terça-feira, 26 de julho de 2011

Biblioteca eletronica - Jennifer Rowley

A Biblioteca Eletrônica, Jennifer Rowley
by GUSTAVO HENN on APRIL 1, 2007
Dividido em três partes: 1 introdução sobre tecnologia da informação, 2 aplcaições da recuperação da informação e 3 sistemas de gerenciamento de bibliotecas, o livro A Biblioteca Eletrônica, de Jennifer Rowley, 2ed., Briquet de Lemos, 2002, é um dos mais pedidos em concursos, até por ser um dos raros livros sobre o tema publicados no Brasil.
Alguns dos trechos que já surgiram em concursos(a CESPE parece gostar muito dele):
Os sistemas de gerenciamento de documentos são meramente sistemas que suportam a criação, o armazenamento e a subseqüente recuperação de documentos e(ou) suas representações em formato eletrônico. Os documentos que tais sistemas gerenciam encontram-se em qualquer meio, inclusive textos, gráficos, som, imagens estáticas ou em movimento, vídeo ou combinação destes na forma de um documento multimídia.
De acordo com Rowley (1994), os sistemas de gerenciamento de bibliotecas são sistemas de bases de dados de finalidade específica, projetados para controlar as atividades essenciais de uma biblioteca.
A versão brasileira é de 2002, porém é tradução da edição original de 1998. 4 anos de atraso, quando se trata de tecnologia, é muita coisa. E isso acaba acarretando alguns equívocos. Por exemplo, quando o livro fala sobre cederrom(CD-ROM), que é uma mídia em decadência, fala exaltando suas qualidades. E isso ao cair em concurso pode levar o candidato a errar.
Uma das maiores riquezas deste livro, e que também é exigida nas provas, são suas várias listas. Vou colocar algumas aqui:
Critérios de avaliação de sistemas de gerenciamento de documentos:
1. Definição da base de dados: quais os parâmetros da definção, exibição da estrutura de dados, base de dados relacional, etc.
2. Entrada de dados: telas definíveis pelo usuário, alteração fácil de registros existentes, campos definidos pelo usuário, opções de multimídia, etc.
3. Indexação: listas de palavras proibidas e permitidas, recursos para tratamento de nomes pessoais e de entidades, indexação com linguagem natual e controlada, seleção de campos para indexação e marcaçao, etc.
4. Recuperação da informação: operadores booleanos, buscas limitadas a campos, truncamento, histórico das buscas, etc.
5. Recursos de saída: opção de publicação em cd-rom ou na rede, impressão, DSI, etc.
6. Segurança: senhas, identificação dos usuários, acesso restrito, etc.
7. Outros recursos: interface amigável, suporte, etc.
Outro tipo de questão que costumam tirar desse livro é sobre tipologia de redes.
Existem 4 tipos:
Redes em estrela: que tem seu centro em um único nó de rede, e que está ligado a várias estações de trabalho. As estações, nesse caso, não se comunicam diretamente entre si, mas apenas através desse nó.
Redes em anel ou laço: são aquelas em que todos os nós são interligados em base igual. Os dados são enviados por qualquer nó e enviados para a rede.
Redes de multipontos: contam com muitas estações de trabalho que disputam entre si enlaces com um nó central. Reduz os custos de linha pois emprega somente um circuito ramificado para conectar todos os nós.
Rede em barra: é constituída por um cabo ponto a ponto, a partir do qual são feitas conexões com os periféricos.

Outra lista, esta importantíssima, é a dos fatores considerados ao selecionar uma fonte de informação:
1. Cobertura de assuntos e fontes adequada.
2. Tipo de busca.
3. Termos de busca.
4. Necessidade de formular expressões de busca.
5. Resultados esperados da busca.
6. Custo das buscas.
7. Acesso a recursos adicionais.
8. Grau de atualidade e período de tempo abrangido pelas buscas.
9. Experiência com buscas.

Do ponto de vista técnico, para os profissionais da informação, uma biblioteca eletrônica pode ser visitada fisicamente pelo usuário. Em contrapartida, uma biblioteca virtual não requer localização física, podendo ser acessada de qualquer ponto da rede e a informação solicitada pode estar depositada em qualquer lugar do planeta. De modo sintético, é possível afirmar que toda biblioteca virtual pode ser oferecida em uma biblioteca eletrônica, mas a recíproca não é verdadeira (ROWLEY, 2002).

“A biblioteca eletrônica”, Jennifer Rowley, 2002 (Library automation)

ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. 2.ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. (Localização na biblioteca da ECA 025.0285^R884eP^2.ed.)

Este livro é uma atualização do livro “Computers for libraries”, de 1993. Traz uma explanação sobre a influência que a Informática tem exercido no funcionamento das bibliotecas e serviços de informação. Examina as aplicações da tecnologia da informação que influem sobre as rotinas e o gerenciamento de bibliotecas, bem como outras aplicações que acarretam implicações para a maneira como as informações são tratadas, armazenadas e gerenciadas. O livro é dividido em três partes: introdução à tecnologia da informação, recuperação da informação e sistemas de gerenciamento de bibliotecas.

Quadro comparativo entre CD-ROM e os serviços de busca on-line
Casos em que é melhor o CD-ROM Casos em que é melhor a busca on-line
Multimídia, como livros, jogos e obras de referência Grandes bases de dados bibliográficos usadas e atualizadas com freqüência
Títulos independentes , como livros isolados Cadastros, especialmente os que são atualizados com freqüência
Coleções de livros em disco Texto integral ASCII, principalmente grandes bases de dados
Quando conteúdo, interface e técnicas de busca estão interligados Coleções de imagens e textos fixos, como artigos de revistas, se só forem usados poucos itens do acervo
Quando o aprendizado (e não mera resposta a questões factuais) faz parte da experiência Grandes bases de dados
Quando atende a uma população relativamente homogenea, como numa biblioteca escolar Muitos usuários simultâneos
Quando as editoras não publicam em outro formato, devido a razões de segurança e direito autoral Quando se pedem buscas complexas em arquivos cruzados
Quando uma população heterogênea requer grande variedade de fontes, assuntos ou temas, como em bibliotecas públicas e universitárias
Fonte: ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. Segunda edição de Informática para bibliotecas. Trad. Antônio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. p. 242.

Jennifer Rowley aponta 9 critérios para seleção de bases de dados em CD-ROM (p. 247)
1 conteúdo da base de dados cobertura e, no caso de bases de texto integral, se incluem ilustrações e outras informações
2 atualidade cobertura cronológica da BD.
3 arquivos retrospectivos estes arquivos podem ocupar diversos CDs . A questão está se todos são disponíveis ou não? E de que forma estão subdivididos em disco?
4 programa de recuperação e indexação precisa ser amigável ao usuário, eficiente, eficaz, oferecer amplos recursos de recuperação da informação e servir tanto para o consulente novato quanto ao experiente. A indexação deve ser pertinente e coerente, os termos de indexação representar adequadamente o conteúdo do documento e serem acessíveis ao usuário.
5 interface do usuário precisa ser potente e de fácil utilização. Servir para todas as categorias de usuários e propiciar um sistema adequado de ajuda
6 pós-processamento possibilidades de transferir a informação recuperada para papel ou em disco. Convém dispor de recursos para importar e imprimir os dados e, se possível , também integrá-los com informações procedentes de outras fontes.
7 tempo de acesso aos dados parecem lentas, pois as leitoras operam mais vagarosamente do que as unidades de disco rígido, e além disso, podem ocorrer demoras na rede no caso de transmissão de dados gráficos.
8 custos a) custos de instalação decorrentes na aquisição do equipamento; b) custos de assinatura necessários à aquisição e atualização dos discos. [...] As estratégias de preços dos CD-ROMs são elaboradas de modo a refletir o grau de utilização da base de dados.
9 padronização precisa ser observado compatibilidades técnicas e possibilidade de serem colocados numa estação de trabalho ou em rede. Sempre necessário observar se todos os componentes de equipamentos e programas funcionam satisfatoriamente.
Fonte : Adaptado de ROWLEY, Jennifer. A biblioteca eletrônica. Segunda edição de Informática para bibliotecas. Trad. Antônio Agenor Briquet de Lemos. Brasília: Briquet de Lemos, 2002. p. 247-8.




Segundo Rowley (1994), “a informática tem exercido uma influência fundamental no funcionamento das bibliotecas e serviços de informação”.
Com o advento do computador e das novas tecnologias e, sua conseqüente introdução nas bibliotecas, “resultou em padronização, aumento da eficiência, cooperação e melhores serviços” (ROWLEY, 1994) oferecidos.
Entretanto, para que esses diferenciais sejam atingidos é preciso que se tenha claro os objetivos a que se propõe a informatização das bibliotecas.
Dentre as muitas e variadas razões que justificam a opção por um sistema
informatizado de gerenciamento, Rowley (1994), aponta:
• os computadores possibilitam a redução do número de tarefas repetitivas.
Em geral, os dados serão inseridos uma única vez e, daí em diante,
poderão ser acessados e modificados;
• os sistemas informatizados podem ser mais baratos e mais eficientes;
• podem propiciar a introdução de serviços que não existiam antes;
• controle adicional de todas as funções que se consegue com a ajuda de
informações gerenciais mais abrangentes que justificam um processo
decisório mais eficaz.

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