES) participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o processo de implantação da Lei, dia 5 de dezembro de 2018. A entidade defendeu os direitos de estudantes e profissionais escolares a um equipamento de qualidade, propiciando o acesso à arte, à reflexão e à arte humana registrada em suportes físicos e/ou digitais, portanto, uma Biblioteca escolar que, verdadeiramente, contribua para a formação da geração presente e futura. Um suposto desinteresse dos brasileiros pela leitura é apresentado no estudo Retratos da Leitura do Pró Livro, sendo que 44% da população não têm hábito de ler e 30% nunca compraram um livro sequer. O acesso gratuito a acervo e serviços de Bibliotecas poderia suprir as lacunas sociais e econômicas em relação à educação, formação e cultura. Nenhum país contemporâneo sério chegou à evolução de sua sociedade sem investir em educação, cultura e conhecimento em geral, nem em Bibliotecas públicas e escolares, em particular. O investimento é uma forma segura e inteligente de melhorar o futuro. Os pesquisadores demonstram que a universalização das Bibliotecas públicas e escolares é um passo fundamental para apoiar a erradicação do analfabetismo e a eliminação do analfabetismo funcional. A leitura e, mais ainda, o acesso à literatura, com suas diversas possibilidades de temas e formas, é uma janela incomensurável para o enriquecimento pessoal e social, para a formação permanente e, até, para buscas de soluções mais concretas. A leitura tem sido usada, inclusive, como coadjuvante em tratamentos de questões emocionais. A Biblioteca escolar costuma ser o primeiro contato de grande parte das crianças brasileiras com o livro. O momento de início da alfabetização define a relação do estudante com a leitura, literatura e com o simples ato de estudar e aprender durante a vida. Ou seja, uma biblioteca escolar aberta é também uma porta para o futuro. Artigo de Marília Paiva, presidenta do Conselho Regional de Biblioteconomia – 6ª Região (MG/ES) Publicado no Jornal e Portal Estado de Minas (21/7). -----------------------------------------------------------------------------------------

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Uma lição que vem dos Bálcãs: jogar é bom!

Uma lição que vem dos Bálcãs: jogar é bom! Publicado em 16 de agosto de 2019 por SisEB Foto: O lituano Eugenijus Stratilatovas palestra durante o Seminário Internacional Biblioteca Viva (Equipe SP Leituras) “Se você perguntar ao público o que é biblioteca, ele vai responder, na sua maioria, que é um lugar apenas de livros”, disse, com perplexidade, o lituano Eugenijus Stratilatovas no início da sua palestra sobre “Videogames e ambientes interativos em bibliotecas: por que precisamos deles?” na 11ª edição do Seminário Internacional Biblioteca Viva. Na Lituânia ainda existem bibliotecários que acham que este não é um lugar para jogos, porque eles viciam as crianças e não são úteis. E muito mais gente pensa como os lituanos e associa bibliotecas exclusivamente aos livros. Dito isso, o palestrante, vindo de um país bem pequeno se comparado ao Brasil, localizado ao norte da Europa, no Mar Báltico, tratou de explicar – e exemplificar com o caso da própria Lituânia – por que a tecnologia, os videogames e os ambientes interativos são necessários e grandes aliados das bibliotecas. “Precisamos deles simplesmente porque trazem conhecimento, embora muitos de nós ainda consideram que exclusivamente os livros são este lugar”, disse Stratilatovas, que contou com mediação de Luiz Ojima Sakuda, da consultoria da área de jogos digitais Homo Ludens. De acordo com esta nova agenda das bibliotecas, o conhecimento vem dos livros, claro. Mas não apenas deles. Somos capazes de aprender a partir da prática contínua. “É por isso que as bibliotecas têm que ter espaços “maker ” – importantes na educação e na pedagogia”, diz o palestrante. Crianças com dificuldades na escola se interessam e têm bom desempenho nas oficinas. E as bibliotecas podem ser um local para as pessoas se sentirem bem. Mas por que então incluir jogos? Porque a inteligência, além do que já foi aprendido nos livros e nas escolas, tem a capacidade de aprender coisas novas. “Na biblioteca, para continuar aprendendo, há necessidade de que esse espaço desempenhe o papel completo do conhecimento, fazendo as duas coisas”, diz Stratilatovas. Assim, jogar ou participar de oficinas é aprender lições que estão fora dos livros. Na Lituânia, as bibliotecas têm incluído, gradativamente, atividades que vão muito além da leitura como maratonas de jogos (game jam), concertos de música, feiras de livros, experiências de realidade virtual. Os jogos são tão atraentes, diz Stratilatovas, porque possibilitam vivenciar o personagem, dão a sensação de conquista, significado, de sentir-se pertencente a um grupo e, ainda, a sensação de competência e autonomia. A discussão vai ficando complexa, mas Stratilatovas diz que o ideal é simplificar o processo. “Faz mais sentido criar jogos com os usuários e não para eles! Não é preciso criar algo milionário, mas atrai-los para a biblioteca – a experiência poderá ser divertida”, pondera o palestrante. Ele sugere começar com jogos com menor desenvolvimento, que possibilitem conexões com a cultura, seja ela dos livros ou das imagens. Nessa tentativa de criar relações horizontais, não deve haver diferença entre os criadores dos jogos e o bibliotecário. Ele fornece ferramentas que podem ser um computador, um jogo de peças para montar ou um martelo e auxilia com instruções, favorecendo um ambiente seguro onde todos podem experimentar e errar. Este é o verdadeiro convite para entrar em uma biblioteca. …………………………………………………………………………………………………………………………………………….. O caso da Lituânia – virando o jogo Stratilatovas carrega a experiência de ter gerenciado um dos maiores projetos de inovação social da Lituânia, “Libraries for Innovation 2”, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. Este plano mudou a forma de pensar o desenvolvimento de serviços centrados no usuário em 57 bibliotecas municipais do país que tem população de 2,8 milhões de habitantes. O ponto de partida para a transformação das bibliotecas de seu país aconteceu em 2015 e começou com indagações aos diretores de bibliotecas, usuários e não-usuários. Os líderes não consideravam como seu o problema da escassez de público. Argumentavam, explica o palestrante, que havia um problema social, com muita gente jovem imigrando para outros países da Europa em busca de oportunidades, ou recursos financeiros insuficientes. “Eles pensavam que sabiam das necessidades e dos desejos da comunidade. E quando a gente perguntava para eles se tinham parceiros, se ter parcerias é algo útil, algo necessário para as bibliotecas…isso parecia controverso – Por que um banco iria querer formar uma parceria com uma biblioteca? E os políticos, por que se interessariam por uma relação assim? ” As pesquisas de usuários nortearam as mudanças, que partiram de sugestões da própria comunidade. Então, o projeto foi estruturado com base em quatro pilares válidos para todas as bibliotecas do país e ajustáveis às particularidades dos territórios. Leia abaixo os comentários de Stratilatovas: Contexto: Em primeiro lugar, o projeto precisa ser importante para a biblioteca. Temos que entender em que contexto a biblioteca está – porque as bibliotecas não estão sempre no mesmo contexto. Pertencimento/propriedade: Um segundo ponto é que queremos que as bibliotecas sintam que este é um projeto delas e não algo que lhes foi entregue sem que a biblioteca sequer precisasse. Um exemplo que ilustra bem a ideia é daqueles casos em que projetos envolvendo fundações e o governo entregam computadores e outros equipamentos para as bibliotecas e eles ficam guardados num canto ou na sala do diretor. Basicamente significa que as bibliotecas não sabem o que fazer com aquilo. Acesso: Precisamos tratar do acesso à informação e ao conhecimento. Essa é uma responsabilidade também das bibliotecas. Sustentabilidade: É uma palavra coringa, da moda, mas a ideia é que precisamos considerar a durabilidade do que estamos propondo. Qual será seu efeito em 10 anos? A natureza é sustentável. As empresas também precisam ser sustentáveis para sobreviver.

Softwares de Automação de Bibliotecas

Os sistemas ou softwares de automação de bibliotecas são ferramentas essenciais para administração dos serviços prestados por bibliotecas. Objetivos Os sistemas de automação de bibliotecas têm por objetivo a manutenção, o desenvolvimento e o controle do acervo. Oferecem, geralmente, um catálogo em linha de acesso público pré-programado, que pode ser adequado às necessidades específicas da biblioteca. Bibliotecas em cooperação As bibliotecas participam há muitos anos de empreendimentos cooperativos, ou redes e consórcios, com o objetivo de intercâmbio de registros catalográficos, fornecimento de documentos impressos ou empréstimo inter bibliotecário. Projeto de Automação de Bibliotecas O projeto de automação deve prever o levantamento de informações relativas aos software disponíveis e o agendamento, com as empresas, para a demonstração destes software. Pré-requisitos Um sistema de gerenciamento de bibliotecas necessita de uma rede local que interligue as estações de trabalho distribuídas nos diversos setores da biblioteca Softwares proprietários Aleph Arches Lib BiblioBase BNWeb Dixi GIB GIZ Biblioteca Informa Pergamum Sábio Siabi Sophia Softwares Livres Evergreen GNUTeca Koha NewGenLib PHL

SEIS FILMES SOBRE LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS PARA ASSISTIR NO NETFLIX

Para os amantes dos livros, da leitura e das bibliotecas alguns filmes disponíveis no catálogo do Netflix são interessantes para uma imersão nestes temas. Pensando nisso, a Biblioo preparou uma lista com sete título para você assistir durante o feriadão. Confira: 1. O menino que descobriu o vento Existe algo fundamentalmente contraditório no costume de identificar casos excepcionais dentro da sociedade e utilizá-los como modelos que qualquer um poderia seguir. William Kamkwamba (Maxwell Simba) foi um garoto inteligentíssimo, autodidata, que descobriu um método de criar energia eólica no meio das terras secas do Malawi, de modo a garantir a irrigação das colheitas e a sobrevivência de uma população faminta. O diretor Chiwetel Ejiofor faz deste caso real um exemplo sobre a importância dos estudos, [e dos livros e das bibliotecas] da ecologia, de políticas humanitárias e do senso de comunidade. Em outras palavras, o garoto é instrumentalizado para caber dentro do formato narrativo e moral de uma fábula. Ele jamais representa a si mesmo, e sim algo muito maior: a importância das escolas, da união, da luta contra as opressões, do respeito ao próximo etc. Por esta razão, a história se transforma num grande tratado de valores morais que o diretor acredita serem necessários a todas as pessoas. […] O artista também acredita na necessidade da informação, tratando de explicar, aos olhos europeus e americanos, as consequências da miséria e da corrupção nos países africanos (Bruno Carmelo, Adoro Cinema). 2. A garota do livro Alice Harvey, de 28 anos, é assistente de uma editora de livros, que sonha em ser escritora. Filha de um poderoso agente literário de Nova York, ela vai ser obrigada a enfrentar dolorosos acontecimentos de seu passado ao ser convidada para trabalhar no lançamento de um livro de Milan Daneker, um antigo cliente de seu pai, que a abusou sexualmente quando está tinha apenas 14 anos (Netflix). 3. A livraria A história de “A Livraria” centra-se na trajetória de Florence Green — interpretada por Emily Mortimer, indicada ao Goya de Melhor Atriz —, uma mulher gentil e otimista que decide abrir uma livraria numa pequena cidade costeira da Inglaterra, no final da década de 1950. Viúva há vários anos, tendo perdido o marido na Segunda Guerra Mundial, Florence acredita que quando lemos uma história “nós a habitamos. As capas dos livros são como telhado e quatro paredes: um livro é uma casa”. E é exatamente sua própria casa, transformada em livraria e chamada de Old House pela comunidade, que vai desencadear os eventos que farão de “A Livraria” mais do que uma pacata história de empreendedorismo. Apesar dos temores iniciais, o comércio prospera. Embora com certo estranhamento, os habitantes da vila acabam se aventurando timidamente pelo mundo das letras. Não demora para que Florence aprenda que ficção e ensaios vendem mais do que poesia. O lucro é suficiente para manter o sonho (Ademir Luiz, Revista Bula). 4. A sociedade literária e a torta da casca de batata Inspirado no romance escrito por Annie Barrows e Mary Ann Shaffer (esta última, falecida em 2008), o filme “A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” (original The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society), um nome longo e carregado de certa dose de humor, foi lançado no ano passado pelo Netflix e já conta com a aprovação do público. A história é simples: em meio a uma crise criativa, a escritora Juliet Ashton (Lily James) recebe uma inesperada carta do fazendeiro Dawsey (Michiel Huisman), relatando como um livro o ajudou a passar pelos tortuosos dias de guerra. Intrigada com a missiva e com a existência de uma sociedade literária que carrega o nome de um alimento, Juliet conta com a colaboração de seu editor Sidney (vivido pelo excelente ator Matthew Goode, mas que ficou completamente obliterado no longa) e do noivo diplomata Mark (Glen Powell) e parte para Guernsey, uma das Ilhas do Canal tomada pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (Mara Vanessa, Biblioo). 5. O mestre dos gênios Baseado na biografia vencedora do National Book Awards Max Perkins: Editor of Genius, escrita por A. Scott Berg, o filme relata a história real da relação de amizade entre o gigante literário Thomas Wolfe (Jude Law) e o renomado editor literário Max Perkins (Colin Firth). Ao encontrar fama e sucesso de crítica ainda jovem, Wolfe é um talento em chamas com uma personalidade difícil de lidar. Perkins é um dos mais respeitados e conhecidos editores de todos os tempos, sendo o responsável por descobrir romancistas icônicos como F. Scott Fitzgerald (Guy Pearce) e Ernest Hemingway (Dominic West) (Guia da Semana). 6. Um sonho de liberdade Andy é um homem de negócios bem sucedido, traído pela esposa e acusado injustamente por um crime que não condiz com seu caráter. É reservado, conhece suas forças e sabe como usá-las, especialmente quando enfrenta adversidades. Ele cria uma vida com significado mesmo dentro da prisão, conectando-se com as pessoas certas, fazendo favores aos guardas e resolvendo questões financeiras para o diretor em troca de melhores condições para os presos. Andy é otimista, tanto nas pequenas empreitadas como a doação de livros para a biblioteca, como nos grandes projetos como a sua saída da prisão. Red, o melhor amigo de Andy, já teve o pedido de soltura rejeitado muitas vezes e demonstra apatia e pessimismo mas vai mudando à medida que interage com Andy até a sua espetacular fuga, que se torna símbolo do valor da esperança (Cineterapia).

Arquitetura de bibliotecas – edição nacional 2019

https://bsf.org.br/2019/05/27/arquitetura-de-bibliotecas-design-projeto-acessibilidade-2019/ Meu sonho de consumo...

Diretrizes da Ifla Sobre os Serviços da Biblioteca Pública

https://www.ifla.org/files/assets/hq/publications/series/147-pt.pdf As Diretrizes da IFLA sobre os serviços da biblioteca pública constituem um documento de referência para os bibliotecários e outros profissionais do setor. Consciente da sua importância, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, após obtida a necessária autorização da IFLA, procedeu à tradução para a língua portuguesa da 2.ª edição inteiramente revista desta obra, que agora disponibiliza. Nesta edição retificaram-se os endereços URL dos recursos Internet que entretanto haviam sido alterados e, exceto nos casos assinalados, confirmou-se a sua disponibilidade na primeira semana de julho de 2013. Esperamos que este trabalho seja útil para a prossecução de um serviço de biblioteca pública de qualidade.

Procedimentos para higienização de acervos

O que é? A higienização de um acervo é um dos procedimentos mais significativos que há no processo de conservação de materiais bibliográficos. A poeira é a grande inimiga da conservação dos documentos, pois contém partículas de areia que cortam e arranham; fuligem, mofo e inúmeras outras impurezas, atraem umidade e degradam papéis. Além de remover a poeira, sempre que possível, devem ser removidos objetos danosos aos documentos, como grampos, clipes e prendedores metálicos. A higienização corresponde a retirada da poeira e outros resíduos estranhos aos documentos, por meio de técnicas apropriadas. Como deve ser feita? A higienização deve ser feita em intervalos regulares. É importante assinalar que a própria limpeza pode danificar encadernações frágeis que muitas vezes não resistem ao manuseio para limpá-las. Nesse caso, é necessário bom senso para decidir quando os livros e documentos podem e devem ser limpos. Uma vez que a limpeza pode ocasionar danos aos livros e documentos, deve ensinar-se, aos funcionários, técnicas de manuseio além de conscientizá-los da importância dessa tarefa que, por ser tão detalhada e morosa, é freqüentemente adiada ou esquecida; ela deve ser executada de forma cuidadosa: volume a volume ou documento a documento. Procedimentos a) Higienização de livros • Colocar o livro sobre a mesa ou capela. • Passar pincel, trincha ou brocha de maciez adequada suavemente nos cortes. • Passar pincel, trincha ou brocha no cabeceado, de dentro para fora. • Passar pincel ou trincha suavemente na contracapa, nas primeiras e últimas folhas, empurrando a poeira no sentido contrário ao operador. • Limpar página a página, quando o documento apresentar sujidade. • Passar trincha ou pincel bem próximo à costura, pois geralmente é onde há um maior acúmulo de sujidades. • Passar trincha ou pincel sobre a superfície da capa. • Passar uma fralda macia em toda a superfície da capa. • Após a higienização das páginas, deve fazer-se a oxigenação da obra, isto é, folhear a obra várias vezes, o que proporciona a sua aeração. • Se a higienização for periódica, restringir a limpeza às quinze primeiras e às quinze últimas folhas. b) Higienização de processos e documentos textuais • Passar a trincha ou pincel no documento para remover as sujidades superficiais, sempre no sentido contrário ao operador. • Passar o saquinho com pó31 de borracha, se necessário, por toda a superfície do documento em movimentos leves e circulares. • Retirar o pó de borracha com o auxílio da trincha ou pincel. • Se houver dejetos de insetos, restos de alimentos ou outras sujidades, remover com um bisturi, tendo o máximo de cuidado possível. c) Remoção de grampos • Apoiar sobre a mesa o documento grampeado com o verso para cima. • Abrir o grampo, com o auxílio da espátula. • Puxar o grampo com delicadeza, para não rasgar o papel. • Passar a trincha ou pincel no documento, retirando a sujidade de oxidação. • Aplicar o saquinho com pó de borracha, para retirar as manchas de oxidação. d) Remoção de clipes • Apoiar o documento sobre a mesa. • Retirar o clipe, puxando-o com delicadeza no caso de estar oxidado. • Passar a trincha ou pincel no documento, retirando a sujidade da oxidação. • Aplicar o saquinho com o pó de borracha, para retirar as manchas de oxidação.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Site Mapeia Livros mais Usados nas Melhores Universidades do Mundo

O site Open Syllabus Project (OSP) foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA) para reunir o programa de disciplinas das melhores universidades do mundo. Cerca de metade das informações coletadas e organizadas na plataforma é dos Estados Unidos e o restante de outros 79 países. O site analisa as ementas das universidades, pesquisa as obras mais requisitadas pelos professores e segmenta por universidade, área de estudo ou país. Ao clicar no nome de cada uma das 164 mil obras catalogadas, o site exibe informações sobre as disciplinas em que as obras são usadas. O inverso também pode ser feito e a plataforma apresenta os principais livros estudados em cada área do conhecimento. Embora o site não tenha dados de nenhuma universidade brasileira, o 97º título mais indicado no conjunto de todas as disciplinas é “Pedagogia do Oprimido”, obra do educador brasileiro Paulo Freire. Conforme levantamento do Google Schoolar, ferramenta de pesquisa dedicada à literatura acadêmica, em 2016, o livro era o mais citado em trabalhos da área de humanas do mundo. Na Biblioteconomia, as três obras mais recomendadas nas universidades são “Foundations of Library and Information Science”, de Richard Rubin; “Management Basics for Information Professionals”, escrito por G. Edward Evans e Patricia Layzell Ward e “Cataloging and Classification: An Introduction” de Lois Mai Chan. As referências ocupam, respectivamente, a 49º, 43º e 27º posições no ranking geral dos livros catalogados. O portal de notícias Quartz fez um levantamento sobre as obras literárias mais estudadas nas disciplinas de “Inglês”, “Linguagem e Literatura” e “Clássicos” das 30 melhores universidades do mundo. Confira a lista: Frankenstein, de Mary Wollstonecraft Shelley Os Contos de Cantuária, de Geoffrey Chaucer O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald Édipo Rei, de Sophocles Coração das Trevas, de Joseph Conrad Paraíso Perdido, de John Milton A Volta do Parafuso, de Henry James Amada, de Toni Morrison Incidentes na vida de uma garota escravizada, de Harriet Ann Jacobs Ao Farol, de Virginia Woolf Seus Olhos Viam Deus, de Zora Neale Hurston A Odisséia, de Homero Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf Hamlet, de William Shakespeare Huckleberry Finn, de Mark Twain Retrato do Artista quando Jovem, de James Joyce Drácula, de Bram Stoker Homem Invisível, de Ralph Ellison Grandes esperanças, de Charles Dickens Ezra Pound, de T. S. Eliot

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Indexação e catalogação

By ALAMO | Published: 26 DE JULHO DE 2014 A sociedade globalizada, a cada instante requer profissionais aptos e competentes no planejamento e organização de seus recursos. Na atividade bibliotecária essa exigência é intensa quando se trata da recuperação de informação que, em geral, ocorre por meio da indexação e catalogação. A indexação é entendida erroneamente por alguns bibliotecários como operação realizada somente em serviços de informação que possuem bases de dados, essa compreensão torna-se uma falácia quando passamos a analisar a evolução científica e tecnológica ocorrida em todas as áreas do conhecimento, isso fez com que o modo de armazenamento da informação fosse revisto, atingindo significativamente as bibliotecas. A organização da informação na biblioteca compreende as atividades e operações do tratamento da informação, que envolvem o conhecimento teórico e metodológico disponível para a descrição do conteúdo temático da informação. O tratamento temático, diz respeito ao assunto tratado no documento, ou seja, compreende a análise documentária como teoria e metodologia para atingir as atividades de classificação, elaboração de resumos, indexação e catalogação de assunto, considerando as diversas finalidades de recuperação da informação. A distinção entre os processos de catalogação e indexação está na utilização de diferentes linguagens documentárias, onde temos, por exemplo, a lista de cabeçalho de assunto utilizado para a catalogação e os tesauros para indexação, no resultado dos dois processos termos o índice e o catálogo de assunto. Semelhantemente, ambas as práticas objetivam identificar o item e fornecer acesso a ele por diversas formas, inclusive o assunto, quanto as diferenças na catalogação do livro seu conteúdo é tratado no todo e os assuntos são fornecidos em uma escala limitada como, por exemplo, o número de classificação para arranjo nas estantes. Em compensação na indexação a tendência é o detalhamento onde existe mais termos para o acesso por assunto. Apesar dos diferenciais entre catalogação de assunto e indexação, é compreensível que a indexação é o processo que apresenta melhor desempenho na recuperação da informação. A catalogação de assuntos está ligada a construção de catálogos em bibliotecas enquanto a indexação está ligada à construção de índices bibliográficos que produzem base de dados. O bibliotecário, como gestor da informação, deve constantemente aprimorar seus conhecimentos e habilidades gerenciais. O tratamento temático é mais uma habilidade a ser desenvolvida por esse profissional, pois cabe a ele gerir a biblioteca como uma fonte socializadora de informações e agir na mediação entre o usuário e a informação desejada. Fonte: Vértice Books | Cátia Cristina Souza

Leitura e Acessibilidade para Deficientes Visuais

Os livros contribuem para a formação intelectual e pessoal durante toda a vida, mas de modo especial, em relação a crianças em processo de alfabetização. O ideal é que a apresentação da literatura ocorra de forma integral, inclusive envolvendo pessoas com necessidades especiais. O Brasil ainda está longe de se tornar um país de leitores. Conforme o último estudo Retratos da Leitura do Ibope, 44% dos brasileiros não têm o hábito de ler e 30% nunca, sequer, compraram um livro. O que torna esse retrato ainda pior é a falta de acessibilidade a leitores deficientes. De acordo com o IBGE, 23,9% de brasileiros são portadores de algum tipo de deficiência, sendo que 6,6% deles são visuais. Uma biblioteca acessível acolhe o maior e mais diverso público para oferecer o mesmo serviço, independentemente de limitações físicas ou intelectuais. Infelizmente, a falta de investimento ainda resulta na realidade de que são poucas as bibliotecas com obras adaptadas ou aparelhos que possibilitem a leitura e prédios planejados para receberem deficientes físicos. À primeira vista, parece que as mudanças para atender a democratização da literatura são um pouco complexas. Entretanto, as alterações podem ser feitas de forma gradativa, mesmo em caso de recursos financeiros escassos. Além do mais, uma das barreiras mais importantes a se superar são as barreiras comportamentais, que envolvem as reações e as relações com os usuários com deficiência. Para romper essas barreiras a informação e a formação dos mediadores nas bibliotecas são as providências mais importantes, e nem sempre dependem de algum dinheiro. A internet tem algumas videoaulas e contação de histórias em libras que podem auxiliar no atendimento a pessoas com deficiência auditiva e também existem aplicativos, como o Eye-D, possibilitando a leitura de livros para portadores de deficiência visual, além dos já antigos audiolivros (quem se lembra dos disquinhos coloridos de décadas atrás?). Os exemplos são vários, alguns apenas paliativos que podem auxiliar na rotina da biblioteca e não uma solução efetiva. Entretanto, já são um caminho, considerando que o mais importante é todos entenderem a importância da democratização do acesso à cultura escrita, buscado efetivamente minimizar o problema, que não se limita só aos portadores de necessidades especiais, mas os brasileiros em geral. Os obstáculos ainda são muitos para se ampliar o acesso ao livro e a acessibilidade no Brasil, mas não podem e devem ser superados. A leitura é importante para a formação e orientação de qualquer cidadão, pois permite acessar o conhecimento e contribui para uma maior evolução social e aí, sim, secundariamente, melhorar a posição brasileira no ranking mundial de leitores. Artigo de Marília Paiva, presidenta do Conselho Regional de Biblioteconomia – 6ª Região (MG/ES) Publicado no Jornal Estado de Minas (05/7), Hoje em Dia (05/7) e no portal Literalmente Uai (15/7)

quinta-feira, 4 de julho de 2019

O futuro da profissão de bibliotecário

O futuro da profissão de bibliotecário por Moreno Barros Não tem como não assistir a reportagem da Andreza no globo reporter e não se identificar. Afinal, qual não foi o bibliotecário que acordava às 6 pra ir pra facul e voltava meia noite do estágio mal remunerado, comia aquela marmita vez ou outra estragada, mas fazia tudo isso esperançoso e hoje é um profissional com orgulho dessa saga? Não entendi bem se o programa era sobre o futuro do trabalho ou sobre pessoas que precisaram mudar suas rotinas para garantir um salário. Pagando bem, que mal tem? Ou ainda se era sobre o futuro da educação, porque gostar de aprender como requisito para ter espaço no mercado de trabalho até ontem pra mim era somente sinônimo de diploma universitário. De tempo em tempos sai na mídia estudos que indicam que ora a biblioteconomia é uma das profissões mais promissoras para o futuro, ora uma das condenadas a deixar de existir. Eu já fiz minha análise sobre o futuro do nosso trabalho e gosto sempre de acompanhar as taxas de ocupação da profissão. Não sei se o CFB possui esses dados compilados, mas vou chutar que nos últimos 20 anos o número de bibliotecários dobrou, refletindo o aumento no número de escolas de bibliotecas também nesse recorte de tempo. É fácil admitir que a nossa é uma população pequena comparada a outras profissões, mas eu nunca consigo saber ao certo se estamos formando o número adequado de profissionais para a suprir a demanda real de vagas de trabalho, pra mais ou pra menos. Me recordo quando da data de lançamento da lei da universalização das bibliotecas escolares haveria uma demanda reprimida de cerca de 175 mil vagas de bibliotecários referente aos postos em todas as instituições de ensino no país, e uma média de 20 mil profissionais registrados nos CRBs (considerando a relação dos que se aposentam e registram ao longo dos anos). Comparativamente, parece uma relação muito saudável, mas certamente há muitas preocupações sobre o excesso de bibliotecários se formando em um mercado de trabalho saturado, especialmente nas grandes capitais, e a mítica onda de aposentadorias que abriria muitas novas vagas, não parece estar acontecendo na mesma escala (aqui mesmo na firma tem um número grande de gente que já tem idade e tempo de serviço mas que prefere ou precisa continuar trabalhando pra manter a renda). Deve ter até um punhado de graduados que encontram um mercado de trabalho tão hostil que eles voltam para a escola e escrevem dissertações e teses sobre a crise do mercado de trabalho na área de informação. Ou seja, ainda que seja promissora conceitualmente, no mundo real o bibliotecário e outros profissionais estão disputando vaga pra ser entregador do rappi. A outra equação do futuro do trabalho está no futuro da educação. Desafios de outras épocas como a crescente divergência de objetivos entre o curso de biblioteconomia e as necessidades do campo de trabalho, tanto para as habilidades administrativas quanto de administração, continuam os mesmos. Ninguém discorda que não tem como a universidade adequar seus currículos na mesma velocidade que as indústrias alteram suas formas de querer ganhar mais dinheiro. Mas individualmente, se um aluno só vai conseguir obter um pequena fatia de habilidades para o mercado e depois terá que ter contínua "disposição para aprender" então afinal pra que serve a faculdade? Dizer que o profissional do futuro precisa gostar de aprender é tão óbvio quanto o desafio de aplicar um pacote de teorias e conceitos fundamentais, adaptando os conhecimentos adquiridos não só na faculdade, mas durante toda a vida, aos problemas elementares do trabalho remunerado. É uma estratégia bem simples. Mas não vai ter nenhum requisito de vagas de bibliotecários descrito dessa maneira. Então bem, que tal fazer um apanhado das descrições de trabalho oferecidos a bibliotecários e traçar um paralelo com os tópicos oferecidos na formação tradicional nas escolas e em cursos de especialização? Acho que existe uma margem grande hoje pra ter currículos flexíveis e professores/instrutores oferecendo disciplinas a distância, compondo um mega currículo agregado entre todas as escolas de biblioteconomia do país. Mas isso é difícil demais de colocar em prática por conta da burocracia e dos feudos. Eu fico feliz pela Andreza, que teve a sagacidade de ocupar nichos novos, mudar de cidade em busca de melhores oportunidades, que se manteve fiel ao ethos da profissão atualizando a práxis. Ela muito bem representa a classe. Como fazer agora pra replicar esse espírito, sem que ele seja mero fruto do destino individual? Moreno Barros | 4 de julho de 2019 às 15:43 | URL: https://wp.me/p4wHv-2vb

terça-feira, 4 de junho de 2019

Livro “Biblioteconomia e os Ambientes de informação” tem Contribuição de Conselheiro do CRB-6

O Bibliotecário-chefe da Biblioteca Universitária José Carlos Valle de Lima, do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG - Campus Montes Claros e conselheiro suplente, Josiel Santos (CRB-6/2577), escreveu um capítulo do e-book “Biblioteconomia e os Ambientes de Informação”, publicado no último mês pela Editora Atena. A obra aborda os campos interdisciplinares voltados para o processo de análise, coleta, classificação, manipulação, armazenamento, recuperação e disseminação da informação e compreende uma série constituída por dois volumes. Os capítulos desse primeiro volume refletem sobre a aplicabilidade da informação em diversos suportes junto às organizações. O e-book é dividido em “Ação da Biblioteca”; “Atuação Profissional”; “Processo Técnico”; “Automação de Biblioteca” e “Biblioteca Universitária”. Josiel é autor do segundo capítulo sobre a Ação da Biblioteca, intitulado “A Bibliocastia no início do século XXI: faces de uma tragédia”, tratando sobre a destruição de livros e Bibliotecas por desastres naturais, intolerância religiosa, política ou ideológica, focando na supressão da cultura e da memória coletiva, objetivando a manipulação da sociedade, da liberdade de expressão e da diversidade de valores, explica. A obra ganha importância para a Biblioteconomia e a Ciência da Informação com reflexões e subsídios para uma sólida discussão sobre a prática biblioteconômica. “A Biblioteconomia nacional parece ignorar pontos importantes de sua história, podendo ser observado pela ausência de autores brasileiros dedicados ao tema, uma vez que das referências pesquisadas para a elaboração do artigo, somente uma estava em língua portuguesa”, observa. (Crédito: Divulgação) Organizado pela pesquisadora e pós-doutora em Museologia Guilhermina de Melo Terra, o e-book tem de acesso livre, gratuito e sem fins lucrativos. Para leitura on-line ou para fazer o download, acesse o link.

O perigo da censura

O perigo da censura POR FABÍOLA FARIAS | 25 DE MAIO DE 2019 | CULTURA DA INFÂNCIA, FORMAÇÃO DE LEITORES, MERCADO EDITORIAL, POLÊMICAS E REFLEXÕES | Dentre as muitas efemérides em torno do livro, da leitura e das bibliotecas, está o 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, estabelecido pela Lei 10.402/2002, em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, em sua data de nascimento. Embora se apresente apenas como mais uma data comemorativa a ser lembrada em escolas e bibliotecas, com ações festivas que muitas vezes pouco se voltam para o objeto da comemoração, o Dia Nacional do Livro Infantil pode ser tomado como convite para pensar a potência da literatura na formação das crianças, especialmente em sociedades como a nossa, que se empenham em fazer parecer simples o que é complexo, em evidentes tentativas de tutela e ordenamento moral no campo da Cultura. Por enquanto, ainda não voltamos a assistir a queimas de livros em praças públicas, apesar da hipótese não poder ser descartada no atual contexto brasileiro. Mas a inexistência de fogueiras, mais inofensivas porque escancaradamente reprováveis e violentas, não significa muita coisa. O medo dos livros, e de tudo que eles podem oferecer, se reinventa todos os dias, em artimanhas veladas, muitas vezes investidas de valores morais e disciplinares, pouco perceptíveis a olhares desatentos. Nada menos que isso são a onda de denúncias e perseguições a livros de literatura nas escolas brasileiras, pretensamente iniciadas por famílias preocupadas com a reverberação das leituras em suas crianças e adolescentes, e os termos cada vez mais limitadores dos editais de compras públicas de livros para bibliotecas escolares, que interditam temas considerados incômodos. Distinta de situações em que livros são analisados como ofensivos a um grupo ou aos direitos humanos porque suas narrativas e imagens contribuem para a naturalização de imaginários opressores, como vem acontecendo em leituras críticas mais recentes sobre parte da obra lobatiana, a patrulha conservadora se dedica ao apagamento de vozes e narrativas que não compõem o repertório e a visão de mundo de determinados grupos, muitos deles ligados a instituições religiosas e partidos políticos. A reemergência e o recrudescimento de discursos conservadores reverberam diretamente na criação, na produção e no acesso à literatura infantil no país, de diversas maneiras. Em grande medida, escritores, ilustradores e editores são instados a produzir livros que atendam às demandas dos editais governamentais e dos projetos escolares, uma vez que são, Governo e escola, os principais compradores de livros para crianças no Brasil. Mas isso não se restringe às compras com recursos públicos e de livros adotados em escolas, reverberando também no mercado. A reinvenção dos clubes do livro, com empresas que oferecem serviços de venda de títulos infantis por assinatura, é hoje um grande nicho de mercado e uma forma interessante de fortalecimento da circulação de livros de literatura no Brasil, que conta com ínfimo número de livrarias em relação ao seu território e à sua população. Mas iniciativas como essas, que poderiam ser revigorantes para o sistema livresco – a criação, a edição e a circulação de livros – acabam se tornando, em muitos casos, mais uma engrenagem do sistema. Em busca de êxito comercial e de sua sobrevivência financeira, empresas do ramo vêm se adequando ao comportamento conservador brasileiro em voga, priorizando em sua seleção títulos escolhidos por psicólogos e pedagogos, muitas vezes sem formação específica no campo literário, o que pode significar que os critérios que norteiam as escolhas não são prioritariamente artísticos (em recente edital para aquisição de títulos, uma das maiores empresas do ramo estabeleceu que não aceitaria inscrições de livros que “apresentem seres mágicos, como bruxas, fadas e duendes, como temática central na história”, em clara observância a instituições religiosas que proíbem a leitura de livros dessa natureza. O edital foi refeito após intensa manifestação de escritores, ilustradores e editores na imprensa e nas redes sociais). O Dia Nacional do Livro Infantil pode ser apenas mais um momento de festa na escola e de postagens nas redes sociais. Mas pode também extrapolar sua aparente irrelevância e fortalecer o debate público sobre a oferta de livros e a educação literária das crianças no Brasil. Para isso, a primeira questão que se coloca é a razão de ser da literatura, especialmente junto ao público infantil; ou, dito de outra maneira, por que ler literatura com e para as crianças? Embora raramente se dediquem à produção para crianças, muitas vezes considerada menor, a história e a crítica literária acumulam discussões sobre o tema que podem iluminar nossa reflexão. O que nos importa, essencialmente, é pensar nas ofertas que os textos literários podem fazer aos pequenos. As promessas que comumente ouvimos sobre os livros infantis estão, quase sempre, ancoradas em uma concepção prévia e idealizada de infância, que pressupõe padronizações de medos, fantasias, desejos e interesses, inexistentes em sujeitos e grupos sociais concretos. Ainda, em uma percepção dos livros, incluindo os de literatura, como instrumentos de aprendizagem, intrinsecamente vinculados ao desenvolvimento cognitivo, que funcionam como informações adicionais para o incremento da vida escolar. Apesar de não estarem completamente equivocados, estes entendimentos se revelam acanhados frente aos convites da literatura para as crianças. A leitura na infância, especialmente de textos literários, permite que as crianças compreendam a língua como instrumento de fantasia; não aquela que se restringe a dar voz a objetos ou fazer com que humanos voem e transitem livremente entre o passado e o futuro, mas a que cria condições para a imaginação do outro, daquilo que nos parece estranho. Um conto ou um poema muito curto, uma narrativa por imagens, pode convidar uma criança a se colocar em outro tempo, em outro espaço, a experimentar condições de existência, medos, angústias, desejos e esperanças alheios. Apesar de não existir para ensinar, as crianças (e também os adultos) aprendem com a literatura, uma vez que percebem jeitos de estar no mundo, relações de poder e a potência das palavras para comunicar, ordenar, desorganizar e reinventar a vida tal como a conhecemos. E, claro, a leitura e o contato com os livros, objetos de cultura, desde a primeira infância, as ajudam a compreender e a participar da cultura escrita. Assim, mais que facilitar a aprendizagem das letras, as crianças começam a compreender o que significa ler e escrever, mesmo que sem condições para elaborar tal percepção. Compreendida dessa maneira, a educação literária das crianças pode ser tomada como projeto de desenvolvimento humano, nos termos que postula o prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen: ampliação de liberdades. Criar as condições para que as crianças tenham acesso e se apropriem do conhecimento e das narrativas produzidas pela humanidade ao longo do tempo e do espaço, desde a primeira infância, faz parte da construção de tempos mais justos. Livros, bibliotecas, boas escolas, professoras e bibliotecárias bem remuneradas e com formação adequada são muito pouco se considerada a terrível desigualdade socioeconômica em que vivemos, mas são uma possibilidade de compreensão do tempo, do espaço e das relações que vivemos. Ao contrário do que costuma acontecer em momentos de crises econômicas agudas, em que bibliotecas e equipamentos culturais são deixados em segundo plano e até mesmo fechados, é preciso uma resistência intransigente, como fez a alemã Jella Lepman. Viúva, com dois filhos pequenos, fugiu da Alemanha para a Inglaterra para escapar da perseguição e do massacre dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, apesar da resistência e da indignação de seus amigos, Lepman voltou para a Alemanha, com o objetivo de contribuir para a recuperação de mulheres e crianças. Para isso, ela escreveu a escritores, editores, amigos e personalidades de várias partes do mundo, pedindo que enviassem livros. Com um ônibus e poucos livros disponíveis, Lepman passou por vários lugares da Alemanha, lendo para as crianças. Para ela, aquelas histórias as ajudariam a vislumbrar um futuro melhor, a se amparar em meio a tanta destruição e, principalmente, a desejar reconstruir suas vidas, apesar de todo o horror. Esses livros se tornaram a Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, com a maior coleção de livros para crianças e jovens do mundo. Onde falta muito, como na Alemanha do pós-guerra e em tantos lugares do mundo, faltam, especialmente, palavras para dizer da carência, do medo e da desesperança. IMAGEM: ILUSTRAÇÃO DE ROBERTO INNOCENTI PARA O LIVRO DE SUA AUTORIA ROSA BLANCA O perigo da censura Dentre as muitas efemérides em torno do livro, da leitura e das bibliotecas, está o 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, estabelecido pela Lei 10.402/2002, em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, em sua data de nascimento. Embora se apresente apenas como mais uma data comemorativa a ser lembrada em escolas e bibliotecas, com ações festivas que muitas vezes pouco se voltam para o objeto da comemoração, o Dia Nacional do Livro Infantil pode ser tomado como convite para pensar a potência da literatura na formação das crianças, especialmente em sociedades como a nossa, que se empenham em fazer parecer simples o que é complexo, em evidentes tentativas de tutela e ordenamento moral no campo da Cultura. Por enquanto, ainda não voltamos a assistir a queimas de livros em praças públicas, apesar da hipótese não poder ser descartada no atual contexto brasileiro. Mas a inexistência de fogueiras, mais inofensivas porque escancaradamente reprováveis e violentas, não significa muita coisa. O medo dos livros, e de tudo que eles podem oferecer, se reinventa todos os dias, em artimanhas veladas, muitas vezes investidas de valores morais e disciplinares, pouco perceptíveis a olhares desatentos. Nada menos que isso são a onda de denúncias e perseguições a livros de literatura nas escolas brasileiras, pretensamente iniciadas por famílias preocupadas com a reverberação das leituras em suas crianças e adolescentes, e os termos cada vez mais limitadores dos editais de compras públicas de livros para bibliotecas escolares, que interditam temas considerados incômodos. Distinta de situações em que livros são analisados como ofensivos a um grupo ou aos direitos humanos porque suas narrativas e imagens contribuem para a naturalização de imaginários opressores, como vem acontecendo em leituras críticas mais recentes sobre parte da obra lobatiana, a patrulha conservadora se dedica ao apagamento de vozes e narrativas que não compõem o repertório e a visão de mundo de determinados grupos, muitos deles ligados a instituições religiosas e partidos políticos. A reemergência e o recrudescimento de discursos conservadores reverberam diretamente na criação, na produção e no acesso à literatura infantil no país, de diversas maneiras. Em grande medida, escritores, ilustradores e editores são instados a produzir livros que atendam às demandas dos editais governamentais e dos projetos escolares, uma vez que são, Governo e escola, os principais compradores de livros para crianças no Brasil. Mas isso não se restringe às compras com recursos públicos e de livros adotados em escolas, reverberando também no mercado. A reinvenção dos clubes do livro, com empresas que oferecem serviços de venda de títulos infantis por assinatura, é hoje um grande nicho de mercado e uma forma interessante de fortalecimento da circulação de livros de literatura no Brasil, que conta com ínfimo número de livrarias em relação ao seu território e à sua população. Mas iniciativas como essas, que poderiam ser revigorantes para o sistema livresco – a criação, a edição e a circulação de livros – acabam se tornando, em muitos casos, mais uma engrenagem do sistema. Em busca de êxito comercial e de sua sobrevivência financeira, empresas do ramo vêm se adequando ao comportamento conservador brasileiro em voga, priorizando em sua seleção títulos escolhidos por psicólogos e pedagogos, muitas vezes sem formação específica no campo literário, o que pode significar que os critérios que norteiam as escolhas não são prioritariamente artísticos (em recente edital para aquisição de títulos, uma das maiores empresas do ramo estabeleceu que não aceitaria inscrições de livros que “apresentem seres mágicos, como bruxas, fadas e duendes, como temática central na história”, em clara observância a instituições religiosas que proíbem a leitura de livros dessa natureza. O edital foi refeito após intensa manifestação de escritores, ilustradores e editores na imprensa e nas redes sociais). O Dia Nacional do Livro Infantil pode ser apenas mais um momento de festa na escola e de postagens nas redes sociais. Mas pode também extrapolar sua aparente irrelevância e fortalecer o debate público sobre a oferta de livros e a educação literária das crianças no Brasil. Para isso, a primeira questão que se coloca é a razão de ser da literatura, especialmente junto ao público infantil; ou, dito de outra maneira, por que ler literatura com e para as crianças? Embora raramente se dediquem à produção para crianças, muitas vezes considerada menor, a história e a crítica literária acumulam discussões sobre o tema que podem iluminar nossa reflexão. O que nos importa, essencialmente, é pensar nas ofertas que os textos literários podem fazer aos pequenos. As promessas que comumente ouvimos sobre os livros infantis estão, quase sempre, ancoradas em uma concepção prévia e idealizada de infância, que pressupõe padronizações de medos, fantasias, desejos e interesses, inexistentes em sujeitos e grupos sociais concretos. Ainda, em uma percepção dos livros, incluindo os de literatura, como instrumentos de aprendizagem, intrinsecamente vinculados ao desenvolvimento cognitivo, que funcionam como informações adicionais para o incremento da vida escolar. Apesar de não estarem completamente equivocados, estes entendimentos se revelam acanhados frente aos convites da literatura para as crianças. A leitura na infância, especialmente de textos literários, permite que as crianças compreendam a língua como instrumento de fantasia; não aquela que se restringe a dar voz a objetos ou fazer com que humanos voem e transitem livremente entre o passado e o futuro, mas a que cria condições para a imaginação do outro, daquilo que nos parece estranho. Um conto ou um poema muito curto, uma narrativa por imagens, pode convidar uma criança a se colocar em outro tempo, em outro espaço, a experimentar condições de existência, medos, angústias, desejos e esperanças alheios. Apesar de não existir para ensinar, as crianças (e também os adultos) aprendem com a literatura, uma vez que percebem jeitos de estar no mundo, relações de poder e a potência das palavras para comunicar, ordenar, desorganizar e reinventar a vida tal como a conhecemos. E, claro, a leitura e o contato com os livros, objetos de cultura, desde a primeira infância, as ajudam a compreender e a participar da cultura escrita. Assim, mais que facilitar a aprendizagem das letras, as crianças começam a compreender o que significa ler e escrever, mesmo que sem condições para elaborar tal percepção. Compreendida dessa maneira, a educação literária das crianças pode ser tomada como projeto de desenvolvimento humano, nos termos que postula o prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen: ampliação de liberdades. Criar as condições para que as crianças tenham acesso e se apropriem do conhecimento e das narrativas produzidas pela humanidade ao longo do tempo e do espaço, desde a primeira infância, faz parte da construção de tempos mais justos. Livros, bibliotecas, boas escolas, professoras e bibliotecárias bem remuneradas e com formação adequada são muito pouco se considerada a terrível desigualdade socioeconômica em que vivemos, mas são uma possibilidade de compreensão do tempo, do espaço e das relações que vivemos. Ao contrário do que costuma acontecer em momentos de crises econômicas agudas, em que bibliotecas e equipamentos culturais são deixados em segundo plano e até mesmo fechados, é preciso uma resistência intransigente, como fez a alemã Jella Lepman. Viúva, com dois filhos pequenos, fugiu da Alemanha para a Inglaterra para escapar da perseguição e do massacre dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, apesar da resistência e da indignação de seus amigos, Lepman voltou para a Alemanha, com o objetivo de contribuir para a recuperação de mulheres e crianças. Para isso, ela escreveu a escritores, editores, amigos e personalidades de várias partes do mundo, pedindo que enviassem livros. Com um ônibus e poucos livros disponíveis, Lepman passou por vários lugares da Alemanha, lendo para as crianças. Para ela, aquelas histórias as ajudariam a vislumbrar um futuro melhor, a se amparar em meio a tanta destruição e, principalmente, a desejar reconstruir suas vidas, apesar de todo o horror. Esses livros se tornaram a Biblioteca Internacional da Juventude de Munique, com a maior coleção de livros para crianças e jovens do mundo. Onde falta muito, como na Alemanha do pós-guerra e em tantos lugares do mundo, faltam, especialmente, palavras para dizer da carência, do medo e da desesperança. IMAGEM: ILUSTRAÇÃO DE ROBERTO INNOCENTI PARA O LIVRO DE SUA AUTORIA ROSA BLANCA

segunda-feira, 3 de junho de 2019

BIBLIOTECAS SÃO O QUE SÃO GRAÇAS AOS PROFISSIONAIS POR TRÁS DELAS

Ser bibliotecário não é simplesmente um trabalho, é um modo e uma forma de vida que afeta diretamente um grande número de pessoas Julián Marquina Arenas / 28 de maio de 2019 É impossível lembrar de todas as bibliotecas que visitei ao longo da minha vida, o que eu lembro é que elas eram todas diferentes. Pode haver bibliotecas muito semelhantes, mas nunca iguais. Cada biblioteca é um mundo dentro do universo do conhecimento. As bibliotecas mudam sua atmosfera, sua coleção, seus usuários… e muda a equipe do bibliotecário por trás delas. Eu arriscaria dizer que uma biblioteca sozinha não é um grande negócio… É apenas uma coleção de recursos disponíveis para consulta e empréstimo. Então, por que tal admiração pelo mundo das bibliotecas? Sem dúvida de que é por causa dos seus bibliotecários. Esses profissionais são os verdadeiros responsáveis por tornar as bibliotecas excelentes. Eles são responsáveis por fornecer-lhes movimento e vida. Os bibliotecários são os especialistas e os que conectam os diferentes recursos com as pessoas que os procuram para satisfazer suas diferentes necessidades de informação, conhecimento e entretenimento. Eu percebo que as bibliotecas não podem fazer nada, exceto através de seus bibliotecários. Eles são os verdadeiros arquitetos da mudança e tudo o que é alcançado. Eles são o motor e o coração das bibliotecas. Isso me leva a pensar que as bibliotecas tomam a voz e a forma da equipe da biblioteca que as gerencia. Eles adquirem seu DNA e sua essência para criar uma simbiose perfeita para o benefício da comunidade de pessoas a quem servem. Ser bibliotecário não é simplesmente um trabalho, é um modo e uma forma de vida que afeta diretamente um grande número de pessoas. São equipes que trabalham para tornar as bibliotecas espaços democráticos e confiáveis ao alcance de todos. São também aqueles que procuram oferecer livre acesso à informação, tecnologia, ferramentas e outros recursos disponíveis e que quer formar, apoiar, participar, estimular, ouvir, compartilhar e criar para e com a sua comunidade de usuários. Sem dúvida, profissionais que buscam o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas, que querem facilitar a vida e oferecer oportunidades iguais. Pena que às vezes o papel das bibliotecas e o trabalho de seus profissionais estejam comprometidos. Eles devem frequentemente justificar sua existência e a das bibliotecas. E há pessoas que veem as bibliotecas como uma despesa e não enxergam além do afluxo de pessoas sem pensar na influência que elas sofrem. Para estas pessoas, comento apenas um fato: as bibliotecas são capazes de multiplicar o investimento que recebem por quatro (e ainda mais) em benefícios para a sociedade. Muitos também pensam que qualquer um pode ser um bibliotecário. Eu não os culpo por isso. Eu também pensei o mesmo de fisioterapeutas e suas massagens, ou psicólogos e suas palestras. Nós todos sabemos que eles são muito mais do que isso, e também que a equipe da biblioteca faz muito mais do que emprestar livros. Finalmente, gostaria de agradecer pelo seu trabalho e dedicação a todos as bibliotecárias e os bibliotecários que já passaram pela minha vida, e àqueles que estão vindo. Confesso que não tive boas experiências com todos, apesar de ter com a maioria. De todos eles aprendi alguma coisa… e essa é a imagem que a biblioteca projeta fora de suas paredes. *Publicado originalmente no site Qué Leer sob o título “Las bibliotecas son lo que son gracias a los profesionales que hay tras ellas”. Tradução e adaptação: Cláudia Anjos, bibliotecária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).