INTRODUÇÃO
Falar de bibliotecas virtuais, tanto quanto
de redes de comunicação, esbarra em
uma questão básica: quem são os
atuais usuários da rede e dos sistemas
de informação? Como e por que os estão utilizando? Quais suas características? E, principalmente, como projetar sistemas e serviços que efetivamente satisfaçam a atual demanda?
Estudos recentes sobre uso das atuais
tecnologias emergentes têm evidenciado que a tendência de comportamento
dos usuários é buscar, cada vez mais,
serviços: a) interativos, ou seja, que utilizem todos os recursos tecnológicos
disponíveis para estimular e promover a
participação da clientela, tanto na utilização como na produção e avaliação das
informações a serem inseridas nos pró-
prios serviços de informação que lhe
estão sendo oferecidos; b) personalizados e contextualizados, o que significa:
serviços comprometidos com grupos
específicos de comunidades, tratando
de identificar suas necessidades intrínsecas, “customizando”, ou seja, personalizando produtos e serviços em fun-
ção de pessoas ou grupos, e ainda tratando de contextualizar a informação
Design de biblioteca virtual
centrado no usuário:
a abordagem do
Sense-Making para estudos de
necessidades e procedimentos de
busca e uso da informação
*
Sueli Mara S. P. Ferreira (fornecer elos de compreensão para o
usuário); c) relevantes com valor agregado, isto é, que venham ao encontro das
expectativas e conveniências do consumidor, sendo muito questionada a vital
importância da manutenção de diálogos
constantes entre provedor e consumidor de informações.
Uma análise destes três aspectos nos
leva a um repensar sobre o próprio conceito de informação. Vale refletir que
qualquer informação só tem sentido
quando integrada a algum contexto.
A informação por si só se constitui em
um dado incompleto, é o indivíduo que
lhe atribui sentido a partir de suas experiências passadas e interesse futuro.
O ser humano raramente busca informa-
ção com um fim em si mesmo. Ao contrário, ela é parte de um processo de tomada de decisão, solução de problemas
e/ou alocação de recursos. Portanto,
qualquer tentativa de descrever padrões
de busca de informação deve admitir o
indivíduo como o centro do fenômeno e
considerar a visão, necessidades, opiniões e problemas desse indivíduo como
elementos significantes e influentes que
merecem investigação, quer seja para o
desenvolvimento de produtos e serviços
em ambiente eletrônico, ou não.
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